Mutua Madrileña é a parceira da nova CaixaBank em não Vida

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2020

A seguradora que já é parceira do CaixaBank será a operadora dos seguros não Vida do novo grupo bancário. Já o Bankia, que irá "desaparecer do mapa", rompe o negócio conjunto que tem com a Mapfre.

A entidade resultante da fusão CaixaBank-Bankia já definiu as opções estratégicas no âmbito do negócio segurador. De acordo com o anunciado em conferência de imprensa, Gonzalo Gortazar (atual e futuro administrador delegado da nova CaixaBank) explicou que o objetivo da entidade resultante da fusão é “alargar a relação com a SegurCaixa Adeslas a toda a rede.”

Em consequência, a rede bancária do novo gigante da banca ibérica comercializará os produtos Não Vida da seguradora participada do grupo catalão e gerida pela Mutua Madrileña. Já o negócio Vida do grupo CaixaBank irá manter-se na CaixaVida, subsidiária do grupo catalão.

Com esta opção, que alguma imprensa espanhola já vinha antecipando, ficará por resolver o fim anunciado da parceria entre o Bankia e a Mapfre, centrada no ramo Vida. Segundo adiantou Gortazar no encontro com a imprensa, a compensação devida ao grupo Mapfre será negociada a seu tempo e o valor da indemnização a pagar será o que tiver de ser, referiu.

Embora de natureza especulativa, informações de fontes financeiras em Espanha estimam que, por causa dos 51% que a Mapfre detém na sociedade conjunta Bankia Mapfre Vida, a indemnização devida poderá situar-se entre 600 milhões e 800 milhões de euros, restando ainda saber se, enquanto potencial beneficiária do arranjo encontrado para a área seguradora da futura CaixaBank (e apesar de ficar em exclusivo com o ramo não Vida), a Mutua será (ou não) chamada a participar no esforço de compensação à Mapfre.

A entidade emergente da fusão passará a ser o banco de referência em Espanha (mais de 20 milhões de clientes e cerca de 1/4 de quota do mercado espanhol, tanto no crédito como em depósitos, somando mais de 660 mil milhões de euros de ativos) e controlando, como já acontece, o banco BPI.

A liderança do novo gigante ibérico será ainda mais significativa (29% de quota em Espanha) no designado aforro de longo prazo, onde se incluem os seguros poupança, fundos de investimento e planos de pensões e reforma, adianta comunicação conjunta CaixaBank-Bankia.

Além do negócio Vida, desenvolvido pela CaixaVida, o grupo líder ibérico de seguros detém 49,9% da SegurCaixa Adeslas (um dos líderes em fundos de pensões e seguros saúde em Espanha), onde a Mutua detém os restantes 50,1% e exerce a gestão. Em Portugal, controla a BPI Vida e Pensões e, ainda, metade da Cosec, companhia de seguros de crédito).

Quanto à conclusão do processo que cria o novo gigante ibérico, prevendo-se que operação seja concretizada até ao primeiro trimestre de 2021, a transação que acaba de ser aprovada pelos conselhos de administração das contratantes precisa ainda de ser validada em respetivas assembleias gerais.

Desse aval e da esperada “luz verde” das autoridades reguladoras, resultará o desaparecimento do Bankia e, na nova CaixaBank, os acionistas da entidade catalã serão detentores de 74,2% do capital, enquanto os acionistas do Bankia ficarão com os restantes 25,8%.

Em resultado dos termos da fusão por absorção, enquanto a Criteria Caixa (controlada em 100% pela Fundación Bancaria la Caixa), se mantém como acionista de referência da CaixaBank com cerca de 30% do capital, o FROB (fundo público de reestruturação que até agora controlava o Bankia, sendo também o seu principal credor) pretende 16,1% de participação no novo grupo bancário, detalha o comunicado conjunto CaixaBank Bankia.

