ASAE já sabe quem financiou as greves cirúrgicas dos enfermeiros

A CNPD considera que a ASAE pode aceder aos dados de quem contribuiu para o financiamento das greves dos enfermeiros em blocos operatórios. PPL já os enviou, incluindo os anónimos.

A PPL Crowdfunding já enviou à ASAE os dados de todas as pessoas que fizeram donativos nas duas campanhas que serviram para financiar as greves cirúrgicas, incluindo os anónimos. A informação foi confirmada ao ECO por um responsável da plataforma usada pelos enfermeiros para angariarem mais de 700 mil euros para continuar a pagar o salário aos colegas grevistas.

A empresa portuguesa tinha adiado a entrega desta informação àquela autoridade, por considerar que existiam “dúvidas” quanto a legalidade do pedido ao abrigo do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). Já esta sexta-feira, a CNPD emitiu o parecer que tinha sido pedido, considerando que a ASAE pode aceder aos dados de quem contribuiu para o financiamento das greves dos enfermeiros em blocos operatórios.

“Enviámos toda a informação pedida”, disse ao ECO o cofundador e diretor tecnológico da PPL Crowdfunding, Pedro Domingos. Como o próprio já tinha afirmado, numa entrevista publicada esta semana, a ASAE pediu a lista de quem fez donativos para as quatro maiores campanhas já realizadas através da plataforma, entre as quais as duas que foram promovidas pelos enfermeiros.

Segundo uma nota publicada no site da CNPD, foi dito à plataforma PPL, onde foi feita a campanha de angariação de fundos, que “nada obsta” à disponibilização à ASAE da informação pedida para averiguar a origem dos fundos recolhidos. A ASAE pretende investigar a origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através de uma plataforma de financiamento colaborativo, crowdfunding, para as greves em blocos operatórios.

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Governo cria incentivo não fiscal para controlar emissão de fatura sem papel

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2019

O Governo vai criar um incentivo não fiscal a quem peça fatura de bens e serviços comprados em Portugal.

O Governo vai criar um incentivo não fiscal, a definir por portaria, a quem peça fatura de bens e serviços comprados em Portugal, revela o diploma que dispensa a emissão de fatura em papel e que foi publicado esta sexta-feira.

Este decreto-lei, promulgado a 5 de fevereiro pelo Presidente da República, adita um novo artigo intitulado “Incentivo não fiscal” ao diploma de 2012 que criou o benefício fiscal para os contribuintes que pedem faturas de restaurantes, cabeleireiros e oficinas, permitindo-lhes deduzir no IRS 15% desse IVA, até um limite de 250 euros por agregado familiar. “Às pessoas singulares que exijam fatura nas aquisições de bens e serviços para fins privados que realizem em território nacional […] pode ser atribuído um incentivo, nos termos e condições a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças”, lê-se no diploma hoje publicado.

Mas o benefício só se aplica se as faturas forem relativas a despesas que não beneficiem da isenção de IVA prevista para transmissões de bens expedidos ou transportados para fora da Comunidade. O decreto-lei publicado esta sexta-feira cria também as condições para a fatura sem papel, prevendo a possibilidade de dispensa de impressão de faturas, uma medida do Programa SIMPLEX para simplificar e digitalizar a Administração Pública.

O Governo pretende assim promover a desmaterialização de documentos, incentivando a adoção de um sistema de faturação eletrónica e de arquivo eletrónico de documentos, permitindo às empresas uma redução dos custos com o cumprimento das obrigações fiscais, estimulando a utilização de novos instrumentos tecnológicos. “Para este efeito, é introduzida uma reforma substancial das regras aplicáveis ao arquivo dos livros, registos, bases de dados e documentos de suporte da contabilidade”, determina o Governo no executivo no diploma.

As empresas só podem dispensar a emissão da fatura em papel se o cliente não a solicitar e se as faturas tiverem o número de identificação fiscal do adquirente, forem processadas através de programa informático certificado e garantirem a transmissão das faturas em tempo real para a Autoridade Tributária.

Para combater a economia informal, fraude e evasão fiscais, o diploma prevê ainda mecanismos de reforço do controlo das operações realizadas pelos comerciantes, através da identificação dos programas de faturação comercializados, dos estabelecimentos onde estão instalados terminais de faturação e da obrigação de as faturas emitidas passarem a conter um código único de documento. “Esta última medida permite igualmente introduzir uma simplificação na comunicação de faturas por parte de pessoas singulares para determinação das respetivas despesas dedutíveis em sede de IRS”, lê-se no preâmbulo do diploma.

