“É a primeira vez que o país enfrenta uma crise sem aumento de impostos”, diz João Leão

O ministro das Finanças é o primeiro a ir ao Parlamento explicar a proposta do Orçamento do Estado para 2021 aos deputados.

Os deputados questionam esta sexta-feira o ministro das Finanças, João Leão, sobre a proposta que entregou no Parlamento a 12 de outubro para o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). A audição a Leão será a primeira de muitas ao Governo durante o processo orçamental, cuja viabilização na generalidade na votação de 28 de outubro ainda não está garantida. Caso seja aprovado, segue-se depois a fase de especialidade onde os deputados poderão introduzir mudanças ao Orçamento.

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Ainda não há estímulos mas negociações sustentam Wall Street

A época de resultados continua igualmente a centrar as atenções dos investidores. Mas a Intel afunda 11% após ter apresentados contas.

Há uma semana que as negociações para um novo pacote de estímulos orçamentais nos EUA estão a condicionar Wall Street. Mas apesar de ainda não haver acordo para os milhares de milhões de dólares em novos apoios às empresas e famílias, a expectativa está a sustentar os índices acionistas norte-americanos.

As principais bolsas arrancaram a sessão em alta, com os investidores a apostarem num acordo ainda antes das eleições presidenciais nos EUA, que estão marcadas para 3 de novembro. O industrial Dow Jones ganha 0,16% para 28.409,65 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avança 0,33% para 3.464,90 pontos e o tecnológico Nasdaq soma 0,26% para 11.536,01 pontos.

Os democratas na Câmara dos Representantes e a Administração Trump têm negociado ao longo da semana um pacote de ajuda orçamental que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, espera que ultrapasse os dois biliões de dólares. O secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin — que representa o lado dos republicanos e pretende diminuir o cheque –, afirmou esta quinta-feira que as conversações estão “quase lá”, sendo ainda necessário fechar alguns pormenores.

Além deste assunto, Wall Street tem ainda focado a época de resultados relativos ao terceiro trimestre do ano, que está a permitir perceber o impacto da pandemia nas empresas. Esta sexta-feira foi a vez de a Intel divulgar ao mercado receitas acima do esperado. No entanto, as vulnerabilidades no negócio de dados demonstradas geraram receios e as ações da empresa afundam 11%, para 48,03 dólares.

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Revista Time troca logótipo pela primeira vez em quase 100 anos

A edição da Time que chega às bancas na semana das presidenciais dos EUA não terá o nome da revista à cabeça, mas sim com o apelo: "Vote." É a primeira vez que muda o logótipo da capa.

“Poucos acontecimentos vão transformar mais o mundo que há de vir do que as próximas eleições presidenciais dos EUA.” É assim que a Time explica a inusitada decisão de trocar o seu logótipo no topo da capa pela expressão “Vote”, algo que nunca aconteceu na história da revista.

“Para marcar este momento histórico, eventualmente a decisão mais consequencial que qualquer um de nós já tomou no boletim de voto, substituímos pela primeira vez nos nossos quase 100 anos de história o nosso logótipo na capa da edição norte-americana por um imperativo para que todos nós exerçamos o nosso direito de voto”, justifica o CEO e chefe de redação da revista, Edward Felsenthal.

Em causa está a edição “dupla” de 2 de novembro a 9 de novembro, período que coincide com o dia 3, em que se realizam oficialmente as eleições presidenciais nos EUA, disputadas pelo republicano e presidente incumbente Donald Trump e pelo democrata e ex-vice-presidente Joe Biden (49 milhões de norte-americanos já exerceram o voto antecipado). A revista inclui ainda um guia para ajudar os eleitores a votarem em segurança.

A capa é da autoria de Shepard Fairey, que já tinha desenhado as capas de duas outras edições da revista. No Instagram, a Time explica o significado da ilustração citando o próprio autor: “Ainda que a pessoa da imagem saiba que há desafios adicionais para a democracia durante uma pandemia, está determinada em usar a sua voz e poder através do voto.”

