Cristas saúda vitória do centro-direita na Madeira. CDS Madeira decide coligação
"O CDS é o partido que, no espaço de centro-direita, consegue garantir uma maioria", afirma Assunção Cristas.
A líder do CDS saudou este domingo o resultado dos centristas e a vitória do centro-direita na Madeira e remeteu para o partido na região a decisão de se coligar com o PSD, que venceu as eleições com maioria relativa.
A Madeira viveu hoje “um dia histórico” com o fim da maioria absoluta de um partido, o PSD, ao fim de 43 anos, e o CDS “é essencial para garantir uma maioria de centro e direita” na região, afirmou Assunção Cristas, numa conferência de imprensa na sede nacional dos centristas, em Lisboa, depois de serem conhecidos os resultados nas legislativas regionais.
Apesar de ter perdido quatro deputados, mais de nove mil votos e passado de segundo para terceiro partido na região, o CDS tornou-se num potencial aliado do PSD/Madeira para formar uma maioria de centro-direita e de um governo maioritário, tendo eleito três deputados que formam maioria (24) com os eleitos dos sociais-democratas.
Ambos os partidos na Madeira já admitiram a hipótese de conversações futuras com o fim de conseguir uma “coligação de governo” e Cristas afirmou respeitar a autonomia do CDS na Madeira e do seu líder, Rui Barreto, a quem enviou um “fortíssimo abraço”.
Por quatro vezes, a presidente dos centristas disse a mesma ideia, embora com algumas cambiantes nas palavras.
“Foi claríssimo o que aconteceu hoje na Madeira: a esquerda saiu derrotada, o centro direita tem condições para governar”, disse, para, nas perguntas aos jornalistas repetir, apontando, indiretamente ao PS e ao seu líder: “Foi clarinho como água: a esquerda saiu derrotada. O modelo que em 2015 teve início em Portugal não teve acolhimento e saiu derrotado na Madeira”.
De pastas e lugares, Assunção Cristas remeteu as decisões para Rui Barreto e o CDS na região, e relativizou o desafio feito pelo candidato do PS, Paulo Cafôfo, de propor uma plataforma de entendimentos entre os socialistas “e a restante oposição” na tentativa de uma solução estável para a Madeira.
“As eleições foram claríssimas: o centro e direita têm maioria, a esquerda foi derrotada”, repetiu.
Assunção Cristas relativizou ainda a perda de votos e de deputados do seu partido no parlamento regional, sublinhando que esta eleição foi “fortemente polarizada” e que “vários partidos”, como o Bloco de Esquerda, foram erradicados da Assembleia Legislativa da Madeira, e o CDS “não só resistiu” como conseguiu tornar-se “essencial” para a formação de uma maioria.
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