O executivo, no diploma, defende que a identificação do local onde decorre a operação económica constitui não só uma importante medida de combate à fraude e evasão fiscais, mas também um elemento necessário ao apuramento do IVA liquidado em cada concelho para efeitos de alocação parcial daquela receita aos respetivos municípios. “De modo a facilitar a adaptação dos agentes económicos, o regime constante do presente decreto-lei entra em vigor faseadamente, devendo a AT disponibilizar gratuitamente uma aplicação de faturação que cumpra os requisitos legais”, conclui no diploma.

O Conselho de Ministros, a 13 de dezembro passado, dia em que aprovou o diploma, afirmou em comunicado que o objetivo do novo regime é o de promover “as potencialidades do sistema e-fatura no combate à fraude e evasão fiscais” e “a simplificação legislativa”, assim como “conferir uma maior segurança jurídica aos contribuintes”, além de ser “fundamental para dar cumprimento à Lei das Finanças Locais” no que diz respeito à participação das autarquias na receita de IVA, ao permitir a territorialização das faturas.

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Bruxelas destina 3,3 mil milhões de euros para Erasmus+

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2019

A Comissão Europeia decidiu aumentar as verbas do programa de intercâmbio de estágios e formação na União Europeia, o Erasmus+.

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira que vai aumentar em 250 milhões de euros a verba do programa Erasmus+, que permite o intercâmbio na União Europeia (UE) para estágios e formação profissional, alocando ao todo 3,3 mil milhões.

Em comunicado, Bruxelas indica que reviu o programa anual do Erasmus+ para 2019, aumentando assim a verba total para 3.270.450,701 euros, e explica que este valor “será investido em mobilidade para fins de aprendizagem e em vários projetos prioritários”.

A revisão em causa também irá “beneficiar projetos inovadores e interdisciplinares, ao nível da aprendizagem digital e do ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática […], bem como atividades internacionais no campo do ensino superior”, acrescenta a Comissão Europeia.

Este acréscimo da verba foi acordado com o Conselho da UE, onde estão representados os Estados-membros e o Parlamento Europeu, estando incluído no orçamento geral da União para este ano.

Citado pela nota, o comissário europeu responsável pelas áreas da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Tibor Navracsics, assinala que a medida vai permitir “oferecer a mais pessoas uma experiência de aprendizagem no estrangeiro e, em particular, dobrar os fundos para as universidades europeias”, ao apostando ainda em centros vocacionais e em projetos de inclusão social.

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Parlamento aprova nova comissão de inquérito à Caixa

A nova comissão terá condições diferentes, já que passou a ser conhecida a auditoria da EY à gestão da Caixa, ao mesmo tempo que foi promulgada a lei que permite o acesso a informações dos bancos.

O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, a constituição da terceira comissão parlamentar de inquérito que terá a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como objeto. O projeto para a constituição de uma nova comissão, da autoria conjunta de PS, PSD, CDS e Bloco de Esquerda, foi aprovado com a abstenção do PCP, dos Verdes e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira e com os votos a favor de todas as restantes bancadas.

A nova comissão de inquérito terá condições diferentes da última que foi realizada à gestão do banco público. Desde logo, já é conhecida a auditoria feita pela EY à gestão da Caixa entre 2000 e 2015, que aponta para decisões de investimento e de concessão de crédito, por parte de várias administrações, que não tiveram em conta os pareceres negativos da direção global de risco do banco. Ao mesmo tempo, já está promulgada a lei que permite que as comissões parlamentares de inquérito tenham acesso à informação solicitada aos bancos, que, até agora, têm invocado, por várias vezes, o segredo bancário ou o sigilo profissional para recusarem ceder informações.

Os partidos acordaram que a comissão de inquérito não deverá ultrapassar os 120 dias, tendo em conta não só a urgência do tema mas, também, o facto de decorrerem eleições legislativas em outubro. A comissão terá quatro objetivos:

  • Apurar as práticas de gestão da Caixa no domínio da concessão e gestão de crédito e de outras modalidades de financiamento desde o ano de 2000;
  • Apreciar a atuação dos órgãos societários da Caixa, incluindo os de administração de fiscalização e de auditoria, dos diretores, dos auditores externos, dos Governos, bem como dos supervisores financeiros;
  • Averiguar as contradições entre as declarações proferidas publicamente, incluindo em comissões parlamentares de inquérito anteriores, e as informações do relatório de auditoria da EY, nomeadamente sobre a concessão e renovação de créditos;
  • Avaliar o impacto destas práticas de crédito nas necessidades da recapitalização da Caixa.

