Bloco de Esquerda vai votar contra o Orçamento

O Bloco de Esquerda anunciou este domingo que vai votar contra o Orçamento do Estado para 2021. É a primeira vez que vota contra desde 2015 no Orçamento Suplementar para o Banif.

Após uma reunião da Mesa Nacional, o Bloco de Esquerda anunciou este domingo que vai votar contra a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Esta quarta-feira, dia 28, decorrerá a votação na generalidade que permite que o documento seja discutido na especialidade no Parlamento. O Governo conta com os votos a favor do PS e a abstenção do PCP, do PAN e do PEV — que só anuncia a sua decisão esta terça-feira — para viabilizar o OE 2021.

Numa conferência de imprensa, este domingo à noite, Catarina Martins confirmou que a Mesa Nacional do Bloco decidiu, por unanimidade, que o partido deveria votar contra o Orçamento para 2021. “Não foi possível chegar a acordo [com o Governo] em matérias fundamentais”, afirmou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

A líder do partido disse ainda que o “Bloco fez o melhor que podia”, mas que não foi possível chegar a acordo, nomeadamente sobre questões relacionadas com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Afirmou que no SNS, “os serviços estão a rebentar, e ainda não chegamos aos piores momentos da pandemia”.

O Bloco de Esquerda elencou ainda uma série de áreas onde não foi possível chegar a acordo com os socialistas:

  • No Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores;
  • Nas alterações às regras laborais fixadas no tempo da troika, nomeadamente o aumento da compensação por despedimento;
  • Na redução do período experimental dos trabalhadores à procura do primeiro emprego;
  • E no Novo Banco que Catarina Martins classificou como o “maior escândalo financeiro do nosso tempo”.

Questionada sobre se o partido poderia mudar o sentido de voto na votação final global agendada para 27 de novembro, Catarina Martins não foi clara, mas deixou uma pequena porta aberta. Disse que “o Bloco não encerrou nenhum voto”, mas há um momento que a Mesa Nacional é chamada a votar e decidiu que o voto será contra, pelo menos na generalidade.

Esta decisão acontece após várias semanas de confronto entre o BE e o Governo na praça pública, após o falhanço das negociações. Este sábado, os bloquistas, em preparação do voto contra, alegaram que o Executivo só aceitou quatro das suas 35 propostas e que não cumpriu nove compromissos assumidos em Orçamentos passados. “Dessas 35 propostas, o Governo aceitou incluir uma sem reservas e negociou a inclusão de outras três. Para procurar algum avanço nas negociações, o Bloco secundarizou 19 das suas propostas e manteve 12”, explicou o partido.

Logo no dia em que o Orçamento foi entregue no Parlamento, Catarina Martins foi clara ao dizer que, tal como estava, o documento não podia ser viabilizado pelo BE. Ainda assim, a líder bloquista admitia mais negociações com o Governo, tendo chegado a afirmar que este poderia entregar um novo OE. Houve reuniões e troca de informação entre as duas partes, só que tal não terá sido suficiente para garantir a abstenção do Bloco.

(Notícia atualizada ás 21h00)

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PS ganha eleições nos Açores sem maioria absoluta

  • ECO e Lusa
  • 25 Outubro 2020

O PS voltou a ganhar as eleições dos Açores, mas perdeu a maioria absoluta. POCP ficou de fora do Parlamento regional e Chega conseguiu eleger dois deputados.

O PS venceu este domingo as eleições regionais dos Açores, mas perdeu a maioria absoluta só tendo conseguido eleger 25 deputados do total de 57 parlamentares da Assembleia Legislativa Regional, ao obter 39,1% dos votos.

O presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, definiu como “clara e inequívoca” a vitória do partido, mesmo reconhecendo um novo “quadro parlamentar desafiante” que resulta da perda da maioria absoluta socialista. “As eleições terminaram. O PS venceu estas eleições e, nos próximos tempos, começa esse trabalho de também ser esse garante de estabilidade, de segurança, para que os Açores e açorianos possam sair desta situação complexa em que vivemos derivada da situação da pandemia de covid-19”, disse.

O PS governa a região desde 1996, mas apenas nas eleições realizadas em 2000 obteve maioria absoluta, renovada nos escrutínios de 2004, 2008, 2012 e 2016. Para alcançar a maioria absoluta o PS teria que ter pelo menos 29 dos 57 deputados do parlamento açoriano.

O PSD, com 33,74% (35.091 votos), garantiu 21 mandatos, ficou em segundo lugar, seguido pelo CDS-PP com 5,51% (5.734 votos), que elegeu três deputados, além de um parlamentar em coligação com o PPM.

O presidente do PSD, Rui Rio, destacou “o resultado francamente positivo”, considerando que a perda da maioria absoluta do PS mostra “um notório desgaste do governo regional” socialista, tal como do executivo nacional. Rio comparou os números dos dois maiores partidos e referiu que o PS “perdeu 7,5% dos votos e perdeu cinco deputados regionais”, enquanto o “PSD subiu 3% e subiu dois deputados regionais”. “Há um notório desgaste do governo regional, tal como aqui, no continente, há um notório desgaste do Governo nacional, mas mesmo assim o resultado francamente positivo”, apontou.

Em reação aos resultados, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu que estes mostram que as notícias sobre a morte do partido foram “manifestamente exageradas” e representaram uma vitória da “direita moderada”. “Estão bem recordados que disse no Congresso de janeiro que à direita lidera o CDS e, no primeiro teste eleitoral, que muitos quiseram dizer que era o teste desta direção, o CDS provou que à direita lidera o CDS-PP”, afirmou, na sede nacional do partido, onde foi recebido em clima de festa, com muitas palmas.

