Centeno não vê “nenhum conflito de interesses” em sair do Governo para o Banco de Portugal
O ministro das Finanças fala sobre o futuro em entrevista ao Expresso. Por um lado, não é favorável à renovação de mandato no Eurogrupo. Por outro, não vê conflito em ir para o BdP após o Governo.
O ministro das Finanças não vê incompatibilidade em ocupar um cargo no Banco de Portugal após deixar a atual posição. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), Mário Centeno deixa em aberto se está a considerar vir a ser governador do banco central. Quanto a um segundo mandato como presidente do Eurogrupo, diz-se favorável à limitação de mandatos.
“Não vejo nenhum conflito de interesses“, respondeu Centeno, ao Expresso, quando questionado sobre a incompatibilidade de um ex-ministro das Finanças ser governador do Banco de Portugal. “Dou dois exemplos: um dos vice-presidentes do BCE foi ministro das Finanças de Espanha. E o meu colega eslovaco também transitou das Finanças para o banco central. Estou só a dar exemplos”, referiu.
Centeno iniciou há dois meses a segunda legislatura como Ministro das Finanças, que só termina em 2023. No entanto, têm surgido notícias sobre o futuro do governante e o próprio já admitiu considerar ter perfil para ser governador do Banco de Portugal.
Mas tem mantido sempre em aberto se o quer ou não fazer. Questionado pelo semanário se acharia um desafio interessante, referiu apenas estar focado no Orçamento do Estado (OE) para 2020, cuja proposta foi apresentada esta semana. “Já disse: o meu desafio agora é começar a apresentar o OE 2020 na AR“, disse.
Já sobre o mandato como presidente do Eurogrupo (que termina em julho, mas pode ser renovado por mais dois anos e meio), o governante socialista é mais claro. “Eu sou extremamente favorável à limitação do número de mandatos que os políticos exercem. E exerço-o o mais possível na minha pessoa também”, afirmou Centeno, ao Expresso. “Não é algo que eu tenha, neste momento, equacionado. A seu tempo falaremos”, acrescentou.
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