Aplicações em certificados sobem 500 milhões no 1.º semestre
O investimento nos produtos de poupança do Estado aumentou a um ritmo mais lento face ao mesmo período do ano passado, mas os certificados de aforro ganham tracção.
Os produtos de poupança do Estado engordaram em mais de 500 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, mas abrandaram o ritmo de crescimento face ao mesmo período do ano passado. A maior parte do dinheiro continua a ter como destino os certificados do Tesouro, mas os de Aforro ganham cada vez mais terreno.
De acordo com o último boletim estatístico do Banco de Portugal, o investimento em certificados aumentou em 506 milhões de euros no primeiro semestre do ano, colocando as aplicações totais em 28.796 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre.
Esse aumento foi alimentado sobretudo pelos certificados do Tesouro, onde as aplicações aumentaram 424 milhões, para um novo máximo de 16.842 milhões de euros, contando com o contributo da entrada de 15 milhões de euros em junho.
Contudo, o ritmo de captação de recursos por este produto abrandou face ao verificado no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2018, os certificados do Tesouro tinham crescimento 708 milhões de euros.
Essa desaceleração, resulta em grande medida do vencimento das primeiras emissões de Certificados do Tesouro de Poupança Mais (CTPM), com maturidade a cinco anos. Em novembro de 2018 verificou-se mesmo a primeira saída líquida em mais de cinco anos do investimento em certificados do Tesouro.
Evolução do investimento em certificados
Fonte: Banco de Portugal
Tendência oposta tem-se verificado nos certificados de aforro. Em junho, e pelo oitavo mês seguido, as aplicações no mais antigo produto de poupança do Estado cresceram. No total, foram mais 10 milhões de euros que permitiram elevar para 82 milhões o montante angariado nos primeiros seis meses do ano. Esse valor compara com uma quebra de 68 milhões de euros verificada no primeiro semestre do ano passado.
O investimento em certificados de aforro ascendia assim no final de junho a 71.543 milhões de euros, a quantia mais elevada desde outubro de 2017.
Com o dinheiro dos CTPM a entrarem nas contas dos subscritores, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento a apresentarem taxas menos atrativas, bem como os depósitos dos bancos a remunerarem quase zero, está a haver assim um maior apetite pelos certificados de aforro, após anos de resgates.
(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)
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