Acionista chinês garante que “Bison Bank não está à venda”
Banco "encontra-se com todas as condições para desenvolver negócio, com base na plataforma Europa-Ásia, de forma a retomar a rentabilidade nos próximos anos", diz o Bison Bank.
O Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited garante que o Bison Bank, antigo banco de investimento do Banif adquirido à Oitante em julho do ano passado, “não está à venda”. O acionista chinês desmente a informação avançada pelo ECO que dá conta de que está a ser avaliado um processo para a alienação do banco.
“O Conselho de Administração do Bison Bank contactou de imediato o seu acionista que afirmou claramente que ‘o Bison Bank não está à venda'”, afirma a empresa em comunicado emitido no seguimento da notícia do ECO. O Bison Bank não respondeu às questões colocadas relativamente ao processo de venda, emitindo posteriormente um comunicado a desmentir a informação.
“O acionista do banco também afirmou que está em permanente contacto com o Banco de Portugal para que todos os compromissos necessários sejam e continuem, sempre, a ser cumpridos”, acrescentou.
Recorde-se que o grupo chinês comprometeu-se junto do regulador da banca a injetar 60 milhões de euros no Bison Bank até final deste ano. Contudo, até agora apenas foram colocados no banco de investimento 41 milhões, por via do aumento de capital realizado em julho do ano passado, no momento da aquisição à Oitante. Outros 20 milhões terão de ser injetados entretanto. E, em simultâneo, circula no mercado uma apresentação do Bison Bank – sob o nome de Bright Bank, e datada de agosto – em que é apresentado como uma oportunidade de investimento. Nessa apresentação, revela que tem fundos próprios, no final do primeiro semestre, da ordem dos 53 milhões de euros, e que ainda não estão realizadas as economias de escala previstas aquando da compra do negócio..
“Desde que o Bison Capital Financial Holdings (Hong Kong) Limited adquiriu o banco em meados de 2018, e considerando o estado de inatividade do banco na altura, o foco tem sido o processo interno de reorganização e o estabelecimento de um modelo adequado de gestão de risco, em linha com o plano estratégico”, salienta o Bison em comunicado.
“Neste momento, o banco encontra-se com todas as condições para desenvolver negócio, com base na plataforma Europa-Ásia, de forma a retomar a rentabilidade nos próximos anos. Para esse propósito, o Banco encontra-se bem capitalizado”, remata.
O banco cumpre todos os requisitos e tem capital suficiente para cumprir as exigências regulamentares nos próximos anos. Ainda assim, atravessa um período difícil do ponto de vista da operação. O Bison Bank deverá fechar o ano com prejuízos na ordem dos nove milhões de euros — até meados deste ano registou uma perda de 4,5 milhões. As contas do próximo ano também fecharão no vermelho. “Não há negócio”, disse uma fonte financeira ao ECO. Isto depois de dois anos de prejuízos de 42 milhões e 9,4 milhões em 2017 e 2018.
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