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Parlamento aprova taxa de 1% sobre plataformas como Netflix

  • Lusa e ECO
  • 23 Outubro 2020

A Assembleia da República aprovou na votação final global a lei que cria a taxa anual de 1% a aplicar aos proveitos relevantes das plataformas como Netflix, HBO Portugal e Disney+.

A proposta de lei sobre audiovisual, que transpõe uma diretiva europeia, foi aprovada esta sexta-feira em votação global final no Parlamento, incluindo a criação de uma nova taxa para as plataformas de streaming que tinha sido proposta pelo PS na semana passada.

A proposta de lei 44/XIV foi aprovada com os votos a favor do PS e do PAN, votos contra do PCP, Partido Ecologista Os Verdes, Iniciativa Liberal e da deputada não-inscrita Joacine Katar Moreira e com abstenção do Bloco de Esquerda, PSD, CDS-PP e da deputada não-inscrita Cristina Rodrigues.

A proposta de lei transpõe para a realidade portuguesa uma diretiva europeia, de 2018, que regulamenta, entre todos os Estados-membros, a oferta de serviços de comunicação social audiovisual, que inclui canais de televisão por subscrição, plataformas de partilha de vídeos e serviços audiovisuais a pedido, como Netflix, HBO e Disney+.

Passa a estar previsto que os operadores de serviços audiovisuais a pedido ficam sujeitos “ao pagamento de uma taxa anual correspondente a 1% do montante dos proveitos relevantes desses operadores”. Caso não seja possível apurar o valor dos proveitos relevantes destes operadores, “presume-se que o valor anual da taxa é de um milhão de euros”.

O produto da cobrança dessa nova taxa reverte para as receitas próprias do Instituto do Cinema e Audiovisual. Estão também previstas obrigações de investimento em conteúdos para estas plataformas, em escalões em função dos proveitos relevantes, mediante um valor fixo, uma percentagem dos proveitos ou um montante fixo por cada assinante.

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Morreram mais 31 pessoas com Covid-19. Há 2.899 novos infetados

Foram identificados 2.899 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos positivos desde o início da pandemia sobe para 112.440.

Portugal registou 2.899 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 112.440 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 2,65% e um abrandamento face ao dia anterior, quando o país bateu um novo recorde. Já o número de mortes subiu para 2.276, após 31 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Com este último balanço, Portugal regista o número mais elevado de mortes desde 24 de abril, altura em que se registaram 34 mortes em apenas 24 horas. Só nas últimas 24 horas, morreram 31 pessoas vítimas da doença, das quais 14 na região Norte, nove em Lisboa e Vale do Tejo, cinco na região Centro, duas no Alentejo e uma na região do Algarve.

Há agora 44.284 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 1.519 pessoas do que no balanço anterior. Tal como se tem verificado nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 2.899 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 1.516 localizam-se nesta região (52,3%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 918 novas infeções (31,7%).

Boletim epidemiológico de 23 de outubro:

Ainda assim, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (51.313 casos de infeção e 913 mortes), seguindo-se o Norte (46.391 casos e 1.001 mortes), o Centro (9.388 casos e 290 mortes), o Algarve (2.373 casos e 24 mortes) e o Alentejo (2.272 casos e 33 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 334 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira já registou 368 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 1.418 estão internados (mais 53 face ao dia anterior) em enfermaria geral e 192 em unidades de cuidados intensivos (menos dois). Há ainda 57.455 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 1.646 do que no balanço de quinta-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 1.349 recuperados, um número relativamente superior ao último balanço. No total, já 65.880 pessoas recuperaram da doença.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h42)

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PCP vai abster-se no OE. “Proposta do Governo não dá resposta aos problemas do país”

Os comunistas vão abster-se na primeira votação do OE 2021 na generalidade. Se PEV e PAN também se abstiverem, o OE passa para a discussão na especialidade.

