À espera da OPEP, petróleo avança mais de 2%
Arábia Saudita e Iraque alinham na vontade de querer mais cortes de produção, mas a Rússia poderá ser um entrave. OPEP+ reúne-se esta quinta e sexta-feira em Viena para decidir futuro do mercado.
A produção de petróleo pode voltar a recuar e, à espera dessa decisão, a matéria-prima segue em forte alta nos mercados internacionais. O preço por barril sobe mais de 2% tanto em Londres como em Nova Iorque, no início da semana em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os países aliados que alinham com o programa de cortes se vão reunir para decidir o futuro do mercado.
A OPEP e os alinhados da OPEP+ estão a avaliar avançar com novos cortes de produção de petróleo, segundo anunciou o ministro do Petróleo do Iraque este domingo. Thamer Ghadhban antecipa uma redução em cerca de 400 mil barris diários face à produção atual.
Esta segunda-feira, a Reuters noticia que também a Arábia Saudita apoia o corte e que este poderá estender-se até junho. Em reação, o brent de referência europeia valoriza 2,35% para 61,91 dólares por barril. Já o crude WTI sobe 2,43% para 56,48 dólares por barril.
Brent londrino recupera
Os países exportadores da OPEP+ têm levado a cabo cortes de produção há três anos com vista a levar o mercado petrolífero rumo a um equilíbrio e a suportar os preços da matéria-prima. O acordo atual que prevê um corte de oferta de 1,2 milhões de barris por dia acordado em janeiro deste ano expira em março do próximo ano.
Se decidirem aprofundar a redução, esta poderá passar para 1,6 milhões de barris. No entanto, ainda não é certo. O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, disse na sexta-feira que prefere que a OPEP e os aliados esperem até abril, antes de tomar uma decisão sobre a extensão do acordo de produção de petróleo, revelou a agência de notícias TASS.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
À espera da OPEP, petróleo avança mais de 2%
{{ noCommentsLabel }}