Wall Street afunda com guerra comercial. Uber já perde 19% desde a estreia
A empresa de transporte de passageiros está a ter um arranque desastroso em bolsa. Depois de cair na estreia, afundou na segunda sessão, isto num dia de fortes quedas em Wall Street.
A Uber está a ter um arranque desastroso em bolsa. Depois de um IPO em que acabou por colocar as ações por um valor aquém do preço máximo pretendido, acabou por cair na estreia no mercado norte-americano. E com a tensão entre os EUA e a China a escalar, acabou mesmo por afundar na segunda sessão. Já perde 19%.
Entrou para a bolsa a 45 dólares, mas rapidamente baixou desse patamar. Acabou a primeira sessão a cotar nos 41,57 dólares, mas no arranque desta semana, a tendência agravou-se. Com cada vez mais investidores a “cancelarem a viagem” das ações nas suas carteiras, os títulos afundaram mais de 12%. Dos 45 dólares, restam agora 36,45 dólares, uma queda acumulada de 19%.
A queda da empresa tecnológica tem vindo a condicionar outras empresas do setor, pressionando o Nasdaq que registou a maior queda do ano. O índice tecnológico afundou 3,41% esta segunda-feira, para 7.647,52 pontos, uma queda com estrondo que fez eco tanto no Dow Jones como no S&P 500 que perderam 2,38% e 2,42%, respetivamente, nesta sessão.
A pesar no comportamento dos índices norte-americanos estiveram as empresas mais sensíveis ao comércio internacional, nomeadamente aquelas mais dependentes da relação entre os EUA e a China, numa altura em que a “guerra comercial” sobe de tom.
Depois de Trump decidir aumentar as taxas alfandegárias sobre mais produtos chineses importados, vem a resposta da China. O ministro das Finanças chinês anunciou que vai subir as tarifas sobre 60 mil milhões de dólares de bens norte-americanos, a partir de 1 de junho.
Com esta decisão, as tarifas sobre os produtos visados vão aumentar de 10% para 20% a 25%. Por sua vez, as taxas aplicadas pelos EUA recaem sobre os produtos que não faziam parte da lista com tarifas agravadas, nomeadamente peças automóveis. A subida implementada pelos Estados Unidos é também de 10% para 25%, sobre 200 mil milhões de bens.
Trump escreveu esta segunda-feira no Twitter que disse ao presidente chinês Xi Jinping que “a China vai sofrer muito se não houver um acordo, porque as empresas serão forçadas a deixar a China para outros países. É demasiado caro comprar na China”. “Tinham um ótimo acordo, quase concluído, e recuaram!”, concluiu.
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