Costa afirma que crescimento corresponde às previsões do Governo e salienta ganhos de quotas de mercado
"Esses dados indicam que vamos cumprir o objetivo previsto [em 2019], razão pela qual não estamos surpreendidos com esta dinâmica do crescimento", disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que os mais recentes dados do crescimento correspondem às previsões do Governo, continuando Portugal a convergir com a União Europeia (UE), com as exportações a aumentar e as empresas a ganharem quotas de mercado.
António Costa fez esta análise sobre a evolução da economia portuguesa em Estocolmo, depois de confrontado pelos jornalistas com os resultados da estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quinta-feira. O INE aponta que o PIB cresceu 0,3% no terceiro trimestre face aos três meses anteriores, metade do valor registado no segundo trimestre, mantendo o ritmo de crescimento de 1,9%.
“Esses dados indicam que vamos cumprir o objetivo previsto [em 2019], razão pela qual não estamos surpreendidos com esta dinâmica do crescimento. Significa que Portugal continua a convergir com a UE e com a zona euro”, sustentou o primeiro-ministro.
Segundo António Costa, quer em cadeia, quer em comparação com períodos homólogos, o país “cresceu acima da média europeia — esse é o facto mais relevante. Obviamente que uma economia aberta tem ciclos, mas o objetivo de Portugal é continuar a convergir“, justificou o líder do executivo.
Ainda segundo a estimativa do INE, “comparativamente com o segundo trimestre de 2019, o PIB aumentou 0,3% em termos reais (variação em cadeia de 0,6% no trimestre anterior), refletindo o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, superior ao registado no segundo trimestre, e o contributo negativo mais intenso da procura externa líquida”.
Em relação a estes dados, que levantam dúvidas sobre o perfil do crescimento da economia portuguesa, António Costa indicou que “as exportações continuam a crescer, embora o ritmo de crescimento não seja tão elevado”, já que esta trajetória de subida se iniciou “há mais de uma década”. “Portanto, o diferencial de crescimento é cada vez menor”, alegou, antes de desdramatizar eventuais consequências de um abrandamento da economia europeia no seu conjunto e de manifestar confiança na capacidade de adaptação do tecido exportador nacional.
“Portugal já atravessou períodos em que houve uma crise profunda em Angola, com as nossas exportações a enfrentarem dificuldades, mas os nossos empresários reorientaram as suas exportações. Neste momento em que há uma desaceleração da economia europeia, é natural que as nossas exportações possam não crescer ao mesmo ritmo“, admitiu.
No entanto, para o primeiro-ministro, a desaceleração da economia europeia “pode ser conjuntural e as empresas nacionais têm encontrado outros mercados”. “Mais importante: o crescimento das exportações continua e o ganho de quotas de mercado continua, o que significa que há uma conquista de novas posições que Portugal não detinham anteriormente”, sustentou.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro referiu que Portugal, desde 2017, está a crescer acima da média europeia, o que não acontecia desde a adesão do país ao euro. “Todas as previsões indicam também que, quer em 2020, quer em 2021, Portugal continuará a crescer acima da média europeia. A ambição que temos de ter é continuar a crescer pelo menos uma década acima da média da UE, tendo em vista uma aproximação sustentável face aos Estados-membros mais desenvolvidos”, acrescentou.
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