EDP junta-se à Engie para criar gigante na eólica offshore. “É um passo natural no mercado”, diz Mexia
A éolica EDP Renováveis fechou um acordo com a francesa Engie, em que as duas energéticas terão controlo partilhado. Spyridon Martinis, da EDP, será o novo CEO e Paulo Almirante, da Engie, o chairman.
A empresa portuguesa EDP Renováveis e a francesa Engie vão criar uma joint-venture para a energia eólica offshore. O objetivo é criar um líder mundial no mercado de energias renováveis através da parceria em que cada empresa terá partes iguais e entrar em mercados asiáticos como o Japão ou a Coreia do Sul.
“Há um grande potencial na energia offshore“, afirmou o CEO da EDP, António Mexia, na assinatura do memorando de entendimento que cria a nova empresa, esta terça-feira em Londres. “Estamos aqui hoje porque é um movimento natural no mercado”, disse, lembrando que a EDP colabora atualmente em cinco projetos com a Engie.
“Completamos as nossas capacidades. Acreditamos que até 2030 podemos explorar esse potencial do offshore muito melhor juntos do que separados“, sublinhou Mexia. A nova entidade pretende ser um dos cinco maiores operadores de offshore a nível global nesta área da energia renovável, defendem as empresas que têm como objetivo atingir entre cinco e sete gigawatts (GW) de projetos em operação ou construção (face aos atuais 1,5 GW) e entre cinco e dez GW em desenvolvimento avançado (dos atuais quatro GW) até 2025.
“O objetivo é criar um líder mundial no mercado eólico offshore. Para a Engie é uma parceria que faz todo o sentido”, afirmou Isabelle Kocher, CEO da ENGIE. Mexia concordou e sublinhou que as duas empresas partilham “a visão do que será o mercado que está a mudar muito rapidamente e a importância do offshore”, mas também partilham “a visão sobre o que fazer com o dinheiro dos acionistas”.
A joint-venture vai ter sede em Madrid e a liderança será escolhida de forma rotativa por períodos de três anos. Para já, o CEO será Spyridon Martinis (atualmente membro do board da EDP), enquanto o chairman será Paulo Almirante (atual COO da Engie) e o COO Greg Gorski.
A joint-venture terá como alvo prioritário mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde as duas empresas espera, que venha o maior crescimento. Será “autofinanciada e os projetos que desenvolver irão respeitar os critérios de investimento de ambas as empresas”, revelou ainda a empresa liderada por António Mexia, que detém 82,5% da subsidiária EDP Renováveis.
(Notícia atualizada às 15h15)
(A jornalista viajou a convite da EDP)
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