BCP sobe quase 2% e puxa por Lisboa
Ao contrário das demais praças do Velho Continente, Lisboa terminou a sessão em terreno positivo. A puxar pela praça nacional estiveram os títulos do BCP, que subiram quase 2%.
À boleia do bom desempenho dos títulos do BCP, Lisboa escapou à tendência negativa que se registou nas demais praças do Velho Continente, na penúltima sessão da semana. Das 18 cotadas nacionais, apenas seis viram os seus títulos desvalorizar, com a Nos a protagonizar as maiores perdas.
O índice de referência nacional, o PSI-20, valorizou 0,08% para 4.857,1 pontos. Tendência inversa foi verificada nas restantes praças europeias com o Stoxx 600 a recuar 0,5%, o alemão DAX a cair 0,6% e o francês CAC 40 a desvalorizar 1%.
Isto no dia em que duas fontes garantiram à Bloomberg que o banco central alemão não considera ser necessário avançar com programa de estímulos, apesar de estimar que a economia germânica voltará a contrair, no terceiro trimestre do ano. De abril a junho, o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha recuou 0,1% em cadeia, o que fez aumentar os receios de uma nova recessão na Zona Euro se esteja a aproximar. No início da semana, o ministro das Finanças alemão tinha, por isso, sugerido que a maior economia europeia podia avançar com um programa de estímulos, opinião que não é partilhada pelo Bundesbank.
Esta quinta-feira, também o Banco Central Europeu mostrou preocupação com a economia da área da moeda única, tendo confirmado que está a preparar um pacote de estímulos. “Os indicadores disponíveis apontam para um crescimento mais lento no terceiro trimestre de 2019, levantando maiores dúvidas sobre a esperada recuperação no segundo semestre do ano. Apesar de a ausência de sinais da esperada recuperação ser preocupante, foram feitas referências a fundamentos positivos inalterados”, explica-se na ata da última reunião de política monetária do BCE, divulgada esta quinta-feira.
Esta quinta-feira e na praça nacional, foi o BCP a cotada que mais puxou por Lisboa. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya valorizaram 1,91% para 0,2080 euros.
No verde, destaque também para a Sonae, cujas ações somaram 1,57% para 0,84 euros. Isto um dia depois da dona da cadeia de hipermercados Continente ter anunciado um lucro de 38 milhões de euros no primeiro semestre, representando uma queda de 53% face ao mesmo período do ano passado, se se incluir a venda da Outsystems, no período homólogo. Excluindo esse fator, o resultado líquido teria aumentado 24% graças ao reforço do volume de negócios e da rentabilidade operacional.
Do outro lado da linha de água, a Nos foi a cotada que mais perdeu. Os títulos da empresa de telecomunicações recuaram 1,68% para 5,26 euros. Em contraponto com a Sonae, as ações da Jerónimo Martins caíram 0,78% para 14,67 euros.
Na energia, os títulos da Galp perderam 0,47% para 12,755 euros, os da EDP avançaram 0,18% para 3,368 euros e os da EDP Renováveis somaram 0,42% para 9,62 euros.
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