O PCP anunciou esta sexta-feira que irá abster-se na primeira votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) entregue pelo Governo a 12 de outubro. Para que seja aprovado com a abstenção dos comunistas, o PEV e o PAN também têm de se abster, caso o BE vote contra. Se o documento passar na votação de dia 28, o OE será discutido na especialidade onde poderá ser alvo de alterações através das propostas dos partidos.

A decisão do PCP de se abster na votação na generalidade do OE é assumida com a perspetiva de que esse debate mais amplo ainda possa ocorrer [na especialidade], mesmo constatando a sistemática recusa do Governo e do PS em avançar nesse sentido“, disse o líder parlamentar comunista, assinalando que a intenção é abrir a discussão na especialidade para mudar a proposta entregue no Parlamento.

Na sua intervenção, João Oliveira disse que houve a “anulação ou desvirtuamento”, assim como o “adiamento” de medidas que estavam legisladas no OE 2020 e Suplementar. Uma “opção errada, particularmente grave e incompreensível” por estarmos em crise, disse o líder parlamentar do PCP, criticando também a “prioridade à redução acelerada do défice”. Assim, a proposta do Governo para o OE 2021 está “muito longe de ser a resposta que o país precisa”.

Contudo, os comunistas conseguiram algumas garantias do Governo: o aumento extraordinário de 10 euros (e não entre 6 a 10 euros) para todos os pensionistas até 658 euros acontecerá a partir de janeiro e não apenas a partir de agosto, como está inscrito na proposta do Governo. Haverá ainda o alargamento do número de beneficiários no novo apoio extraordinário aos trabalhadores e a atribuição do suplemento insalubridade, penosidade e risco para os profissionais das autarquias locais.

Com estas críticas, o PCP deixa claro que a abstenção agora na primeira votação não significa que o partido vote da mesma forma na votação final global do Orçamento do Estado para 2021, após todo o processo de especialidade. João Oliveira diz que só aí é que será tomada uma “decisão final” relativamente ao OE, confrontando a versão final do orçamento com a resposta que o PCP diz ser necessária. Ou seja, não basta a “inserção de uma meia dúzia de melhorias face à proposta inicial”, avisou.

O líder parlamentar do PCP deu ênfase a medidas que não estão dentro da discussão do OE 2021 como a renacionalização dos CTT, cujo contrato de concessão está prestes a terminar, e a mudança das leis laborais, nomeadamente a eliminação da caducidade da contração coletiva — o Governo apenas admite uma moratória à caducidade. Os comunistas também insistem na recuperação da ANA e do Novo Banco para a esfera pública. “Não nos deixamos condicionar por chantagens e ameaças de crise política”, garante.

O Bloco de Esquerda irá decidir o sentido de voto na primeira votação do OE no domingo. O PAN não anunciou uma data concreta, mas deverá anunciar nos próximos dias. O PEV deverá anunciar na segunda-feira.

(Notícia atualizada às 15h07 com mais informação)

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Todas as pensões até 658 euros vão ter aumento extra de 10 euros em janeiro

  • ECO
  • 23 Outubro 2020

Todas as pensões até 658 euros vão ter um aumento extra de 10 euros já em janeiro, anunciou esta sexta-feira o líder do grupo parlamentar do PCP, João Oliveira.

Todas as pensões até 658 euros vão ter um aumento extra de 10 euros já em janeiro, anunciou esta sexta-feira o líder do grupo parlamentar do PCP. João Oliveira revelou que o Governo mostrou essa disponibilidade nas negociações no âmbito do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021).

“O Governo admitiu a possibilidade de se introduzir essa alteração no Orçamento do Estado para o aumento das pensões poder ter efeitos em janeiro e não em agosto, sendo o valor único de 10 euros e não a diferença entre 6 e 10 euros, que não se justificava”, adiantou João Oliveira em conferência de imprensa.

A proposta de lei orçamental apresentada pelo Executivo na Assembleia da República prevê uma subida extra das pensões entre os 10 e os 6 euros a ocorrer partir de agosto, medida que representará um custo de 99 milhões de euros. Mas a medida será agora alterada na especialidade.

