Rio responde a Centeno: “Sarmento vai dar uma aula” para aprender a ler o quadro macroeconómico do PSD
António Costa nega que soubesse do plano de recuperação das armas roubadas em Tancos, então, concluiu Rui Rio, "o primeiro-ministro não coordena devidamente o seu Governo".
O ministro das Finanças, Mário Centeno disse esta segunda-feira que há 4.750 milhões de euros por explicar nas contas que o PSD apresenta no seu programa eleitoral. Em resposta, Rui Rio que que “Sarmento dará uma aula a Centeno para saber ler o quadro macroeconómico do PSD”.
Numa ação de campanha, o presidente do PSD disse que “é lamentável que o ministro das Finanças baralhe os números todos de forma absolutamente ridícula”. Por isso, em tom irónico e recordando o desafio que lançou para que houvesse um debate entre os Centenos do PS e do PSD, Rio atirou que Joaquim “Sarmento dará uma aula a Centeno para saber ler o quadro macroeconómico do PSD”, já que o responsável pelo programa económico do PSD é professor no ISEG.
Rio foi ainda questionado pelos jornalistas para reagir às declarações de António Costa, que reiteradamente diz nada saber sobre a manobra de recuperação do material roubado em Tancos. “Se jura após jura que não sabia, isso significa que os ministros não põem o primeiro-ministro ao corrente do que se passa no seu ministério”. E se é esse o caso “num assunto desta envergadura”, então como será nas restantes matérias, questionou o presidente do PSD. “O primeiro-ministro não coordena devidamente o seu Governo “, concluiu.
Se jura após jura que não sabia, isso significa que os ministros não põem o primeiro-ministro ao corrente do que se passa no seu ministério.
Rio desafiou ainda o PS a demonstrar que o sms trocado entre Azeredo Lopes e o deputado socialista, Tiago Barbosa Ribeiro, “não existe” e que “foi inventado pelo Ministério Público”. Perante a recusa de Barbosa Ribeiro em comentar o caso, dizendo apenas que não foi contactado por nenhuma autoridade, Rio disse apenas: “O que vi foi um deputado a meter os pés pelas mãos”.
“O SMS é clarinho como água”, frisa Rui Rio, acrescentando que “o PS tem demonstrado um crescente desnorte com o caso de Tancos”.
Perante as críticas socialistas de que Rio estava a violar os seus próprios princípios éticos ao comentar um caso de Justiça, o presidente do PSD sublinha que “é obrigação dos líderes da oposição fazer a análise política da situação”. E recusa a ideia de que esteja “nervoso”, como disse António Costa na entrevista à RTP. “Nervoso está o PS que manda Carlos César e Augusto Santos Silva para o ataque”, atira Rio. Em causa não estão mentiras sobre o presidente do PSD, reconhece o próprio, mas antes “meias verdades”.
O responsável garante que em momento nenhum violou os seus princípios até porque só comentou o caso depois de ser conhecida a acusação do Ministério Público — “coisa diferente seria se o caso estivesse em segredo de Justiça” — e que “ninguém” o ouviu “dizer nada sobre Azeredo Lopes”.
(Notícia atualizada)
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