Esta será a terceira comissão de inquérito em torno da Caixa nesta legislatura. A primeira decorreu durante um ano, entre 2016 e 2017, e tinha o mesmo objeto daquela que acaba ser aprovada: avaliar as práticas de gestão da Caixa desde o ano 2000, para apurar os factos que levaram à necessidade da última recapitalização feita na no banco público. Esta comissão acabou, na prática, por ser inconclusiva, já que o relatório final, que continha as conclusões retiradas da comissão de inquérito, foi chumbado. Para além disso, a comissão acabou sem que tenha chegado a receber vários documentos pedidos não só à Caixa, mas também ao Banco de Portugal e à CMVM, que invocaram segredo bancário e sigilo profissional para recusarem o envio da informação solicitada. O mesmo não deverá acontecer na nova comissão.

Já a segunda começou quando a primeira ainda não tinha acabado e visava apurar a condições da nomeação e demissão da administração de António Domingues, que renunciou ao cargo por se opor à obrigatoriedade de apresentar a declaração de rendimentos e de património ao Tribunal Constitucional.

O projeto aprovado esta sexta-feira será agora enviado para a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), onde será definido o funcionamento da nova comissão parlamentar de inquérito.

(Notícia atualizada às 12h43 com mais informação)

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Novabase dispara com investidores à caça dos dividendos. Sobe mais de 20%

Os títulos da tecnológica estão a disparar. Apesar da quebra dos lucros, a empresa prometeu um dividendo que está a atrair muitos investidores.

A Novabase registou uma queda nos lucros. Mesmo assim, manteve a remuneração aos acionistas, o que está a fazer disparar os títulos na bolsa nacional. Com a caça ao dividendo, as ações da tecnológica estão a valorizar mais de 20%.

Os títulos arrancaram a sessão em alta, somando mais de 5%. A tendência acentuou-se, com as ações da empresa a apresentarem uma valorização de 21,6% para os 2,59 euros, um máximo desde 11 de outubro.

Novabase brilha em bolsa

Esta forte subida acontece mesmo depois de a tecnológica ter revelado que obteve lucros de 4,737 milhões de euros no ano passado, o que representa uma quebra de 0,8% face aos resultados de 2017.

Apesar desta queda dos lucros, a Novabase decidiu propor aos acionistas a manutenção do valor do dividendo nos 15 cêntimos por ação. Um valor que “corresponde a um montante equivalente a 99,4% do resultado líquido consolidado”, refere o comunicado enviado à CMVM.

E é exatamente essa a explicação para o disparo dos títulos na bolsa nacional. É que tendo em conta o dividendo de 15 cêntimos, a rendibilidade oferecida pela Novabase com a remuneração acionista era, ao valor de fecho da última sessão, de mais de 7%. É um retorno atrativo.

Esta proposta de dividendo está, contudo, “sujeita às condições de mercado” e à “existência de uma situação financeira e contabilística no balanço da Novabase que permita a sua execução”, diz a Novabase. A assembleia de acionistas onde será decidido o valor do dividendo a distribuir está marcada para 7 de maio.

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Faturas passam do papel para o digital. Código QR chega em 2020

Está aberto o caminho para o fim das faturas em papel. A partir de sábado, os comerciantes podem só emitir faturas eletrónicas, se os consumidores concordarem.

O Governo já publicou o decreto-lei que abre caminho para o fim das faturas em papel. Já a partir deste sábado, os comerciantes podem deixar de imprimir faturas e passar a emiti-las só por via eletrónica, desde que o consumidor aceite. A nova lei também lança as bases para o fim dos arquivos em papel nas empresas.

Numa versão da lei em linguagem clara, anexada ao documento publicado esta sexta-feira no Diário da República, o Governo explica que, “desde que o consumidor aceite, as faturas deixam de ser impressas em papel e passam a poder ser emitidas por meio eletrónico”. As faturas são, depois, “disponibilizadas no portal das Finanças e enviadas pelo vendedor por meio eletrónico”.