O que o Governo previa era que os pensionistas que recebessem um montante global de pensões até 658,22 euros (concretamente 1,5 IAS – indexante dos apoios sociais) teriam um aumento de 10 euros a partir de agosto. Este aumento seria de, apenas, 6 euros para os pensionistas que receberam, pelo menos, uma pensão atualizada entre 2011 e 2015.

A conferência de imprensa serviu para o PCP anunciar que irá abster-se na primeira votação na generalidade da proposta do OE 2021 entregue pelo Governo a 12 de outubro.

“A decisão do PCP de se abster na votação na generalidade do OE é assumida com a perspetiva de que esse debate mais amplo ainda possa ocorrer [na especialidade], mesmo constatando a sistemática recusa do Governo e do PS em avançar nesse sentido”, disse o líder parlamentar comunista, assinalando que a intenção é abrir a discussão na especialidade para mudar a proposta entregue no Parlamento.

(Notícia atualizada às 15h14)

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Cristina Ferreira em isolamento após contacto com infetada

  • ECO
  • 23 Outubro 2020

Apresentadora da TVI entrou em isolamento após contacto com a cantora Bárbara Bandeira, que anunciou esta sexta-feira que testou positivo à Covid-19.

A apresentadora da TVI Cristina Ferreira está em isolamento após ter tido contacto com a cantora Bárbara Bandeira, que anunciou esta sexta-feira que testou positivo à Covid-19.

“Bárbara Bandeira foi convidada do Dia de Cristina na passada quarta-feira e hoje anunciou que tinha testado positivo. Ainda ontem, e quando soubemos da possibilidade, tomamos todas as medidas indicadas como essenciais nestes casos”, explicou a apresentadora no Instagram.

“Avisamos todas as pessoas que tiveram contacto com ela para ficarem atentos, eu fiquei imediatamente em isolamento e aguardamos agora os dias recomendados para fazer o teste uma vez que não tenho sintomas”, acrescentou.

Cristina Ferreira diz ter realizado um teste serológico esta quinta-feira, com o resultado a dar negativo.

Quanto a Bárbara Bandeira, a apresentadora diz que a cantora se encontra bem e com sintomas ligeiros.

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Portugueses entre os mais pessimistas da UE sobre recuperação económica

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

Portugal é o segundo país da União Europeia mais pessimista relativamente à recuperação da economia nacional. Metade da população acredita numa recuperação apenas em "2023 ou depois".

Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) mais pessimista relativamente à recuperação da economia nacional, com 53% dos inquiridos a considerarem que a economia só recuperará em “2023 ou depois”, revela o Eurobarómetro publicado esta sexta-feira pela Comissão Europeia.

Somos apenas ultrapassados por Espanha, onde são cerca de 55% dos inquiridos a estimarem que a economia só recuperará nesse mesmo período. Os portugueses estão também entre os que pior qualificam a atual situação económica nacional, com 87% a caracterizarem-na de “má”, um crescimento de 33% relativamente ao Eurobarómetro do outono de 2019, uma percentagem apenas ultrapassada pela Grécia (91%), Itália (89%) e Espanha (88%).

A tendência é comum ao conjunto dos Estados-membros da UE, onde 35% dos inquiridos consideram que a situação económica é a “questão mais urgente que a UE enfrenta”, seguida pelo estado das finanças públicas nacionais (23%) e a imigração (também com 23%). Desde a primavera de 2014 que a preocupação com a situação económica na UE não atingia valores tão elevados.

Em Portugal, os inquiridos consideram, no entanto, que a saúde é a “maior preocupação a nível nacional” (56%), seguida da situação económica (52%) e do desemprego (40%), em sintonia com o que consideram também ser o “mais importantes para a UE atualmente”, com a saúde (45%) a ser seguida pela situação económica (38%) e o estado das finanças públicas nacionais (34%).