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Itália regista 1.587 novos casos nas últimas 24 horas

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

A Itália registou 1.587 novos contágios com coronavírus nas últimas 24 horas, aumentando o total de casos para 298.156 desde o início da pandemia.

A Itália registou 1.587 novos contágios com coronavírus nas últimas 24 horas, aumentando o total de casos para 298.156 desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde local.

Neste domingo registaram-se mais 15 mortos, aumentando o total de óbitos por covid-19 para 35.707, de acordo com a mesma fonte.

A região mais afetada pela pandemia continua a ser a Lombardia, seguindo-se Veneto, Campânia e Lácio, onde fica a capital, Roma.

Itália, que decretou o estado de emergência a 21 de fevereiro, é o segundo país europeu mais afetado pela pandemia de covid-19, depois do Reino Unido.

Segundo um balanço feito pela agência francesa AFP, a pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 957.948 mortos e mais de 30,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, desde que um novo coronavírus foi detetado no final de dezembro, na China.

Hoje e segunda-feira os italianos vão pela primeira vez às urnas desde o início da pandemia, para eleger os governos de sete das 20 regiões e votar em referendo a redução em um terço do número de deputados.

Inicialmente programadas para o final de março, estas duas eleições foram adiadas várias vezes devido à pandemia. O Governo italiano optou por distribuir a votação por dois dias para evitar multidões.

Todos os olhos estão voltados para três das regiões, onde uma vitória da direita pode abalar o Governo do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, apoiado pela coligação entre o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e o Partido Democrata (PD, centro-esquerda).

As três regiões em questão são Campânia, Apúlia e principalmente Toscânia, bastião da esquerda há mais de meio século e onde as urnas colocam candidatos da esquerda e da coligação de direita (que inclui partidos de extrema-direita) muito próximos.

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Venda de seguros por Bancos cai para quase metade

  • ECO Seguros
  • 20 Setembro 2020

Os bancos venderam menos 43% em seguros, 2 mil milhões de euros, nos oito primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2019. No entanto, mediadores e corretores apenas quebraram 1%.

A quebra de vendas do ramo Vida tem provocado a queda do mercado total dos seguros em Portugal, tendo atingido -45% nos primeiros oito meses de 2020 em relação a igual período de 2019. Estes valores são agora revelados no relatório “Produção Emitida de Seguro Direto”, realizado mensalmente pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que constata que os bancos venderam metade dos produtos Vida em relação a 2019. A pandemia pouco pesará neste cenário.

O fenómeno já se notava desde o final do final do ano passado e várias explicações têm sido adiantadas: Baixas taxas de juro nos mercados financeiros levando a menores rendimentos e menor atratividade dos produtos financeiros vida; Por esse motivo, descontinuação de seguros com rendimentos garantidos na oferta das seguradoras; Falta de incentivos fiscais ou outros à poupança em produtos como PPR, que só por si, sofreu uma quebra de 70% de vendas no mercado. Só esta diferença significa que em oito meses de se venderam menos 1,6 mil milhões de euros em PPR, num Ramo Vida que produziu menos 2,2 mil milhões de euros de janeiro a agosto de 2020.

Produção de seguros em Portugal

Neste cenário adverso, que nos primeiros oito meses levou a um decréscimo 45% no ramo Vida, foram os canais comerciais bancários os que mais contribuíram para a descida. Os bancos, tradicionalmente responsáveis por cerca de 65% das vendas do ramo Vida, tiveram uma quebra para metade nos prémios emitidos. Já os outros canais, cerca de 30% dos produtos Vida são vendidos por mediadores e corretores, tiveram uma quebra de apenas 22%, neste ramo, em relação aos oito primeiros meses de 2019.

Segundo fonte do mercado, a juntar aos fatores externos negativos, também a oferta dos bancos de produtos Vida aos seus clientes tem sido muito volátil e inconstante, sempre em concorrência com outros produtos de investimento não seguradores. Já o mercado profissional tem sido mais diligente no combate às condições adversas que o ramo Vida está a enfrentar.