Para o arranque da próxima década, o Governo promete vir a disponibilizar faturas com um código QR. “A partir de [1 de janeiro de] 2020, as faturas passam a incluir um código único de documento e código de barras bidimensional (‘Código QR’), para reforçar o controlo e o combate à fraude e evasões fiscais, mas que permitirá também que os contribuintes comuniquem faturas de despesas, para efeitos de dedução no IRS, mesmo que estas não contenham o seu número de identificação fiscal”, lê-se no resumo simplificado do decreto-lei.

A nova lei permite ainda que “os sistemas de arquivo dos elementos da contabilidade das empresas” passem a ser “totalmente eletrónicos“. E mesmo os documentos processados em papel “passam a poder ser digitalizados e arquivados eletronicamente”. A lei dispensa “a comunicação de inventários” para contribuintes abrangidos pelo regime simplificado em sede de IRS ou IRC.

Prazo de dez anos para guardar documentos

O decreto-lei prevê que os registos e arquivos dos contribuintes sejam guardados e mantidos por dez anos. “Os contribuintes ficam sujeitos a guardar e manter os livros, registos e respetivos documentos de suporte por um prazo de dez anos, desde que fique garantida toda a informação neles contida em formato digital”, explica o Governo.

Mas se os contribuintes “exercerem direitos com um prazo superior”, estes documentos devem ser mantidos “até ao termo do prazo de caducidade para a liquidação dos impostos correspondentes”.

Fisco promete aplicação gratuita de faturação

Com este decreto-lei, mais empresas ficam obrigadas “a emitir faturas utilizando exclusivamente programas informáticos de faturação certificados”.

No entanto, aquilo que poderia ser uma boa notícia para as empresas de software de faturação traz um sabor agridoce. O Governo promete que a Autoridade Tributária (AT) vai disponibilizar, “no futuro, uma aplicação de faturação para utilização gratuita”.

Guias podem ser emitidas no site das Finanças

O decreto-lei mantém a hipótese da emissão de “documentos de transporte” (guias) em papel. Mas, para facilitar, podem ser também “emitidos através do portal das Finanças”.

Esta documentação deve ser guardada “até ao final do quatro ano seguinte ao da sua emissão, sendo os documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário”. No caso dos documentos para o Fisco, também têm de ser guardados, mesmo “que não tenham sido recolhidos” pela AT.

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Fisco vai lançar programa gratuito para faturação digital

O Fisco vai criar uma aplicação gratuita para emissão de faturas. Poupam os comerciantes, que deixam de suportar custos com os programas certificados.

A Autoridade Tributária (AT) vai lançar uma aplicação de utilização gratuita para emissão de faturas. Trata-se de uma notícia animadora para os pequenos e médios comerciantes, que deixam de ter de suportar os custos dos programas certificados, mas uma notícia menos favorável para as empresas que fornecem software de faturação. A promessa é do Governo e surge um dia antes de entrar em vigor legislação que abre caminho para o fim das faturas em papel.

“Um conjunto maior de empresas fica obrigado a emitir faturas utilizando exclusivamente programas informáticos de faturação certificados, prevendo-se que a AT disponibilize, no futuro, uma aplicação de faturação para utilização gratuita”, lê-se num resumo em linguagem simplificada do decreto-lei do Governo, publicado esta sexta-feira em Diário da República.

No decreto-lei, o Governo justifica a promessa com a necessidade de os agentes económicos se adaptarem ao fim das faturas em papel de uma forma mais gradual. “De modo a facilitar a adaptação dos agentes económicos, o regime constante do presente decreto-lei entra em vigor faseadamente, devendo a AT disponibilizar gratuitamente uma aplicação de faturação que cumpra os requisitos legais”, lê-se no documento.

A lei entra em vigor este sábado e prevê que, “desde que o consumidor aceite, as faturas deixam de ser impressas em papel e passam a poder ser emitidas por meio eletrónico, sendo disponibilizadas no portal das Finanças e enviadas pelo vendedor por meio eletrónico”. A medida prevê também a que as empresas possam manter arquivos exclusivamente eletrónicos, com a digitalização dos documentos impressos.

Além disso, a partir de janeiro de 2020, todas as faturas vão passar a ter um código QR, uma espécie de código de barras que pode ser digitalizado com o smartphone, para que os contribuintes possam facilmente comunicar “faturas de despesas, para efeitos de dedução no IRS, mesmo que estas não contenham o seu número de identificação fiscal”.

