O “boom” do coworking. Em Madrid e Barcelona estes espaços nascem como cogumelos
No ano passado, de acordo com a consultora JLL, cerca de 11% dos escritórios alugados pelas empresas de Espanha corresponderam a este tipo de espaços.
Os espaços de coworking estão um pouco por todo o mundo a surgir a ritmo acelerado. As ruas veem edifícios transformarem-se ou nascerem como espaços flexíveis, sobretudo vocacionados para empresas mais pequenas ou startups e que têm, normalmente um ecossistema bem diferente dos tradicionais escritórios de empresas.
Nas zonas comuns, as pessoas das várias empresas cruzam ideias e, muitas vezes, nascem oportunidades dessa mesma partilha. Em Espanha, sobretudo em Madrid e Barcelona, a tendência mundial dos novos espaços de coworking veio para ficar, avança o Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).
De acordo com a consultora JLL, no ano passado, cerca de 11% dos escritórios alugados pelas empresas de Espanha corresponderam a este tipo de espaços. Madrid e Barcelona são já duas das cidades que registam o maior crescimento. “Em Madrid, é provável que vejamos os espaços de coworking multiplicarem por dez”, afirma José Miguel Setién, diretor da JLL.
Já no quadro europeu, alguns estudos preveem que, em 2022, haja o dobro de espaços deste género do que há atualmente.
Mas quem são os protagonistas do coworking?
A marca Regus tem o papel principal no que toca a espaços flexíveis, com uma cota de mercado de 19% em Madrid e 20% em Barcelona. A sua empresa matriz é a International Workplace Group (IWG), que está presente em mais de 100 países — um deles Portugal — e está avaliada em mais de 30 milhões de euros.
A IWG lançou, também, a empresa Spaces, que tem sede na Holanda, e que controla, em Madrid, 9% do mercado. Em junho, a Spaces deverá incluir nas suas localizações Portugal (Lisboa), lê-se no site da empresa.
Quando se fala em protagonistas do mercado de coworking é quase impossível não falar, contudo, do americano WeWork, que, em poucos anos, se converteu num dos gigantes deste negócio e conseguiu uma avaliação de 40 milhões de euros.
Ainda no mês passado, o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês) escrevia que a empresa tem captado a atenção de novos clientes do setor graças aos espaços de estilo “chique industrial e com máquinas de cerveja à pressão”, tornando-se já o maior player do mercado em Londres e Nova Iorque.
Em Espanha, o WeWork está a chegar perto dos valores do Reglus. Atualmente detém 19% do mercado em Barcelona e 12% em Madrid. Em Portugal, não existem espaços de coworking desta marca.
Finalmente, com identidade espanhola, surge a Utopicus, que tem planos para crescer neste mercado. A empresa imobiliária pretende investir 30 milhões até ao final do ano, de modo a chegar aos 13 espaços em Espanha.
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