Bolsas europeias avançam após China defender “atitude calma” para resolver guerra comercial
O PSI-20 negoceia entre ganhos e perdas ligeiras. Petróleo, contas da Mota-Engil e a recuperação do BCP marcam a sessão em Lisboa, enquanto a guerra comercial é o foco lá fora.
Após uma abertura das bolsas europeias na linha de água, os investidores ganharam ânimo com esperança de uma solução para a guerra comercial. A China defendeu, segundo a Reuters, uma “atitude calma” para resolver a escalada do conflito com os EUA e as principais bolsas seguem em alta. Lisboa, que tinha aberto em terreno negativo, não é exceção.
A bolsa de Lisboa abriu esta quinta-feira a perder 0,14% para 4.791,61 pontos e esteve, nas primeiras negociações, entre ganhos e perdas ligeiras. Depois dos novos desenvolvimentos na guerra comercial inverteu a tendência inicial e segue a ganhar 0,28%, com quase todas as cotadas no verde. A única exceção são os CTT, que perdem 1,91%.
O BCP segue a recuperar das perdas da última sessão causadas pela forte queda das ações do Millenium Bank (banco polaco detido em parte pelo BCP). O banco liderado por Miguel Maya valoriza 0,41% para 0,1963 euros. O retalho segue também em alta, com a Jerónimo Martins a ganhar 0,62% e a Sonae 0,68%.
A Mota-Engil avança 0,53% para 1,89 euros, após ter apresentado contas. A construtora registou vendas de 1.344 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano. O resultado corresponde a um crescimento de 7% face a igual período do ano passado e que foi impulsionado pelo negócio registado pela construtora portuguesa nos mercados africanos, comunicou esta quinta-feira a empresa. Já o resultado líquido atribuível ao grupo cresceu 42%, atingindo os oito milhões de euros.
Com o petróleo novamente em destaque, a Galp Energia abriu entre as empresas que pressionavam o índice de referência nacional. Os receios sobre o impacto de uma possível recessão na procura por petróleo está a penalizar os preços da matéria-prima. O presidente da Reserva Federal de São Francisco Mary Daly mostrou preocupações com a economia dos EUA e o petróleo cai pela primeira vez esta semana.
O crude WTI recua 0,34% para 55,58 dólares e o brent londrino perde 0,55% para 60,16 dólares por barril. “O ministro do petróleo iraniano criticou, numa entrevista, a forma irresponsável como os EUA aumentaram a sua produção de petróleo de xisto e disse que o Irão irá avançar com uma nova fase de produção no bloco South Pars mesmo sem o auxílio de empresas estrangeiras. Um membro do governo dos EUA comentou que, apesar de Donald Trump estar aberto a negociações com todos os países, o remover das sanções impostas ao Irão não está para breve“, explicam ainda os analistas do BiG – Banco de Investimento Global.
Apesar deste cenário no mercado petrolífero, a Galp Energia também foi animada pelas perspetivas de um abrandamento nas tensões entre China e EUA. Os títulos ganham 0,16% para 12,73 euros. Lisboa segue assim com ganhos, em linha com os das principais praças europeias. O índice Stoxx 600 sobe 0,5%, enquanto o índice alemão DAX avança 0,6% e o italiano FTSE MIB soma 1%.
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