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PS, PSD e CDS-PP rejeitam fim das propinas

  • Lusa e ECO
  • 15 Fevereiro 2019

O Partido Socialista eliminou a hipótese de aprovar qualquer iniciativa que tenha como objetivo a eliminação total das propinas.

O PS rejeitou esta sexta-feira qualquer iniciativa para acabar com as propinas, à semelhança do PSD e do CDS-PP, durante o debate parlamentar que está a decorrer sobre o ensino superior.

“Não vamos aprovar nenhuma das iniciativas que visam encetar a eliminação total das propinas”, anunciou o deputado socialista Porfírio Silva, ao intervir no debate, marcado pelo Bloco de Esquerda.

Para além do projeto-lei que propõe o fim das propinas nas licenciaturas e nos mestrados integrados, os bloquistas também defendem que os estudantes que tenham dívidas com instituições de ensino por pagamento de propinas em atraso, tenham direito a um “período de carência de pagamento dessas dívidas”.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tinha-se mostrado favorável ao fim das propinas, bem como Marcelo Rebelo de Sousa. “A extinção das propinas, a concretizar-se, a ser possível concretizar-se, é um passo decisivo”, disse o Presidente da República, em janeiro.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

Maduro revela vontade de manter conversações com os Estados Unidos, e convida um enviado de Trump a visitar o país. As reuniões dos EUA com Pequim foram "produtivas".

O Presidente da Venezuela revelou que convidou um enviado de Donald Trump para o país e que tem mantido contactos com responsáveis norte-americanos. Já as reuniões dos chineses com os Estados Unidos estão a terminar, à medida que se aproxima o prazo para conseguirem chegar a acordo. A Comissão responsável pelo Comércio tem ainda outras preocupações, nomeadamente deliberar a multa a aplicar ao Facebook por violações da privacidade dos utilizadores. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Associated Press

Em “privado, público ou secreto”. Maduro convida enviado de Trump para encontro em Caracas

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na quinta-feira que convidou o enviado especial dos Estados Unidos a deslocar-se ao país e que o seu ministro dos Negócios Estrangeiros manteve recentemente contactos com responsáveis oficiais dos EUA em Nova Iorque. Em entrevista à agência noticiosa Associated Press, o Chefe de Estado indicou que o segundo de dois encontros ocorreu quatro dias após o enviado norte-americano, Elliott Abrams, ter referido que o tempo para o diálogo com o Governo de Maduro estava esgotado. Apesar de criticar a atitude de confrontação do seu homólogo dos EUA, Maduro disse que mantém a esperança num encontro com Donald Trump para resolver o impasse relacionado com o facto de este ter reconhecido o opositor Juan Guaidó como líder legítimo da Venezuela. Leia a notícia completa na Associated Press (acesso livre / conteúdo em inglês)

South China Morning Post

Estados Unidos satisfeitos com reuniões em Pequim sobre a guerra comercial

As negociações com Pequim para encontrar uma saída para a guerra comercial sino-americana têm sido “produtivas”, congratulou-se esta quinta-feira o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin. “As reuniões foram produtivas com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He”, escreveu Steven Mnuchin, na sua conta da rede social Twitter.

Após dois dias de conversações na capital chinesa, Steven Mnuchin deverá ser recebido agora pelo Presidente chinês, Xi Jinping, antes de regressar a Washington. A China e os Estados Unidos iniciaram na quinta-feira um diálogo de alto nível, visando pôr fim a uma guerra comercial que ameaça a economia mundial e que poderá agravar-se, após um período de trégua de 90 dias. Leia a notícia completa no South China Morning Post (acesso livre / conteúdo em inglês)

The Washington Post

Facebook enfrenta multa multimilionária

A rede social fundada por Mark Zuckerberg prepara-se para ser multada pela Comissão Federal do Comércio, no âmbito da investigação às falhas na proteção da privacidade dos utilizadores, depois de ser conhecido o caso Cambridge Analytica. O valor ainda não foi definido mas deverá ascender aos milhares de dólares, no que pode ser a multa mais alta alguma vez aplicada pela instituição a uma tecnológica. Até agora, o montante recorde foi cobrado à Google, que foi multada em 22,5 milhões de dólares em 2012. Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso pago / conteúdo em inglês)