O Chega, que concorreu pela primeira vez às regionais dos Açores, teve 5,06% (5.260 votos), elegeu dois deputados, tal como o BE, que alcançou 3,81% (3.962 votos). E o PPM obteve 2,34% (2.431 votos) e elegeu um deputado, além de um outro eleito em coligação com o CDS-PP.

A Iniciativa Liberal, que também concorreu pela primeira vez à Assembleia Legislativa dos Açores, conseguiu 1,93% (2.012 votos) e elegeu um deputado, assim como o PAN, que teve percentagem idêntica e apenas menos oito votos.

o PCP ficou de fora do Parlamento regional, porque não conseguiu eleger o único deputado que tinha, segundo os resultados divulgados pela Direção Regional de Organização e Administração Pública (DROAP). Nas anteriores regionais, em 2016, a CDU (coligação PCP/PEV) obteve 2,6%, conseguindo eleger um deputado regional, João Paulo Corvelo, pelo círculo das Flores.

O secretário-geral do PCP lamentou o resultado “particularmente negativo” do partido, apontando que a perda de maioria absoluta do PS traduz “descontentamento crescente”. Numa declaração em formato vídeo enviada à imprensa, o secretário-geral dos comunistas, Jerónimo de Sousa, considerou que o resultado da CDU nas eleições regionais dos Açores “não traduz quer a influência social e política da CDU, quer o reconhecimento da sua intervenção na vida política açoriana”.

Estas eleições ficaram marcadas pela segunda maior abstenção de sempre — 54,58%, ainda assim inferior à taxa de abstenção verificada há quatro anos, segundo dados oficiais. De acordo com a Direção Regional de Organização e Administração Pública (DROAP), até ao encerramento das urnas na Região Autónoma, às 19:00 (20:00 em Lisboa), votaram 124.993 eleitores, 54,58% do total. Em 2016, a abstenção nas eleições regionais açorianas atingiu 59,16%, um recorde absoluto nestes sufrágios, superando os 53,34% de abstenção em 2008, que era até então o valor mais elevado.

Uma coligação à direita?

Perante os resultados das eleições seria possível formar nos Açores uma espécie de geringonça da direita que teria de incluir CDS, Chega, Iniciativa Liberal e PPM, já que atingem os 29 deputados, o necessário para uma maioria absoluta.

O presidente do PSD/Açores anunciou que o partido tem “total disponibilidade para o diálogo” e para a “concertação”. “Do ponto vista do quadro parlamentar que hoje existe, posso garantir-vos humildemente a minha total disponibilidade para o diálogo, para a concertação, e não haverá nenhuma declaração unilateral sem antes interpretarmos a vontade do povo”, declarou José Manuel Bolieiro. Questionado sobre uma possível coligação à direita para poder governar, José Manuel Bolieiro frisou que não se comove por “atitudes extremistas”. “Devo afirmar hoje, como sempre, que atitudes extremistas e populistas não me comovem, nem creio que interessam aos açorianos, mas também acho que os açorianos já deram provas, e os seus representantes, de que não são extremistas nem populistas”, afirmou.

Sobre este tema, o líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, reiterou que o partido só viabiliza compromissos eleitorais, mas sublinhou que não deixará a região numa situação de “ingovernabilidade” na próxima legislatura. “O CDS sempre disse que viabiliza os seus compromissos eleitorais e os compromissos com os açorianos. É isso que vamos viabilizar. O CDS é um partido responsável e não deixará os Açores numa situação de ingovernabilidade”, afirmou.

Mas o líder nacional do Chega rejeitou qualquer acordo de coligação que permita à direita governar os Açores, lembrando que foi o PSD que se afastou do seu partido. “Amanhã ao almoço, quando estiverem todos sentados a definir um acordo de coligação, eu sei que partido não vai lá estar. Esse partido é o Chega”, afirmou André Ventura, em reação aos resultados finais. “Temos valores e convicções. Ou aceitam ceder e juntar-se a nós nestas convicções ou não aceitamos vender-nos por lugares, nem por governabilidades, nem por chantagens, que é isso que os outros partidos estão a fazer”, acrescentou.

Bloco de Esquerda admite acordos pontuais com o PS

O Bloco de Esquerda (BE) saudou o “resultado extraordinário” do partido nas eleições regionais nos Açores e disse estar disposto para acordos pontuais e ajudar a “construir pontes” para uma maioria no Parlamento.

Em declarações aos jornalistas, na sede nacional do BE, em Lisboa, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar e membro da direção do partido, afirmou que os bloquistas não vão apresentar uma moção de rejeição de um programa do Governo do PS, que perdeu a maioria absoluta, nem votarão ao lado da direita para chumbar uma moção desse tipo. “Sabemos que aos nossos votos têm de ser somados mais votos para garantir que esse caminho é feito, mas não nos compete a nós a construção desse caminho, compete ao PS como partido mais votado construir as pontes para esse caminho”, afirmou, numa referência implícita a acordos pontuais com os socialistas, “medida a medida, proposta a proposta, orçamento a orçamento”.

O dirigente bloquista defendeu que é preciso o PS “tirar as consequências devidas” dos resultados, ou seja, do “descontentamento”, que “decorreu das condições económicas e sociais dos açorianos e açorianas”. “Aprendendo com isso, o BE, medida a medida, proposta a proposta, orçamento a orçamento, iremos analisar”, afirmou, sublinhando que “tem de ser sempre com uma geometria parlamentar que alcance uma maioria”. “Não está só nas nossas mãos”, concluiu.

