“Dúvidas exteriores condicionam a economia portuguesa”, diz Teixeira dos Santos
O presidente do EuroBic considera decisivo um entendimento politico europeu e salienta que "o pior que pode existir, para os cidadãos e para os empresários, é um ambiente de incerteza na Europa".
No rescaldo das eleições europeias e numa altura em que os líderes europeus ainda tentam encontrar uma solução para a presidência da Comissão, Teixeira dos Santos lembra que “será necessária uma liderança forte” para ultrapassar a incerteza e “grande agitação” que se vive atualmente na Europa, fatores que irão condicionar a economia ao longo de um ano em que o “ambiente será de desaceleração”.
Na ótica do presidente do EuroBic a incerteza europeia condiciona a economia portuguesa, pelo que é “necessário uma visão política clara”. “O pior que pode existir, para os cidadãos e para os empresários, é um ambiente de incerteza na Europa”, diz, defendendo que é decisivo que os entendimentos políticos, resultantes das eleições europeias do passado domingo, “desfaçam a indefinição e a incerteza que entretanto se gerou”.
A incerteza paralisa a iniciativa, paralisa a decisão. Há que acabar com esse ambiente e espero que seja alcançado a nível europeu.
Apesar das incertezas que se vivem, Teixeira dos Santos confirma que ainda existe uma percentagem muito significativa da população europeia que acredita e apoia o projeto europeu. Segundo o presidente do EuroBic, “cerca de 3/4 da população, a nível europeu é a favor do Euro e da moeda única. Em Portugal estamos ligeiramente acima desta média europeia”, refereu no âmbito da conferência do EuroBic “Desafios e Oportunidades”, que se realizou em Viseu esta quarta-feira.
Comentando o distanciamento que os eleitores revelaram nas eleições europeias, considera que os portugueses têm “um défice de consciência enquanto cidadãos face à importância da influência que a Europa tem no desenvolvimento do nosso país”.
Acrescenta ainda que a situação de incerteza na Europa “não será clarificada assim tão rapidamente” e que o cenário mais provável é de instabilidade politica”.
Teixeira dos Santos está consciente que durante este ano o “ambiente será de desaceleração económica” e lembra ainda que a instabilidade não é só europeia e que a guerra comercial entre os EUA e a China terá impactos a nível europeu. Conclui que tanto esta guerra comercial como a incerteza com o Brexit são fatores de risco que “podem afetar a economia europeia” e consequentemente a portuguesa.
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