CNN

Coca-Cola cai para mínimos de uma década depois de apresentar previsões aquém do esperado

A Coca-Cola espera crescer 4% em 2019, um valor que justifica com o abrandamento global, a força do dólar e a incerteza política. Estas previsões desiludiram os investidores e fizeram as ações da fabricante norte-americana cair 8%, no que foi o pior dia em bolsa em dez anos. Os títulos da Coca-Cola negociaram em mínimos de outubro de 2008, numa altura em que as tensões comerciais prejudicam os resultados das empresas. Leia a notícia completa na CNN (acesso livre / conteúdo em inglês)

Les Echos

França reduz idade mínima da escolaridade obrigatória para três anos

O Governo francês aprovou uma série de medidas para reforçar a escolaridade primária e pré-escolar. Entre elas encontra-se a redução da idade mínima para a escolaridade obrigatória, de seis para três anos, medida que foi recebida com críticas. A partir de setembro deste ano, as crianças francesas terão de iniciar a educação obrigatoriamente a partir dos três anos. Na União Europeia, apenas na Hungria se aplica o mesmo limite mínimo, sendo que na maioria dos Estados-membros a escolaridade obrigatória inicia-se entre os cinco e seis anos. Leia a notícia completa no Les Echos (acesso pago / conteúdo em francês)

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Combustíveis voltam a subir. Aumentam até 1,5 cêntimos por litro

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

Os preços dos combustíveis vão voltar a aumentar. A subida dos preços do petróleo, conjugada com a queda do euro face ao dólar, vai pesar na carteira dos consumidores.

Se precisa de abastecer, apresse-se. É que no arranque da semana os preços dos combustíveis vão aumentar, prevendo-se agravamentos até 1,5 cêntimos por litro tanto na gasolina como no gasóleo. No caso do diesel será a sétima semana consecutiva de subida dos valores de venda ao público.

De acordo com fonte do setor, a justificar estas novas subidas nos preços de ambos os combustíveis está a evolução das cotações do petróleo nos mercados internacionais. Com o Brent a cotar perto dos dólares, os derivados da matéria-prima registaram também uma valorização que se reflete, depois, nos preços a pagar nos postos de abastecimento. A queda do euro acaba por inflacionar a subida.

No caso do diesel, o combustível mais utilizado no mercado nacional, perante esta nova subida — a sétima consecutiva –, o valor de venda nos postos de abastecimento nacionais deverá aumentar para os 1,367 euros, em média, tendo em conta os dados da Direção Geral de Energia e Geologia.

A gasolina prepara-se para afastar-se ainda mais dos 1,40 euros. O valor médio de venda da gasolina sem chumbo de 95 octanas deverá aumentar para os 1,42 euros, sendo que nos postos de referência este novo aumento vai elevar o valor por litro novamente para cima da fasquia dos 1,50 euros.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

 

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Se privatização da EDP corresse mal todo o programa correria, diz Carlos Moedas

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2019

"Tínhamos a noção de que se aquela corresse mal, todo o programa [de assistência financeira] correria mal", disse o ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.

O ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, afirmou esta sexta-feira que a privatização da EDP era central para o sucesso do programa de ajuda externa, e impediu a adoção de medidas unilaterais no setor da energia.

Em audição na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, via Skype, questionado pelo deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, sobre a privatização da EDP, Carlos Moedas reconheceu que, “de todas as privatizações que valiam mais ou menos oito mil milhões de euros, aquela [EDP] valia cerca de dois mil milhões”.

Tínhamos a noção de que se aquela corresse mal, todo o programa [de assistência financeira] correria mal. Tenho dúvidas de que, se não conseguíssemos fazer esta privatização, pudéssemos acabar bem”, declarou o responsável no governo de Passos Coelho pelas relações com a troika. Carlos Moedas admitiu que a fase adiantada do processo de privatização da elétrica levou a que a contribuição extraordinária, proposta então pelo secretário de Estado da Energia Henrique Gomes, não saísse do papel.

Carlos Moedas recordou “uma discussão intensa” entre o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sobre a contribuição, mas, contrapôs, que no final chegaram a um entendimento de que era necessário “arranjar outra maneira de chegar ao mesmo valor”. “Íamos ser ridículos. Estaríamos a vender gato por lebre. O secretário de Estado [da Energia] tinha uma posição, que de certa forma já vinha tarde na discussão sobre a privatização da EDP. Se de repente fossemos fazer uma contribuição estávamos, no fundo, a enganar os compradores“, acrescentou depois o comissário europeu.