Já relativamente à opinião pública da UE, Portugal é o país com a segunda melhor imagem das instituições europeias, depois da Irlanda, com 55% dos inquiridos a referirem que têm uma “imagem positiva da UE” e 80% a afirmarem que se sentem “cidadãos europeus”.

58% dos portugueses revelam-se também “satisfeitos” com as medidas adotadas pela UE para combater a pandemia de coronavírus e 61% dizem estar “otimistas” relativamente ao futuro da UE. O Eurobarómetro publicado foi realizado este verão, entre 9 de julho e 26 de agosto, tendo sido feito, excecionalmente, através de entrevistas online.

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FMI alerta para risco de retirada prematura de apoios às empresas. Pode ter “impacto severo” nos bancos

Ajustamento demasiado rápido dos estímulos pode comprometer liquidez das empresas e, consequentemente, a qualidade dos ativos detidos pelos bancos, aponta o Relatório de Estabilidade Financeira.

Os apoios sem precedentes lançados por países e bancos centrais desde o início da pandemia têm sido eficazes em manter as condições de financiamento das empresas das maiores economias do mundo, mas é preciso garantir que não há uma retirada prematura das medidas em vigor que comprometa este trabalho. O alerta é feito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no Relatório de Estabilidade Financeira divulgado esta sexta-feira.

“O financiamento das empresas não financeiras aumentou em março e no segundo trimestre de 2020, com estas a beneficiarem das políticas de apoio sem precedentes resultantes da crise do coronavírus“, começa por dizer o FMI, apontando para condições favoráveis de financiamento nos países do G7.

Foram as medidas orçamentais, monetárias e financeiras que permitiram “normalizar as condições financeiras” e às empresas lidar com os choques de liquidez gerados pela pandemia, que ainda se faziam sentir de forma mais residual no final de junho.

As empresas continuaram a conseguir financiar-se, apesar da deterioração da solvência e das maiores dificuldades sentidas especialmente por empresas mais endividadas. Aliás, a análise do FMI indica que medidas direcionadas diretamente para as empresas tiveram especial efeito nas que já tinham vulnerabilidades de liquidez.

É neste cenário que o fundo de Bretton Woods alerta que é necessário não tirar o tapete às empresas. “A retirada prematura de apoio político poderá comprometer o sucesso alcançado até agora na resposta às necessidades de financiamento e liquidez do setor empresarial“, refere.

É que, além das dificuldades em navegar a reabertura das economias que poderão levar os decisores políticos a agir demasiado depressa, há também os constrangimentos financeiros já que os Estados estão a ficar condicionados no espaço orçamental que têm para responder à pandemia.

O FMI recomenda, por isso, atenção no ajustamento dos estímulos, a par de um maior acompanhamento por parte das autoridades de supervisão das vulnerabilidades das empresas, nomeadamente considerando instrumentos de política macroprudencial para travar o elevado endividamento. Estas opções poderão, na perspetiva do FMI, ajudar a prevenir o eventual impacto da deterioração das condições financeiras para todo o sistema financeiro.

“Além da calibração do apoio ao financiamento e à liquidez por decisores das políticas orçamentais e monetárias, um assunto chave para a estabilidade financeira no curto e médio prazo será a deterioração da solvência no resultado da quebra da rentabilidade induzida pela pandemia e o aumento do endividamento privado”, aponta o FMI.

Esta deterioração poderá ter um “severo impacto” na qualidade dos ativos dos bancos e na adequação de capital, o que por ser turno pode condicionar a concessão de crédito às empresas nos próximos trimestres.

O nível de eventual cicatrização económica após a crise da Covid-19 vai depender em larga medida de quão bem o sistema financeiro — apoiado de forma excecionalmente grande pelas políticas atuais — conseguir responder à procura das empresas por liquidez durante a crise. Isto significa prevenir empresas ainda solventes de enfrentarem dificuldades de liquidez e tornarem-se entidades insolventes ou forçadas a restringir significativamente as suas atividades”, acrescenta o FMI.

