Sócio de Isabel dos Santos põe à venda palácio no Porto por 14 milhões. Pagou 2,65 milhões em 2015
O Palácio de São Bento da Vitória, no Porto, está à procura de comprador. Atuais proprietários querem vender o imóvel por 14 milhões de euros, sete vezes mais do que pagaram em 2015.
Poucos anos depois de terem comprado o Palácio de São Bento da Vitória ao Estado, os empresários Fernando Teles e Eurico da Fonseca decidiram aliená-lo, confirmaram os próprios ao ECO. O edifício com quase 200 anos de história foi colocado no mercado por cerca de 14 milhões de euros, apurou o ECO, depois de terem pago 2,65 milhões de euros ao Estado em 2015.
É nos números 12 a 20 da Rua de São Bento da Vitória, entre a Ribeira e os Clérigos, que está o Palácio de São Bento da Vitória, também conhecido como Casa da Baronesa da Regaleira. O edifício foi construído em 1832 por um comerciante do Porto e, em 1928, acabou nas mãos do Estado, tendo sido a casa de muitas entidades, desde o Teatro Vitória, ao Liceu Central do Porto, à Polícia Judiciária e ao Tribunal de Instrução Criminal.
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Em 2015, a Estamo — imobiliária do Estado — colocou o imóvel à venda e este acabou por ser comprado por 2,65 milhões de euros [de acordo com a informação que consta no site da Estamo] pela sociedade Próximo Quadrado, detida pelo banqueiro luso-angolano e sócio de Isabel dos Santos, Fernando Teles, e pelo empresário português Eurico da Fonseca. Este último venceu recentemente o concurso do Castelo de Vila Nova de Cerdeira, no âmbito do Revive.
Desde essa compra, a intenção dos proprietários era converter o palácio num hotel, mas essa ideia acabou deixada de lado e, este ano, Fernando Teles e Eurico da Fonseca decidiram mesmo alienar o imóvel. “Deixámos passar e o tempo foi andando”, adiantou ao ECO Eurico da Fonseca, que acrescentou que este “não é um negócio para toda a gente, só para alguns”.
Questionado, o empresário não quis revelar valores, mas o ECO apurou junto de fontes do mercado que a intenção é de concretizar a venda por cerca de 14 milhões de euros, sete vezes mais do que o valor pago em 2015 ao Estado.
Para tratar do processo de venda, a sociedade contratou a Predibisa, uma empresa imobiliária. “Estamos com muita calma a promover, de forma muito tranquila. Resolvemos contratar a Predibisa há algum tempo para proceder de forma mais ativa à venda”, continuou o empresário português. Ao ECO, Eurico da Fonseca revelou ainda que “neste momento, há alguns investidores a analisar o negócio”.
Palácio vai ser convertido num hotel com 75 quartos
O projeto, que é considerado um “investimento seguro”, assegura a Predibisa, em comunicado, prevê a implementação de um hotel de quatro ou cinco estrelas, com 75 quartos e uma área de construção de 6.148 metros quadrados.
A unidade hoteleira terá um bar com entrada direta pela rua de São Bento da Vitória, uma sala de pequenos-almoços com capacidade para até 200 pessoas e com acesso direito ao jardim, um miradouro com cerca de 150 metros quadrados, um rooftop com bar, zona de estacionamento com capacidade para 12 automóveis e uma zona de cargas e descargas no interior do edifício.
“Este negócio tem alguma sensibilidade, não é para toda a gente. Quem está no mercado sabe que é um imóvel diferente“, rematou Eurico da Fonseca ao ECO.
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