“A troika tinha uma visão que estava de acordo com o ministro das Finanças, de que não devíamos fazer nada de forma unilateral, pois íamos, como Governo, dar sinais, íamos pôr uma incerteza que prejudicaria a credibilidade do país. Fazer uma contribuição especial era completamente unilateral“, disse Carlos Moedas.

No final, sublinhou, foi “extraordinário ver que aquilo que Henrique Gomes queria arrecadar com a contribuição ter sido possível arrecadar sem tomar medidas unilaterais”, referindo-se a cortes de 2,1 mil milhões de euros na remuneração aos produtores de eletricidade. “Depois, o ministro Moreira da Silva faz a contribuição e arrecada mais 1,5 mil milhões”, adiantou, considerando que o governo de Passos Coelho foi responsável por cortes, no total, de 3,6 mil milhões de euros.

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Crédito ao consumo cresce 10%. Foram mais de 20 milhões por dia em 2018

O crédito ao consumo abrandou no final do ano. Foram 622 milhões de euros em dezembro, que fizeram disparar o total de 2018 para 7,35 mil milhões, um novo máximo desde 2013.

O crédito ao consumo abrandou pelo segundo mês consecutivo no último mês do ano. Foram 622 milhões de euros em dezembro, que elevaram o total de 2018 para 7,35 mil milhões de euros, um novo máximo desde pelo menos 2013. Por dia foram concedidos mais de 20 milhões de euros.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta sexta-feira, mostram que os bancos e as financeiras disponibilizaram 622,4 milhões de euros em crédito ao consumo em dezembro, uma quebra de 2% face ao mês anterior, mas um aumento de 2,5% quando comparado com dezembro de 2017.

Apesar dessa quebra no último mês de 2018, a concessão de crédito ao consumo para a totalidade do ano atingiu um novo máximo desde pelo pelos o ano de 2013. No acumulado do ano, foram disponibilizados 7.354 milhões de euros em crédito ao consumo, um aumento de 10% face ao verificado em 2017.

Crédito ao consumo acelera

Fonte: Reuters

O aumento da concessão de crédito ao consumo insere-se num contexto de recuperação económica que leva as pessoas as sentirem-se mais disponíveis para assumirem compromissos financeiros perante a banca. Realidade que acontece apesar dos alertas que têm surgido relativamente ao risco que poderá decorrer de uma elevada exposição ao endividamento.

Já na terça-feira, dados do Banco de Portugal também já tinham apontado para um forte crescimento da concessão de crédito à habitação, que ascendeu a perto de dez mil milhões de euros no ao passado. Mais 19% do que o valor concedido com esse fim no ano anterior.

Automóvel puxa pelo crédito ao consumo

Esse crescimento foi alimentado sobretudo pelo crédito automóvel. Os bancos e as financeiras deram 3.120 milhões de euros em empréstimos com esse fim no ano passado. Trata-se de 42% do total do crédito ao consumo concedido, correspondendo ainda a um aumento de 12% quando comparado com o registado no ano anterior.

No que respeita ao último mês de 2018 foram disponibilizados 270,5 milhões de euros para a compra de carro, acima dos 251 milhões concedidos em novembro, mas ainda assim abaixo do máximo de 289 milhões registado em maio.

Também a categoria de outros créditos pessoais — onde se inserem os empréstimos sem finalidade específica como a compra de férias ou a aquisição de equipamentos para o lar — contribui para a forte subida dos níveis de concessão.

Em 2018, foram concedidos 3.069 milhões de euros com esse fim, 11% acima do valor disponibilizado na totalidade do ano anterior. Esta finalidade representou 41% da totalidade do crédito ao consumo disponibilizado em 2018.

Já o crédito pessoal para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos registou uma subida mensal para 7,8 milhões de euros. No ano, foram concedidos 86,7 milhões de euros com esse fim, um aumento de 39,5% face ao total do ano anterior.

A categoria de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, por sua vez, verificou um aumento muito ligeiro nos níveis de concessão. Em dezembro, foram concedidos 99,2 milhões de euros com esse fim, 7,9% abaixo dos 107,6 milhões registados em novembro. No ano, o valor concedido totaliza 1.079 milhões de euros, um aumento ligeiro de 0,41% face ao verificado em 2017.

(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)

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