Costa vai tentar geringonça mais alargada. E prefere acordos escritos
O PS venceu as eleições legislativas. O Bloco e o PCP estão disponíveis para dar apoio aos socialistas, embora em graus diferentes. Cristas caiu e Rio teve derrota.
O líder do PS disse esta noite que vai procurar renovar a geringonça com o BE e a CDU, mas que vai tentar incluir também nesta solução o PAN e o Livre. “Os portugueses gostaram da geringonça” e querem “estabilidade” política, justifica Costa. O PS venceu as eleições com 36,65% dos votos.
O secretário-geral diz que é missão do PS encontrar uma solução “para quatro anos”. “Vamos ver se é possível”, disse Costa, lembrando que o PCP mostrou mais resistências numa solução como a que existiu nesta legislatura, mas que o Bloco de Esquerda se mostrou mais disponível para repetir o mesmo modelo.
A partir do Hotel Altis, em Lisboa, onde os socialistas montaram o quartel-general para a noite das eleições, António Costa anunciou que vai “renovar a solução política” que os portugueses manifestaram querer através da votação deste domingo.
“Repetiremos também os contactos que já há quatro anos estabelecemos com o PAN”, anunciou Costa e “entraremos também em contacto com o Livre”.
Esta geringonça alargada conta já com 142 deputados. Se Costa conseguir o apoio de todos alcança uma maioria muito reforçada no Parlamento, já que este número de mandatos fica acima dos 116 necessários para fazer passar leis no Parlamento.
No entanto, ao longo do seu discurso foi destacando várias vezes que o PS saiu “reforçado” destas eleições legislativas. “Aumentou e ganhou em votos, em mandatos e é o único que elege em todos os círculos eleitorais no território nacional”. “Ganhou mesmo em 15 dos 20 círculos eleitorais”, disse ainda.
Costa colocou-se como o garante da estabilidade política, indicando que é ao PS que cabe a iniciativa, mas que os outros partidos também têm essa responsabilidade. E lembrou ao Bloco, que durante a campanha defendeu que tinha a intenção de tirar a maioria absoluta, que também tem responsabilidade.
Costa lembra que PS também tem caderno de encargos
Questionado sobre se prefere acordos escritos, depois de este domingo o PCP ter dito que preferia entendimentos pontuais, António Costa disse que “a experiência de 2015 se revelou uma boa solução”. “Acho que o que correu bem não deve ser alterado”, acrescentou.
Costa disse ainda respeitar a interpretação do PCP, mas discordou da leitura dos comunistas. “Os portugueses rejeitaram a tese de que estes quatro anos foram a luta da esquerda contra o PS”. Este é um “PS reforçado” que também tem o “seu cadernos de encargos”, avisou.
Questionado sobre como pretende travar os populismos no Parlamento com a entrada do Chega para a Assembleia da República, Costa foi claro na resposta: “”Não contamos com o Chega para nada”.
Os resultados eleitorais mostram que o PS teve 106 deputados, o BE 19, o PCP 12, o PAN 4 e o Livre 1.
(Notícia atualizada)
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