Marcelo quer “refrear a euforia” e evitar “Orçamento despesista”
"É excelente" as administrações públicas terem registado um excedente até outubro, mas pede que se evite euforias. Não pode haver "uma inflexão num caminho, numa trajetória que tem sido seguida".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou querer “refrear a euforia” em relação à execução orçamental deste ano e evitar “um Orçamento despesista” para 2020.
À margem da cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2018, num hotel em Lisboa, o chefe de Estado reiterou que “pode acontecer ou não” a necessidade de uma nova injeção de capital no Novo Banco este ano, mas nada mais quis adiantar sobre este assunto.
“Não tenho informação nenhuma, por isso é que eu disse: se houver, se for necessário. Se não for necessário, melhor”, afirmou o Presidente da República, em resposta aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as declarações que fez a propósito da execução orçamental, em que aconselhou a que se espere “pelas despesas de novembro e dezembro” e também “por reflexos ou não, este ano, da necessidade de injeção financeira no sistema financeiro”, mais concretamente, “no Novo Banco”.
“O que eu disse é: atenção que não se entre em euforia, porque ainda faltam dois meses, novembro e dezembro, e porque aconteceu em anos anteriores, pode acontecer ou não, a necessidade de haver, já foi noticiado, a hipótese de haver uma injeção que, aliás, não é só do Estado, nem sobretudo do Estado. E pode haver ou não”, explicou.
Considerando que “é excelente” as administrações públicas terem registado um excedente até outubro, o chefe de Estado acrescentou que o seu objetivo foi “refrear a euforia que começava a reinar e, sobretudo, a ideia de que, portanto, o próximo Orçamento pode ser um Orçamento despesista, o que seria uma inflexão num caminho, numa trajetória que tem sido seguida”.
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