BCP vende posição de 10,5% na Global Media, dona do JN e TSF
O BCP deixou de ter qualquer participação na Global Media, isto depois de ter vendido a sua posição de 10,5% em partes iguais a dois acionistas de referência do grupo dono do JN e TSF.
O BCP BCP 0,00% anunciou esta sexta-feira a alienação da participação de 10,5% na Global Media, sem revelar o valor do negócio nem a identidade dos compradores. Adianta apenas que vendeu a posição em partes iguais a dois acionistas de referência do grupo de media que detêm, entre outros, o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF.
“Esta transação insere-se na estratégia do banco de sair de setores e negócios não core, mantendo o seu enfoque na atividade de banca comercial e de relação, oferecendo produtos e serviços de qualidade às comunidades que serve em diversas geografias”, informa o banco em comunicado.
“A participação do BCP foi vendida em partes iguais a dois acionistas de referência da Global Media. Os valores da transação não são públicos”, acrescenta a instituição.
"A participação do BCP foi vendida em partes iguais a dois acionistas de referência da Global Media. Os valores da transação não são públicos.”
O principal acionista do grupo, o macaense Kevin Ho, com 30% do capital através da sociedade KNJ. Por seu turno, José Pedro Soeiro, empresário e gestor português, tem uma posição global de 30% — 19,25% diretamente, e outra participação indireta de 10,5% através da Grandes Notícias. Ambos controlam 60% do grupo.
Joaquim Oliveira, através da Controlinveste, detém 19,3% — a Controlinveste pediu a insolvência no início do ano, com dívidas no valor de 548 milhões de euros, com o BCP (406 milhões) e Novo Banco (124 milhões) como principais credores. O Novo Banco também detém 10% do capital da Media Capital, mas também está a desfazer-se de ativos não core.
O grupo de media atravessa uma grave crise financeira já há alguns anos. Em julho passado, Afonso Camões, administrador da Global Media transmitiu aos jornalistas que a empresa precisava de fechar uma reestruturação até ao mês passado, sob pena de entrar “em colapso”. O responsável apontou para um cenário de 200 despedimentos no grupo.
Com esta alienação, o BCP deixa de estar exposto ao setor dos media. O banco presta contas do trimestre no próximo dia 7 de novembro. Na primeira metade do ano apurou um lucro de 170 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 18h36)
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