As legislativas dos Açores decorreram com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estavam inscritos para votar 228.999 eleitores.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

(Notícia atualizada com os resultados finais e com as reações das diferentes partidos)

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Covid e interrupção de negócios: Seis seguradoras britânicas desistem de litigar

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2020

No final de setembro, a RSA – uma das que desiste de não pagar em algumas das apólices – já havia avançado com um recurso para levar os seus argumentos ao Supremo tribunal.

As seguradoras Hiscox, RSA, QBE, MS Amlin, Argenta e Arch contrariaram a expectativa de que desafiariam a decisão do High Court (tribunal superior londrino), apelando ao Tribunal Supremo do Reino Unido para não pagarem aos segurados afetados pelo fecho de negócios (BI-Business Interruption), consequência das restrições decorrentes da pandemia (Covid19).

O caso que justificou a intervenção da Justiça londrina relaciona-se com a longa disputa entre segurados e seguradores sobre o pagamento (ou não) de danos originados pela pandemia (perdas de exploração decorrentes da interrupção de atividade e fecho de estabelecimentos), que as seguradoras dizem, um pouco por todo mundo, estarem excluídos das coberturas inscritas nas apólices. O problema conduziu a um processo piloto (test case) que a supervisão britânica (FCA – Financial Conduct Authority) submeteu à Justiça (para clarificação da interpretação das cláusulas dos contratos) e que começou a ser julgado em julho.

Em setembro, o High Court emitiu uma decisão considerando que as seguradoras agiram de modo incorreto ao rejeitarem pedidos de indemnização dos estabelecimentos segurados em, pelo menos, três das cinco apólices tipo detalhadamente apreciadas pelo tribunal num julgamento que envolveu audiências com as diversas seguradoras.

Agora, tendo já apresentado requerimento para levar o complicado processo diretamente para o Supremo, a FCA mantém contactos com algumas seguradoras na tentativa de solucionar os litígios que mantêm com os clientes, mas seis companhias já desistiram de levar argumentos à última instância em alguns dos contratos.

Um porta-voz do RSA Insurance Group Plc (antiga Royal & Sun Alliance) revelou que a companhia vai coordenar com a corretora Marsh o início de pagamentos preliminares, noticiou a Reuters referindo que, de acordo com documentos dos advogados, alguns dos recursos foram deixados cair, nomeadamente os relacionados com apólices de que são titulares empresas como a Resilience, Eaton Gate Retail e a Eaton Gate Pubs & Restaurants. Este desenvolvimento aumenta a esperança para centenas de pequenos negócios que poderão ver as suas reclamações pagas sem mais demora, refere a fonte.

É claro que é uma enorme vitória para uma parte importante da comunidade empresarial do Reino Unido, que durante tantos meses foi informada pelas seguradoras de que as apólices de seguros não cobrem perdas relacionadas com a pandemia da COVID-19. Isso é claramente errado”, disse Sonia Campbell, sócia do escritório de advogados Mishcon de Reya, que representa o grupo de pressão de segurados ligados à hotelaria (HIGA no original).

No seguimento do exame que o High Court realizou às 21 apólices tipo contendo cláusulas para BI (Business Interruption) concluiu-se que, em muitos casos, os sinistros reclamados estavam de facto cobertos pelo enunciado dos contratos de seguro. Duas das oito seguradoras (Zurich e Ecclesiastical) também decidiram não ir mais longe no contencioso, assumindo que a decisão judicial lhes foi favorável.

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PAN vai abster-se. OE deverá passar para a especialidade

O PAN anunciou este domingo que vai abster-se na votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021. Se o PEV abster-se, o OE passa para a especialidade.

O PAN anunciou este domingo que vai optar pela abstenção, tal como o PCP, na votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Se esta terça-feira o PEV anunciar que vai abster-se, o OE já tem os votos necessários para passar para a discussão na especialidade na Assembleia da República. A votação decorrerá na quarta-feira, 28 de outubro.

O anúncio foi feito por Inês Sousa Real numa conferência de imprensa transmitida pela RTP3 onde a líder parlamentar do PAN elencou uma série de medidas que o partido negociou para a fase de especialidade e também um calendário para a execução de medidas aprovadas no passado. Contudo, a deputada clarificou que a abstenção na votação final global, a que aprova de facto o OE 2021, não é garantida. Tal dependerá do que acontecer durante a especialidade — “está tudo em aberto”, assegura –, uma posição semelhante à do PCP.

“Nesta fase, o conteúdo do Orçamento final está em aberto e há espaço para avanços em sede de especialidade, contando que o Governo e o PS não retrocedam nos compromissos já assumidos, não podendo votar a favor deste Orçamento, o PAN irá abster-se na generalidade“, revelou Inês Sousa Real, voltando a realçar que “dificilmente” poderia viabilizar o OE olhando apenas para a proposta inicial do Governo e criticando a “resistência” do PS nas negociações.

No início da intervenção, a líder parlamentar explicou o contexto “particularmente difícil” em que esta decisão é tomada, falando da “segunda vaga” e da necessidade de haver um OE que dê “respostas a esta crise”, mas também à emergência climática. “O OE 2021 deve ser capaz de desenhar as bases da recuperação económica“, afirmou, reclamando a introdução de “opções estruturais com maior ambição e rasgo”, além de se garantir que “ninguém fique esquecido” pelo Orçamento.