Crescimento em Não Vida não compensa quebra no mercado total

Depois de um crescimento robusto no primeiro trimestre do ano, os ramos Não Vida entraram em período de comportamento incerto quanto a vendas já no tempo dos efeitos Covid-19. Em agosto este conjunto de ramos estagnou o seu crescimento, embora o acumulado dos oito primeiros meses 2020 ainda registe uma evolução positiva de 4%.

Neste último mês divulgado pela APS a produção de seguros do ramo transportes obteve uma subida de 35% nas vendas, relativamente a igual mês do ano passado, depois de meses em que as vendas baixaram drasticamente devido à paragem da economia. O ramo saúde está a manter uma subida de 8,6% desde o início do ano. O ramo automóvel teve um pequeno crescimento em agosto de 0,3%, mas mantém – apesar das consequências da pandemia na venda de automóveis novos – uma subida de 3,2% desde o princípio do ano.

A venda de seguros de incêndio e outros danos, que inclui os multirriscos para habitações e empresas, tem conservado crescimentos entre 4 e 6% em 2020. Os acidentes de Trabalho tiveram uma quebra de 3% em agosto, mantendo ainda assim uma subida de 4,4% desde o princípio do ano, impulsionado pelos crescimentos atingidos no primeiro trimestre do ano.

O relatório apresentado pela APS agrega informação de quase todas as seguradoras do mercado significando mais de 99% da produção do setor em Portugal.

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Carlos César diz que o próximo Presidente da República deve atuar “contra todos os extremismos”

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

Presidente do PS considera que o próximo chefe de Estado português deve contribuir para a estabilidade política e atuar contra todos os extremismos.

O presidente do PS, Carlos César, disse este domingo que o próximo chefe de Estado português deve ser um “contribuinte da estabilidade política”, atuando “contra todos os extremismos” e valorizando as autonomias da Madeira e Açores.

“Dentro de pouco tempo teremos as eleições presidenciais, onde todos nos devemos envolver para garantir que o Presidente da República seja um contribuinte da estabilidade política, da cooperação entre os órgãos de soberania, empenhado no diálogo social, contra todos os extremismos, zelando pela confiança do povo nas instituições, um presidente de una e não divida mais os portugueses”, declarou.

Carlos César falava na sessão de encerramento do XIX congresso do PS/Madeira, que decorreu no Funchal, confirmando a liderança de Paulo Cafôfo, que foi eleito em julho décimo presidente do partido na região, numas eleições internas na qual foi o único candidato.

Também é importante um presidente que valorize e confie nas autonomias insulares dos Açores e da Madeira“, disse, realçando que os processos de descentralização da autonomia local e de institucionalização das autonomias regionais “muito devem” ao Partido Socialista.

"Dentro de pouco tempo teremos as eleições presidenciais, onde todos nos devemos envolver para garantir que o Presidente da República seja um contribuinte da estabilidade política, da cooperação entre os órgãos de soberania, empenhado no diálogo social, contra todos os extremismos.”

Carlos César

Presidente do PS

O presidente do PS afirmou que o partido não recebe lições de autonomismo de ninguém, vincando que o seu empenhamento vai para além das dimensões jurídicas e institucionais.

“Nunca faltámos, no nosso país, quando foram necessários mais e mais recursos, por exemplo para a Madeira, mesmo quando foram imprescindíveis para defender a Madeira dos desastres financeiros a que nos conduziram, muitas vezes, a ação dos governos regionais do PSD nesta região”, disse.

Carlos César referiu que os socialistas portugueses colocam agora “muita confiança e muita esperança” no PS/Madeira, o maior partido da oposição, na preparação de uma “alternativa competente” nas próximas eleições legislativas regionais, em 2023.

“O que desde já vos posso dizer, como presidente do Partido Socialista, é que podem contar, estou certo, com o apoio ativo dos socialistas portugueses, mas a regra deve ser clara: na Madeira, somos o PS/Madeira, nos Açores, somos o PS/Açores”, observou, sublinhando que, no geral, o partido deve estar “unido, solidário e a remar para o mesmo lado”.

