Mário Nogueira diz que recuperar tempo de serviço dos professores “é justiça elementar”
O secretário-geral da Fenprof lembra que já só faltam "seis anos, seis meses e 23 dias" para recuperar o tempo de serviço do professores e acusa o Governo de não se querer reunir com os sindicatos.
O líder da Fenprof considera que é “justiça elementar” recuperar na totalidade o tempo de serviço dos professores e lembra que já só faltam “seis anos, seis meses e 23 dias”. Mário Nogueira deixa ainda um recado ao Ministério da Educação que, segundo o secretário-geral, foi o único ministério que “não deu sinal de vida para qualquer tipo de reunião com as organizações sindicais“.
Na antecipação das reuniões com os Bloco de Esquerda, Partido Socialista e PCP sobre o descongelamento das carreiras, Mário Nogueira espera alguma compreensão por parte dos partidos, já que registou que “todos, à exceção do Partido Socialista”, recolocaram a questão na campanha eleitoral e defenderam “a recuperação desse tempo de serviço”.
“É uma justiça elementar, ou seja, as pessoas trabalharam e têm de ser reconhecidas. E há uma coisa que as pessoas sabem é que já não são nove anos, quatro meses e dois dias. Com a sua luta, neste momento já só são seis anos, seis meses e 23 dias“, lembrou o líder da Fenprof, Mário Nogueira, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
Mário Nogueira lamentou ainda o facto de o Ministério da Educação ter optado pelo “silêncio” ao ser o único ministério que ainda não reuniu com as organizações sindicais. “Estamos a entregar o caderno reivindicativo dos professores que também faremos chegar ao Governo logo que o sr. ministro da Educação tenha um buraquinho na agenda para reunir com os sindicatos“, disse o líder da Fenprof, acrescentando que pensa “que será o único ministro de todo o Governo que ainda não deu sinal de vida para qualquer tipo de reunião com as organizações sindicais“.
Para Mário Nogueira o problema não está apenas nas carreiras, mas também no envelhecimento da população, nomeadamente dos professores, sendo um problema que “em que o Governo continua sem resposta”. O líder sublinhou que há falta de jovens na formação inicial e “professores afastados da profissão pelas más condições, instabilidade e precariedade da profissão”.
Na saída do encontro com o líder da Fenprof, em declarações à RTP3, Catarina Martins lembra que o país não está “a ter os professores de que precisa“, sublinhando que cerca de 50% dos professores têm mais de 55 anos e que “há mais de 12 mil que se vão reformar nos próximos anos”. Para isso, a bloquista considera que é fundamental discutir as “questões da própria valorização do trabalho dos professores nas escolas e das suas carreiras”.
A Fenprof entregou no Parlamento uma petição com 13 mil assinaturas pela recuperação de todo o tempo de serviço dos professores. Na sequência desta entrega iniciou uma ronda de contactos com os vários partidos para discutir o tempo das carreiras, e, outras questões como de aposentação e de concurso.
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