Com a abstenção dos seus três deputados — a deputada não inscrita Cristina Rodrigues desvinculou-se do partido — o PAN contribui para a viabilização do Orçamento nesta primeira votação, em conjunto com o PCP e, em princípio, com o PEV, caso os Verdes não decidam ir por um rumo diferente do dos comunistas com os quais concorrem coligados. Com o documento a entrar na especialidade, o PAN já avisou que tem de haver “mais ambição” nessa fase.

Nas últimas semanas, o PAN tem feito críticas semelhantes às dos outros partidos, argumentando que o OE 2021 não vai tão longe quanto gostariam e que o Governo tem medidas do passado por concretizar. André Silva chegou mesmo a dizer que o PAN dificilmente votaria a favor do Orçamento.

As conquistas do PAN no OE 2021

Na justificação da decisão, o PAN elencou várias medidas que diz ter conseguido inscrever na proposta do Governo para o OE 2021, mas também que serão viabilizadas pelo PS na especialidade e ainda uma “calendarização muito concreta” das medidas aprovadas no OE 2020.

Em relação às medidas que constam da proposta do Executivo, o PAN reclama para si o alargamento do projeto Housing First, a concretização de uma casa-abrigo para vítimas de casamento infantil precoce ou forçado, a garantia da contratação de mais 261 profissionais para o INEM, implementação de incentivos de aquisição de veículos de baixas emissões, a realização de protocolos com hospitais veterinários universitários e a aprovação do regime jurídico para a criação do provedor dos animais, entre outras medidas.

Relativamente às medidas aprovadas no OE 2020, o PAN diz que o Governo comprometeu-se a executá-las ainda durante o processo de especialidade do OE 2021, nomeadamente a concretização do alargamento da tarifa social de energia, a criação de uma licença remunerada especial para a reestruturação familiar durante 10 dias no contexto de crimes de violência doméstica, a criação de um regime jurídico próprio para o santuário de animais habitualmente utilizados para fins de pecuário, a limitação de produtos prejudiciais disponíveis nas máquinas de vending nas escolas, reforço dos meios da PJ (mais 100 inspetores) para o combate ao tráfico de seres humanos, o reforço dos recursos humanos afetados à educação inclusiva e criação de programas artísticos tendo em vista a inclusão de pessoas com deficiência.

Quanto ao processo de especialidade do OE 2021, o PAN tem a garantia de que o PS vai viabilizar medidas como a criação do portal da transparência para os fundos europeus, a duplicação para 10 milhões de euros do valor inscrito para os canis municipais e associações de proteção animal, incluindo para uma campanha nacional de esterilização de animais de companhia, a criação de uma taxa de carbono a reverter para o Fundo Ambiental, a criação de incentivos para os agricultoras para a preservação dos ecossistemas, o reforço dos profissionais no centro de apoio psicológico do INEM, a interdição da comercialização de produtos cosméticos e detergentes com microplásticos, o reforço dos meios de combate à corrupção, o reforço do policiamento de proximidade nos contextos universitários e o apoio às indústrias para fazerem a transição energética.

O PAN diz ainda que o Governo mostrou abertura para que seja criado um grupo de trabalho que visa a proteção das crianças e jovens relativa à exposição de violência de atividades tauromáquicas.

(Notícia atualizada às 19h30 com mais informação)

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Hamilton replica Prost e marca a história da F1

  • Jorge Girão
  • 25 Outubro 2020

Hamilton é o piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1. Depois do 1.º lugar no Algarve, lidera o Campeonato de Pilotos com uma vantagem de 77 pontos sobre Valtteri Bottas.

Nada parou Lewis Hamilton durante o Grande Prémio de Portugal, nem uma cãibra, e 27.500 espetadores viram o inglês triunfar pela 92ª vez na Fórmula 1, tornando-se no piloto mais vitorioso da história da categoria.

Há algum tempo que era esperado que o inglês suplantasse o recorde assinado por Michael Schumacher em 2006, tal a sua cavalgada vitoriosa desde 2014, mas ninguém poderia imaginar sequer que o Autódromo Internacional do Algarve o palco para que vergasse a marca do icónico piloto alemão 14 anos depois.

Só a pandemia da Covid-19 abriu a porta para que Hamilton pudesse registar uma nova marca no nosso país, com a abertura necessária da FOM para realizar um Grande Prémio de Portugal 24 anos depois de o Autódromo do Estoril ter albergado uma prova da categoria máxima do desporto automóvel.

Curiosamente, o circuito que nasceu do sonho de Fernanda Pires da Silva tinha sido o cenário em 1987 de uma situação semelhante, quando Alain Prost venceu o Grande Prémio de Portugal, assegurando o seu 28º triunfo na Fórmula 1, suplantando o recorde de… 14 anos de Jackie Stewart.

Mas nem tudo foi fácil para Hamilton durante a prova lusa, que chegou a estar no terceiro lugar. Contudo, com a mestria que se lhe reconhece, foi recuperando posições, chegando à liderança na 20.ª volta.

A partir de então, destroçou a oposição, inclusivamente o seu colega de equipa, apesar de uma cãibra que o apoquentou durante a parte final da prova de 66 voltas. “Sabem, é um desporto incrivelmente físico, mas tive uma cãibra na perna direita. Portanto, tive de desacelerar muitas vezes na reta, porque me estava a doer. Foi muito doloroso, mas de alguma forma tinha de ultrapassar o problema. Não podia desacelerar ao longo de toda a volta”, afirmou o inglês após a corrida, que foi acompanhado na subida ao pódio por Valtteri Bottas, o seu colega de equipa, e Max Verstappen, em Red Bull Honda.