Carlos César alertou, por outro lado, para o grande desafio que é controlar a pandemia de covid-19 e operar a recuperação económica e social do país e das regiões.

“Estarão ao dispor da Madeira grandes somas de dinheiro, de fundos europeus e programas específicos, que esperamos que a União Europeia agilize rapidamente”, disse, advertindo que o PS tem a “grande responsabilidade” de não permitir a “má utilização e a má execução” desses “vultuosos recursos”.

“Não serão muitas, nem próximas, as oportunidades que todo esse dinheiro proporcionará e bem sabemos que o PSD da Madeira é muito expedito a gastar, mas muito destituído a investir com rigor e com reprodutividade”, declarou.

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Juiz suspende proibição de uso da app chinesa WeChat nos EUA

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

Um juiz da Califórnia suspendeu, esta madrugada, a proibição imposta pelo Departamento de Comércio de fazer download nos EUA da aplicação WeChat.

Um juiz da Califórnia suspendeu, esta madrugada, a proibição imposta pelo Departamento de Comércio de fazer download nos EUAs da aplicação WeChat, detida pela empresa chinesa Tencent, que deveria entrar hoje em vigor.

A proibição determinada pelos EUA, em nome da segurança social, visava objetivamente desativar as funções da aplicação (app) utilizada por cerca de 19 milhões de pessoas em solo norte-americano para trocar mensagens, fazer compras e pagamentos e outros serviços.

A imposição foi, no entanto, contestada em tribunal por um grupo de utilizadores da app que alegaram que a decisão restringia a liberdade de expressão.

Na sexta-feira passada, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou que ia passar a bloquear os downloads das apps WeChat (o WhatsApp chinês) e TikTok (para partilha de vídeos) em sites de compra de aplicações dos EUA e que as autoridades do país vetariam o seu uso integral nos Estados Unidos a 12 de novembro, citando preocupações com a segurança nacional.

No caso do WeChat, também proibiu a possibilidade de, a partir de domingo (hoje), ser possível fazer qualquer transferência de fundos ou pagamentos nos EUA por meio desta app.

A China disse no sábado que agiria contra empresas e indivíduos estrangeiros que “pusessem em risco” a sua soberania e segurança, e emitiu novas regras relativas a uma lista de “entidades não confiáveis”, anunciada há mais de 15 meses e ainda por publicar.

Entretanto, no sábado, o Governo dos Estados Unidos anunciou que iria adiar, por uma semana, a aplicação das medidas contra a TikTok, depois de Trump ter dado o seu aval a um acordo preliminar para que pudesse continuar a operar no país.

As táticas agressivas da administração Trump fazem parte da sua última tentativa de conter a influência da China, uma superpotência económica em ascensão.

Desde que assumiu o cargo, em 2017, Trump tem travado uma guerra comercial com a China, bloqueando fusões que envolvam empresas chinesas e sufocando os negócios de empresas chinesas como a fabricante de telemóveis e equipamentos de telecomunicações Huawei.

O Ministério do Comércio da China condenou as medidas dos Estados Unidos e instou o país a parar aquilo que chamou de “comportamento de intimidação”.

O ministério garantiu ainda que a China tomará as “medidas necessárias” para proteger as suas empresas chinesas.

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CDS quer melhorar resultados nas eleições dos Açores e nas autárquicas

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

Francisco Rodrigo dos Santos apontou aos próximos desafios eleitorais com o objetivo de melhorar os resultados e consolidar o CDS "como terceira força política” do país.

O presidente do CDS-PP afirmou este domingo que o partido quer melhorar os resultados nos próximos desafios eleitorais, para se “consolidar como terceira força política” nas regionais dos Açores, em outubro, e ganhar mais representação nas autárquicas dos próximo ano.

As eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que se disputam em 25 de outubro, vão ser um “prova de vida” para o partido e o objetivo do líder é “consolidar o CDS como terceira força política”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

Este desafio vai “embalar o CDS para uma cadeia de crescimento sustentável, provando que à medida que uns celebram” sondagens, os centristas vão “celebrar resultados”.

Francisco Rodrigues dos Santos encerrou a escola de quadros da Juventude Popular, que decorreu deste sexta-feira em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, momento que assinalou também a ‘rentrée’ política do CDS.

Com o líder do CDS/Açores e candidato, Artur Lima, presente na sala, o presidente defendeu que os democratas-cristãos podem “ser a mudança” naquele arquipélago.

“Um voto no CDS nos Açores significa um voto no único partido que consegue tirar a maioria absoluta ao PS” e pode evitar “que os extremismos tenham lugar no parlamento açoriano”, frisou.

Já nas eleições autárquicas do próximo ano, Francisco Rodrigues dos Santos quer “somar autarcas, se possível presidentes de câmara, garantir e reforçar as maiorias daquelas câmaras que são presididas pelo CDS e em política de alianças, onde estão a funcionar e bem, permitir que o CDS garanta a renovação dos seus mandatos, conquistar novos e reforçar a sua malha territorial de autarcas de norte a sul e ilhas”.

“Somos um partido que quer evidentemente disputar eleições com bons resultados, queremos satisfazer as ambições do nosso partido em eleições mas queremos governar para as próximas gerações”, frisou.

Virando-se para dentro, o presidente do CDS assinalou que “o sucesso” do partido “dependerá da direção, mas sobretudo de cada um dos dirigentes e militantes do CDS”, que apelidou de “os cerca de 40 mil porta-vozes” e “embaixadores” centristas a nível local.

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Chumbada lista de André Ventura para a direção nacional

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

A lista proposta por Ventura para a direção nacional precisava de obter dois terços dos votos, mas nem sequer conseguiu atingir a maioria, alcançando 183 "sim" e 193 "não".

A proposta do presidente do Chega, André Ventura, para a direção nacional do partido foi chumbada na convenção que decorre em Évora, ao não conseguir reunir os dois terços dos votos dos cerca de 500 delegados presentes.

De acordo com os estatutos do Chega, a lista proposta por Ventura para a direção nacional precisava de obter dois terços dos votos, mas nem sequer conseguiu atingir a maioria, alcançando 183 “sim” e 193 “não”.

Ventura pediu a suspensão dos trabalhos para apresentar nova lista, que voltará a ser submetida a votação.

Segundo o artigo 3.º do regulamento eleitoral nacional do partido nacional populista, se não for obtido o voto de dois terços dos delegados “deve o presidente eleito da direção nacional submeter nova lista, no prazo máximo de duas horas, aos delegados eleitos à Convenção Nacional, para votação no menor espaço de tempo possível”.

“A Convenção Nacional não poderá ser dada por terminada sem que seja regularmente eleita a lista da direção nacional”, estipula ainda o mesmo artigo.

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Governo admite prolongar até março garantias ao seguro de créditos à exportação

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

Comissão Europeia deixou em aberto uma eventual extensão garantias públicas aos exportadores europeus para cobrir os riscos de crédito às vendas para mercados com restrições devido à pandemia.

O Governo português deverá prolongar até março os apoios públicos a seguros de créditos para exportação no mercado comunitário, pois a “forma muito desequilibrada” como este continua a funcionar exige uma “cobertura adicional do risco”.

“O Governo português mantém uma avaliação do modelo que implementou e aquilo que consideramos é que, olhando hoje, em setembro de 2020, nos parece difícil que o sistema não seja extensível”, afirmou o secretário de Estado da Internacionalização em declarações aos jornalistas à margem de uma visita às empresas portuguesas que participam na maior feira de calçado do mundo em Milão, Itália.