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Algarve já fervilha com a Fórmula 1

  • Jorge Girão
  • 23 Outubro 2020

Esta sexta-feira os monolugares e os pilotos já saem para a pista para realizar as duas primeiras sessões de treinos-livres de hora e meia cada uma.

A Fórmula 1 já assentou arraiais no Autódromo Internacional do Algarve, onde se realiza este fim de semana o Grande Prémio de Portugal, e houve já muita atividade no paddock e alguma em pista.

Todas as equipas estão já no circuito português, assim como as suas fabulosas e imponentes “motorhomes” e, muito embora nenhum monolugar de Fórmula 1 tenha saído da zona das boxes, todas elas tiveram muito que fazer ao longo desta quinta-feira.

Quase todos os pilotos aproveitaram para realizar uma volta a pé pelo circuito, o famoso “trackwalk”, sendo acompanhados pelos respetivos engenheiros de pista.

Este exercício não é um simples e prazeroso passeio pelo circuito, mas antes uma volta analítica ao traçado para verificar ressaltos na pista, observar alturas dos corretores e diferenças de asfalto de modo a que desde a primeira sessão de treinos-livres cada um deles saiba quais as zonas a evitar e os locais onde atacar. Na Fórmula 1 nenhum pormenor, por pequeno que seja, fica por estudar.

Para além disso, todas as equipas têm diversos compromissos com os media, disponibilizando os seus pilotos para conferencias de imprensa que, devido aos constrangimentos provocados pela Covid-19, são realizadas virtualmente através das inúmeras plataformas conhecidas.

Em Portugal, todos eles tiveram ainda de tomar parte da conferência de imprensa da FIA que se realiza sempre a cada quinta-feira antes de um Grande Prémio.

No campo técnico, todos os carros têm de ser apresentados aos comissários técnicos da entidade federativa, que têm uma das boxes do circuito, normalmente a primeira, com inúmeras ferramentas – balanças, bitolas, escalas, etc – para poderem verificar se todos cumprem o regulamento técnico do Campeonato do Mundo de Fórmula 1.

Nenhum dos monolugares sai para a pista, mas o Safety-Car e o Medical-Car, deixam a zona das boxes para poderem treinar para o fim de semana.

Qualquer um deles terá de rodar o mais rapidamente dentro do máximo de segurança, no primeiro caso para suster atrás de si os performantes carros da categoria máxima e o segundo para levar o mais rapidamente possível o médico-chefe do paddock na eventualidade de um acidente, que se espera que não aconteça, e para isso têm de conhecer convenientemente o circuito.

O Safety-Car é um Mercedes-AMG GT R com 585cv, conduzido por Bernd Maylander, ao passo que o Medical-Car é uma carrinha Mercedes-AMG C 63 S com 510 cv, da responsabilidade de Adam Carroll.

Ambos os carros são fornecidos pela Mercedes, que paga à FOM 7 milhões de euros por ano à Formula One Management pelo privilégio.

Esta sexta-feira os monolugares e os pilotos pelos quais todos os adeptos portugueses anseiam já sairão para a pista para realizar as duas primeiras sessões de treinos-livres de hora e meia cada uma, durante as quais descobrirão as exigências da pista portuguesa e tentarão realizar a melhor adaptação possível para o restante fim de semana.

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Referendo sobre eutanásia “chumbado” no parlamento

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

Votaram a contra o PS, Bloco, PCP, Verdes, PAN, nove deputados do PSD, entre eles o líder, Rio Rio, e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

A Assembleia da República chumbou um referendo sobre a morte medicamente assistida, ou eutanásia, apresentado através de uma iniciativa popular com mais de 95 mil assinaturas.

Votaram a contra o PS, Bloco de Esquerda, PCP, Verdes, PAN, nove deputados do PSD, entre eles o líder, Rio Rio, e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

A favor votaram o CDS-PP, a grande maioria da bancada do PSD e o deputado da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo. O deputado do Chega André Ventura não esteve presente.

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