Mas todos os sacrifícios tinham valido a pena para que a caminhada que iniciara com o triunfo no Grande Prémio do Canadá de 2007 lhe tenha permitido agora chegar ao recorde de piloto mais vitorioso de sempre. “Sinto-me fantástico. Muito humilde. É muito complicado explicar o sentimento. Sinto-me jovem, energizado. E claro, estou muito agradecido. Estou constantemente a pensar nos rapazes com quem trabalho”, afirmou o inglês da Mercedes.

Após o Grande Prémio de Portugal, Lewis Hamilton lidera o Campeonato de Pilotos com uma vantagem de 77 pontos sobre Valtteri Bottas, quando estão ainda 104 por disputar. No Campeonato de Construtores, a Mercedes tem um comando de 209 pontos face à Red Bull, estando ainda 220 em disputa até ao final da temporada.

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Dos preços às novidades, vale a pena comprar o novo iPhone?

A Apple lançou quatro iPhones com diferentes preços e funcionalidades. Conheça os detalhes e as novidades para mais facilmente tomar uma decisão na hora de fazer este investimento.

Sempre que a Apple anuncia novos telemóveis, a pergunta que muitos fazem é a mesma: vale ou não a pena comprar um dos últimos iPhones? Este ano, a gama da marca conheceu quatro novos modelos: iPhone 12 e 12 Mini e iPhone 12 Pro e 12 Pro Max.

Da mesma forma, repete-se todos os anos a resposta. Na verdade, depende. E depende de muitos fatores, como a disponibilidade financeira, que modelo tem atualmente e o tipo de uso que dá ao aparelho. Comecemos pelos preços.

Em Portugal, o preço de venda ao público dos novos iPhones, tendo por referência a Apple Store, começa nos 829 euros. Estamos a falar do modelo menos “musculado”, o iPhone 12 Mini, na versão com 64 GB de espaço de armazenamento. Tem um ecrã de 5,4 polegadas.

O Mini pode ser pré-encomendado a partir de 6 de novembro e chega às lojas no dia 13. O preço vai até 999 euros na versão com 256 GB. Estará disponível em branco, preto, azul, verde e vermelho.

Os novos iPhones 12.Apple

Estes são, assim, os preços de entrada na nova gama da Apple. Se lhe interessa um modelo mais “na média”, pode optar pelo iPhone 12 regular, que tem um ecrã ligeiramente maior, de 6,1 polegadas. Os preços começam nos 929 euros para a versão com 64 GB de espaço e os aparelhos chegaram às lojas esta sexta-feira.

Para os utilizadores mais exigentes, a Apple voltou a lançar este ano dois modelos Pro, com preços já acima dos 1.000 euros. Se é o iPhone 12 Pro que lhe interessa, com 6,1 polegadas de ecrã e o sistema de câmara tripla, prepare-se para pagar 1.179 euros pela versão de 64 GB. Este modelo também chegou às lojas esta sexta-feira.

Se deseja um modelo Pro com ecrã superior, terá a partir de dia 13 de novembro a possibilidade de adquirir o 12 Pro Max. É o topo de gama da Apple, com 6,7 polegadas de diâmetro no ecrã. Os preços começam nos 1.279 euros e vão até 1.629 euros no caso da versão com 512 GB de espaço de armazenamento. Os Pro estão disponíveis em cores grafite, prateado, dourado e azul pacífico.

Todos estes telemóveis têm uma melhoria relevante face a qualquer outro modelo anterior da Apple: suportam conectividade 5G. Aqui, só o leitor poderá avaliar. Portugal ainda não tem redes móveis de quinta geração, nem deverá ter este ano. Se tudo correr como planeado, os primeiros tarifários deverão começar a surgir no primeiro trimestre de 2021. E é já ponto assente que não será uma revolução ao nível da velocidade de acesso à internet nesta primeira fase.

Muitos especialistas têm apontado que, se for exclusivamente pelo 5G, não vale a pena trocar o seu iPhone. A tecnologia da Apple, apesar de avançada, ainda pode melhorar. E existem dúvidas sobre o impacto da conectividade 5G na autonomia dos telemóveis. Mas se pretende estar preparado para o 5G assim que fique disponível em Portugal, qualquer um dos novos iPhones cumpre o propósito.

Os novos iPhones 12 Pro Max e 12 Pro.Apple

Está satisfeito com o seu telemóvel?

O seu telemóvel atual também tem uma palavra a dizer na hora de decidir comprar ou não comprar um dos novos iPhones. Se é utilizador de Android e pretende mudar para o ecossistema da Apple, agora é o momento indicado para o fazer. Se tem disponibilidade financeira, o iPhone 12 ou 12 Mini cumprem o propósito e deverão ser bons dispositivos para se adaptar ao sistema operativo iOS.

Em simultâneo, a chegada de novos iPhones fez, naturalmente, baixar o preço dos modelos anteriores. Na linha da Apple, tem agora disponível o iPhone 11 com um preço a começar nos 709 euros, ou mesmo o iPhone SE por 499 euros. Encontrará ainda o iPhone XR à venda na Apple Store por 609 euros. Se é o sistema de câmara tripla que mais lhe atrai, encontrará o 11 Pro ainda à venda em algumas marcas de retalho por 999 euros (a versão com 64 GB).

