Crescimento dos EUA abranda com a guerra comercial
As tensões comerciais “persistentes” e um menor crescimento global como os fatores estão a travar o crescimento da maior economia do mundo, diz a Fed.
A economia dos Estados Unidos continua a crescer, mas o ritmo abrandou devido a “persistentes” tensões comerciais, especialmente com a China, e a um “menor crescimento global”, afirmou a Reserva Federal (Fed).
A perspetiva é “que o crescimento económico continue, mas as estimativas diminuíram para os próximos seis e 12 meses”, refere o “Livro Bege”, relatório sobre a situação económica dos Estados Unidos da América, publicado oito vezes por ano com base em informações recolhidas junto de economistas, analistas financeiros, académicos e empresários.
A Fed (banco central dos EUA) apontou especificamente as tensões comerciais “persistentes” e um menor crescimento global como os fatores que estão a travar o crescimento da economia.
“Os fabricantes reduziram a sua força de trabalho porque a procura caiu”, disse a Fed, acrescentando que tanto a produção como o comércio viram os custos subir “várias vezes em produtos sujeitos a novas tarifas”.
Esta análise será usada pelos membros do banco central dos EUA na próxima reunião sobre política monetária, agendada para 29 e 30 de outubro.
A Fed baixou as taxas de juros nas suas duas últimas reuniões, em julho e em setembro, estando atualmente entre 1,75% e 2%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), que esta semana realiza a sua assembleia anual em Washington, também reduziu as previsões para a economia dos Estados Unidos, passando para 2,4% este ano e para 2,1% em 2020.
Embora na semana passada os Estados Unidos e a China tenham chegado a um acordo parcial para reduzir a sua disputa comercial, que dura há mais de 15 meses, ambos mantêm a aplicação de taxas milionárias às importações.
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