Juros da dívida de Portugal caem para mínimos de sempre a dois e dez anos
Os juros da dívida portuguesa negoceiam em terreno negativo esta manhã em todos os prazos, a dois e dez anos para mínimos de sempre.
Os juros da dívida portuguesa estavam a descer, esta terça-feira, em todos os prazos, a dois e dez anos para mínimos de sempre. Cerca das 8h35 em Lisboa, os juros a dez anos estavam a cair para 0,516%, um mínimo de sempre, contra 0,522% na segunda-feira.
No prazo de cinco anos, os juros, que entraram pela primeira vez em terreno negativo a 28 de maio, estavam a recuar para -0,120%, contra -0,119% na segunda-feira e o mínimo de sempre, de -0,153%, em 18 de junho. Os juros a dois aos desciam para -0,417%, um mínimo de sempre, contra -0,409% na segunda-feira.
Portugal tem vindo a beneficiar nos últimos meses da renovada confiança dos investidores. No final de maio, a agência norte-americana Fitch anunciou a subida da perspetiva da dívida portuguesa para “positiva” da anterior categoria “estável”, sustentada na previsão de que “a recente descida do rácio de endividamento possa ser mantida”, o que tem contribuído para esse sentimento. Ainda que não tenha subido o rating, a agência abriu a porta a fazê-lo em novembro quando fizer nova avaliação, já após as eleições legislativas.
Além disso, na semana passada, Portugal foi ao mercado e conseguiu os juros mais baixos de sempre para emitir dívida a 11 meses. No caso dos títulos com maturidade a 15 de maio de 2020, foram emitidos 1.000 milhões a uma taxa negativa de -0,395%. O valor compara com a taxa de juro negativa de -0,368% registada no último leilão de BT a 11 meses, realizado em abril.
Nota ainda para os juros de Espanha e Irlanda, que desciam, esta manhã, em todos os prazos, enquanto em sentido inverso os da Grécia e de Itália subiam em todos os prazos. Por outro lado, a juro das bunds alemãs (a dez anos) também estão a negociar em terreno negativo, caindo para -0,332%.
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