Todos estes modelos continuam na vanguarda da tecnologia e providenciarão desempenhos mais do que suficientes para as tarefas básicas do dia-a-dia. São também, por isso mesmo, escolhas naturais para aqueles que, tendo iPhones mais antigos, querem atualizar o seu telemóvel pagando um preço abaixo dos quatro dígitos.

Sem auscultadores nem adaptador

Para esta análise, importa ainda ter em conta as melhorias incrementais… ou os retrocessos. Se vai comprar um dos novos iPhones, prepare-se: na caixa, não encontrará o comum adaptador para ligar o cabo do carregador à ficha. Agora, a Apple vende esta componente à parte. Antes de comprar, certifique-se de que tem uma porta USB-C onde ligar a outra ponta do cabo, seja no carro, no portátil ou numa tomada mais moderna.

Na caixa também não deverá encontrar os auscultadores Lightning. Terá de comprar à parte, ou apostar nuns auscultadores por Bluetooth. Há opções de várias marcas, e com vários preços. Não tem, necessariamente, de comprar uns da Apple.

Quanto às novidades, o destaque vai para o sensor LiDAR na parte de trás dos novos iPhones 12 Pro e Pro Max. Trata-se de uma “câmara” que não serve para tirar fotos, mas para “digitalizar” o meio envolvente. Esta é a tecnologia que está presente, por exemplo, nos carros sem condutor. Espera-se que o sensor LiDAR no iPhone abra caminho para grandes novidades do ponto de vista da “realidade aumentada”, em que elementos gráficos são apresentados sob a forma de uma camada por cima da realidade.

Especula-se que o LiDAR também estará relacionado com a possibilidade de a Apple, em breve, vir a lançar uns óculos de realidade aumentada. Nada está confirmado. Mas se é uma funcionalidade que valoriza, e quer estar mesmo na crista da onda da tecnologia, terá de optar por um dos novos iPhones 12 Pro ou Pro Max.

De resto, se não é realizador de cinema ou fotógrafo profissional, tem um iPhone 11, 11 Pro ou 11 Pro Max e está totalmente satisfeito com o seu telemóvel, fará pouco sentido dar-se ao trabalho de fazer este upgrade. Porém, no fim das contas, é o leitor quem decide. E a palavra final só pode ser a sua.

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Afinal os Verdes anunciam sentido de voto só na terça-feira

  • Lusa
  • 25 Outubro 2020

O sentido de voto da bancada dos Verdes, com dois deputados, no OE2021 será anunciado às 10:00 de terça-feira. Anteriormente, havia a expectativa que o PEV fizesse o anúncio esta segunda-feira.

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) reúne a sua comissão executiva na segunda-feira para analisar o Orçamento do Estado de 2021 (OE2021) e anuncia o sentido de voto na terça-feira, disse este domingo à Lusa fonte partidária.

Na quinta-feira, o PEV apresentou propostas numa reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e, na resposta, o Governo manifestou abertura para aceitar algumas delas e é isso que estará em análise pela direção dos Verdes, acrescentou a mesma fonte.

O sentido de voto da bancada dos Verdes, com dois deputados, no OE2021 será anunciado às 10:00 de terça-feira, escassas cinco horas antes de começar o debate, na generalidade, na Assembleia da República, em Lisboa.

A votação na generalidade do Orçamento é na quarta-feira, no parlamento, e, se for aprovado, segue-se um período de especialidade, ao pormenor, antes da votação final global, prevista para 26 de novembro.

O Governo do PS está a negociar com os partidos de esquerda – BE, PCP, PEV e o partido Pessoas-Animais Natureza (PAN), mas não há ainda garantias públicas de que venha a ser aprovado.

O PCP foi o primeiro a anunciar a sua abstenção, na sexta-feira. Hoje seguem-se PAN e BE e os Verdes na terça-feira.

PSD, CDS e Chega e Iniciativa Liberal já anunciaram o seu voto contra.

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📹 5 minutos à conversa: Saiba se tem direito ao novo apoio social e quanto vai receber

O Orçamento para 2021 cria um novo apoio social para quem ficar sem emprego, perca o subsídio de desemprego ou tenha uma quebra nos rendimentos. Anabela Silva, da EY, explica como vai funcionar.

Os trabalhadores que fiquem sem subsídio de desemprego, percam o posto de trabalho ou registem uma quebra significativa dos seus rendimentos vão ter à disposição um novo apoio social, no próximo ano. Esta é uma das principais medidas propostas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021. A fiscalista e partner da EY Anabela Silva explica ao ECO como vai funcionar esta nova prestação: quem pode aderir, quanto vai receber e durante quanto tempo ficará protegido.

http://videos.sapo.pt/5SMf9zf6D47jsN83Liw3

“Este orçamento tem um forte cariz social”, sublinha Anabela Silva, lembrando que, além do novo apoio social, a proposta do Governo prevê uma atualização extraordinária das pensões — que o PCP acertou com o Executivo começará a ser paga a partir de janeiro de 2020 — e um aumento do limite mínimo do subsídio de desemprego.

