Petróleo em máximos de outubro. Ações das petrolíferas em alta
Matéria-prima mantém tendência de ganhos, com o brent a negociar acima dos 74 dólares por barril. Empresas do setor beneficiam e a portuguesa Galp não é exceção.
As novas sanções dos Estados Unidos a países que comprem petróleo ao Irão estão a fazer subir os preços da matéria-prima e as ações das empresas petrolíferas. O petróleo segue em máximos de cinco meses, mantendo a tendência de ganhos da última sessão.
O brent negociado em Londres avança 0,39% para 74,33 dólares por barril, depois de ter ultrapassado os 75 dólares na última sessão. Já o crude WTI de Nova Iorque ganha 0,64% para 65,97 dólares por barril. Em ambos os casos, estão em máximos desde final de outubro do ano passado.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou esta segunda-feira que os EUA vão voltar a impor sanções aos países que comprarem petróleo ao Irão a partir de maio. O objetivo, diz a Administração norte-americana, é reduzir a zero as receitas do Estado iraniano com petróleo.
Segundo Mike Pompeo, os EUA querem privar o Irão de todas as receitas com a venda de petróleo — 80% das receitas totais do Estado iraniano. Por isso, todos os países ou entidades que comprem petróleo ao Irão vão ser sancionadas pelos Estados Unidos. Acusou ainda o Irão de usar estas receitas para “apoiar grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah” e para “continuar a produzir mísseis, contrariamente às resoluções da ONU” que o proíbem.
O chefe da diplomacia norte-americana disse que esta decisão serve de incentivo “ao Irão a comportar-se como um país normal”, acusando ainda de destabilizar a região e de promover o caos no Iémen. Já para os países que compram petróleo ao Irão, os EUA negociaram um acordo com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para que estes sejam os novos fornecedores, substituindo o Irão.
Além do preço do petróleo, também as ações das empresas petrolíferas estão em alta. O índice pan-europeu setorial Stoxx Europe 600 Oil & Gas segue a subir 1,77% e acumula já um ganho de quase 16% no ano. Entre as empresas do setor, a Lundim Petroleum lidera, a subir 4,45%, enquanto a Galp Energia não escapa à tendência. A cotada lisboeta valoriza 2,3% para 14,73 euros por ação, a beneficiar não só do preço do petróleo como da subida do preço-alvo da ação (para 16 euros, dos anteriores 15,5 euros) pela casa de investimento Kepler Cheuvreux.
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