Sobre o novo apoio social, a fiscalista frisa que esta prestação destina-se às famílias que “estejam numa situação de particular desproteção económica”; Isto é:

  • Trabalhadores por conta de outrem, incluindo do serviço doméstico, e trabalhadores independentes, cuja prestação de proteção no desemprego termine numa data posterior a 1 de janeiro de 2021;
  • Trabalhadores por conta de outrem, incluindo do serviço doméstico, e trabalhadores independentes economicamente dependentes (isto é, que recebam 50% ou mais do valor total anual dos seus rendimentos de uma única entidade contratante) que ficarem, por razões que não lhe sejam imputáveis, em situação de desemprego, sem ter acesso a proteção social. Isto se contarem com, pelo menos, três meses de contribuições nos 12 meses anteriores;
  • Trabalhadores independentes e trabalhadores do serviço doméstico (com regime diário ou horário) que contem com, pelo menos, três meses de contribuições nos 12 meses anteriores e que registem uma quebra de rendimento relevante médio mensal superior a 40%, no período entre março e dezembro de 2020 face ao rendimento relevante médio mensal de 2019, bem como verifiquem essa mesma quebra, cumulativamente, entre a última declaração trimestral disponível à data do requerimento do apoio e o rendimento relevante médio mensal de 2019.

A prestação varia entre 50 e 501,16 euros, estando previstas diferentes fórmulas de cálculo para cada um dos referidos grupos de beneficiários, explica Anabela Silva.

Este apoio também é bastante significativo em termos de despesa“, destaca ainda a especialista, referindo que deverão sair dos cofres do Estado para esse fim cerca de 450 milhões de euros. O Governo já adiantou que deverão ser abrangidas 170 mil pessoas.

Este é o desenho previsto na proposta orçamental entregue a 12 de outubro no Orçamento do Estado, mas as bancadas mais à esquerda querem revê-lo. Os bloquistas defendem que tanto a duração da prestação, como a forma como é calculada devem ser alteradas, de modo a abranger mais beneficiários e reforçar o valor da ajuda.

Do lado do Governo, há disponibilidade para fazer algumas alterações, mas só na especialidade, isto é, primeiro, o Orçamento terá de passar na generalidade, o que ainda não está garantido. O ECO sabe, contudo, que, quanto à fórmula de cálculo e especificamente à capitação dos rendimentos, o Executivo receia que uma mudança poderia desvirtuar a equidade do sistema, já que o que está previsto no OE é o mesmo que já é aplicado a outras prestações sociais.

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Voltar a dormir no coração do Bairro Alto

Fechado desde 19 de março devido ao confinamento, o Bairro Alto Hotel reabriu e claro, com novidades as "Traces of Portugal".

Um dos mais emblemáticos hotéis da cidade, o Bairro Alto Hotel volta a abrir as suas portas depois de uma paragem forçada pela pandemia. Começou por abrir alguns espaços de restauração, mas já é possível voltar a ter a experiência de uma estadia no coração da cidade, com todo o conforto deste hotel inteiramente renovado há cerca de um ano atrás. São 87 quartos, mas também há 22 suítes disponíveis, com vista de cidade ou para o rio Tejo.

Com a abertura do alojamento, reabriu também o Wellness and Fitness Center, com um modelo de funcionamento ajustado à nova realidade, sendo possível ter acesso exclusivo por um certo período, aos equipamentos topo de gama Technogym e à parede kinesis, à sala massagens dupla, à sauna e ao duche sensorial. Os tratamentos também estão de regresso, sempre com a assinatura Suzanne Kauffmann, a marca de cosméticos austríaca com produtos feitos à base de ingredientes biológicos. Já as quatro novas salas de reuniões, são um dos trunfos da renovação e também elas voltam à atividade, de acordo com as novas medidas de segurança e restrições.

Pioneiro no conceito de boutique hotéis de 5 estrelas em Portugal, o Bairro Alto Hotel lança a oferta Traces of Portugal”, que combina duas noites de alojamento no Bairro Alto Hotel e uma estadia num ou vários hotéis, no campo ou junto ao mar, em Portugal Continental e Ilhas. São Lourenço do Barrocal (Alentejo), Ventozelo Hotel & Quinta (Douro), Sublime (Comporta), Vila Vita Parc (Algarve), White Exclusive Suites and Villas (Açores) e o Savoy Palace (Madeira) são os hotéis com os quais o Bairro Alto Hotel fez parcerias, uma oferta que pretende ser apelativa para o mercado nacional e para os mercados de proximidade, como o espanhol.

Um projeto criativo, focado no detalhe e na experiência e com que o hotel pretende responder a um contexto exigente e complexo para o setor.

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Supervisão de seguros abre concurso para recrutar recém-licenciados

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2020

O organismo de supervisão pretende admitir recém-licenciados para funções nas áreas de análise de riscos e solvência, supervisão comportamental e prudencial das empresas de seguros.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou a abertura de concurso para admissão de recém-licenciados.

Os candidatos que cumpram os requisitos e sejam selecionados no processo de recrutamento vão ingressar no quadro de pessoal da ASF, “em regime de contrato individual de trabalho por tempo indeterminado”, informa o organismo tutelado pelo Ministério das Finanças dois dias depois do lançamento de outro concurso para seis cargos técnicos.

A oportunidade que a ASF abre a recém-licenciados visa as seguintes funções: Técnico(a) do Departamento de Análise de Riscos e Solvência; Técnico(a) de Supervisão do Departamento de Supervisão Comportamental ; Técnico(a) de Supervisão do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros; Técnico(a) de Supervisão do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros.

O Regulamento para os processos de recrutamento em curso é disponibilizado no site do organismo de supervisão e o prazo para apresentação de candidaturas, por via eletrónica, termina a 4 de novembro de 2020.

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Elsa, Fabien, Lorenzo e Leslie causaram 500 milhões de euros de prejuízos em Portugal

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2020

Os números são de uma análise do IPMA e a sua divulgação visa contribuir para redução de riscos e melhorar a forma como se faz a comunicação do risco de natureza meteorológica.

De outubro de 2018 até dezembro de 2019, quatro tempestades nomeadas em Portugal originaram prejuízos estimados em 501 milhões de euros, segundo dados do IPMA compilados de um estudo que o Instituto levou a um congresso internacional de risco realizado recentemente em Coimbra.

O impacto económico de fenómenos naturais de origens diversas foi tema abordado em numerosas comunicações nacionais e estrangeiras apresentadas no V Congresso Internacional de Riscos (5º CIR).

O congresso organizado pela Associação RISCOS (Associação Portuguesa de Riscos Prevenção e Segurança), teve como objetivo temático recolher “Contributos da ciência para a redução do risco. Agir hoje para proteger o amanhã” e incluiu apresentação de um trabalho elaborado por meteorologistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Quatro fenómenos naturais, regiões afetadas e perdas totais

Fonte: IPMA

Para dar uma ideia do nível de impacto económico destas quatro tempestades, o instituto refere que a soma de prejuízos corresponde a cerca de 0,24% do PIB nacional (cujo valor estimado foi de 212 mil milhões em 2019); 50% da linha de apoio à economia COVID-19 para Micro e Pequenas Empresas (1 000 milhões de euros, aberta em 5 agosto 2020) ou 10 vezes o orçamento do IPMA (55,8 milhões de euros em 2020).

Através da comunicação “Nomeação de tempestades em Portugal. Uma ferramenta de comunicação e redução de risco” os especialistas do IPMA analisaram 3 épocas de tempestades (desde o outono de 2017 até março de 2020) nomeadas pelo grupo do sudoeste Europeu que, além do organismo português, envolve os serviços meteorológicos de Espanha, França e Bélgica.

“A partir de dezembro de 2017 o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em articulação com outros serviços meteorológicos europeus passou a nomear depressões (referidas também em geral como tempestades) com valores previstos da intensidade do vento que justificassem a emissão de um aviso meteorológico a partir de nível laranja. Este mecanismo, por um lado, pretendeu uniformizar o processo já existente em algumas regiões da Europa e seguir o que já acontece com a atribuição de nomes a ciclones tropicais. Por outro lado, a atribuição de nomes pretendeu melhorar a forma de comunicação de risco de natureza meteorológica às entidades nacionais de proteção civil e à sociedade de uma forma geral”, explica o resumo da comunicação assinada pelos especialistas do IPMA, Nuno Moreira, Sandra Correia, Ilda Novo, Paula Leitão e Fernando Carvalho.

De acordo com uma nota do Instituto português de meteorologia, para além do impacto económico, o trabalho apresentado no CIR referiu, por exemplo, os seguintes factos para as três épocas: 36 tempestades extra tropicais foram nomeadas pelo grupo do sudoeste Europeu; 2/3 das tempestades nomeadas resultaram na emissão pelo IPMA de avisos meteorológicos pelo menos de nível amarelo; 581 certidões foram emitidas pelo IPMA, ao longo de 3 anos, na sequência de solicitação externa relativa a tempestades extra tropicais com nome; 40% das tempestades extra tropicais com nome deram origem à emissão pelo IPMA de, pelo menos, 10 certidões.

Nº de certificações emitidas pelo IPMA por tempestade para 3 épocas

Fonte: IPMA

Em síntese, o trabalho dos técnicos do IPMA sobre as três épocas de nomeação de tempestades (de outubro de 2017 a março de 2020) pretendeu contribuir para melhorar a forma como se comunica o risco e a natureza dos fenómenos meteorológicos às autoridades nacionais e à sociedade em geral. Por outro lado, a abordagem permitiu analisar “problemas sentidos em termos de comunicação no âmbito do rápido fluxo de informação nas redes sociais e meios de comunicação social”, ao nível dos termos científicos e da descrição dos fenómenos.

Ainda, de acordo com o resumo incluído no eBook do congresso, o trabalho dos meteorologistas portugueses focou-se também nos impactos resultantes de tempestades, por exemplo, “através de estatísticas relacionadas com o número e tipo de solicitações efetuadas junto do IPMA após os eventos”.

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OK! teleseguros esteve no Salão do automóvel híbrido e elétrico

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2020

A companhia marcou presença no salão da mobilidade sustentável, na Alfândega do Porto, apresentando as vantagens da solução OK! Auto Elétricos.

A OK! teleseguros, pioneira em soluções de seguro no segmento de automóveis elétricos, participou na 4ª edição do SAHE na qualidade de seguradora oficial do evento.

Durante o Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE), entre os últimos dias 23 e 25 de outubro, os visitantes do stand da OK! teleseguros foram convidados a participar no “Rodar Por Um Futuro Mais OK!”, recebendo um brinde por cada volta, informou a companhia.

Ao participar no evento que decorreu no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, a OK! teleseguros ”reforça o seu posicionamento pioneiro enquanto seguradora nacional a apostar na área da mobilidade sustentável aliada às novas tecnologias, apresentando as vantagens do seguro OK! Auto Elétricos – primeiro seguro automóvel exclusivo para veículos 100% elétricos lançado em 2017”, refere a seguradora em comunicado.

O SAHE contou com presença das principais marcas do setor, decorrerá cumprindo todas os protocolos de segurança sanitária recomendados pela Direção Geral da Saúde, complementa a fonte.

Fundada em 1998, a OK! teleseguros é uma marca da Via Directa – Companhia de Seguros, S.A., que se constitui como a seguradora do grupo Fidelidade, vocacionada para a comercialização de seguros através da internet.

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