Conforme recordou Eurico Brilhante Dias, a Comissão Europeia deixou em aberto uma eventual extensão garantias públicas aos exportadores europeus para cobrir os riscos de crédito às vendas para mercados onde se verifiquem restrições devido ao surto da covid-19.

"Olhando hoje, em setembro de 2020, nos parece difícil que o sistema não seja extensível.”

Eurico Brilhante Dias

Secretário de Estado da Internacionalização

“A comunicação da Comissão Europeia permite a extensão, fazendo-se uma avaliação em dezembro de 2020, e nós não perspetivamos neste momento, dadas as circunstâncias em que está o mercado, que seja possível retirar os apoios públicos aos seguros de crédito à exportação”, sustentou.

Segundo o governante, o apoio público pode assim “ser estendido a partir de dezembro, por acordo dos Estados membros, na sequência da recomendação da Comissão”, e “a perspetiva é que não se altere de forma radical, considerando que o mercado continua a funcionar de uma forma muito desequilibrada e precisa de intervenção pública para ter mais cobertura de risco no processo exportador”.

AICEP com nova administração “dentro de muito pouco tempo”

Questionado pelos jornalistas quanto à nomeação da nova administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), terminado que está o mandato do anterior Conselho de Administração, Eurico Brilhante Dias disse que este já apresentou o respetivo relatório de contas e que “o Governo muito proximamente nomeará a administração”.

“Será seguramente dentro de muito pouco tempo”, disse, sem avançar um prazo específico.

Já relativamente a possíveis mudanças na direção do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, na sequência da eventual saída do presidente, Nuno Mangas, para liderar o programa de fundos comunitários Compete, o secretário de Estado Adjunto e da Economia disse ser “prematuro ainda dizer quais são as alterações” a fazer.

“Evidentemente, com a saída do presidente da Comissão Diretiva do Compete vai ser necessário substituí-lo e é nesse trabalho, que estamos a fazer, que refletiremos também sobre as alterações orgânicas e de direção dos institutos”, afirmou João Neves.

Salientando a importância do “reforço das instituições públicas” portuguesas, o secretário de Estado sustentou que, “sem isso, o trabalho conjunto entre o Estado e as empresas será muito difícil”.

“Isso é um sinal claro que esta crise veio mostrar. Que sem instituições públicas fortes é muito difícil trabalhar e é mais importante ter esse trabalho de reforço das instituições do que, porventura, dizer quem são os presidentes ou os diretores gerais daqui ou dali, porque esses lugares são efémeros, mas as instituições têm que ser fortes e têm que se manter”, enfatizou João Neves.

Trinta e três empresas portuguesas, metade das que integraram a última edição da mostra, participam de hoje até quarta-feira na maior feira de calçado do mundo, que em contexto de pandemia vai reunir 500 expositores em Milão, Itália.

“Depois de meses atípicos, de um inesperado confinamento, a indústria de calçado está de regresso aos grandes palcos”, congratula-se a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), salientando tratar-se de “uma edição muito esperada” da MICAM, “em virtude de dezenas de cancelamentos de eventos internacionais nos últimos meses”.

Embora arranque “a um ritmo modesto, com 500 expositores, longe dos 1.600 do passado recente”, a 90.ª edição da MICAM conta com 5.000 compradores registados, sobretudo oriundos de Itália e da Europa, e às 33 empresas portuguesas de calçado participantes juntam-se mais nove na Lineapelle, a feira de componentes para calçado de referência.

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Portugal com mais 552 casos e 13 mortes por causa do Covid-19

Mais 552 casos e 13 mortes por causa da Covid-19 foram registados nas últimas 24 horas, quando o país se prepara para um agravamento da pandemia nas próximas semanas.

Foram detetados 552 novos casos de infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas em Portugal, com o número total a subir para 68.577 casos. Morreram ainda mais 13 pessoas por causa do Covid-19, o número mais elevado desde 9 de julho. Vítimas mortais da pandemia ascendem já a 1.912.

Estes dados surgem numa altura em que o país se prepara para um agravamento do surto nas próximas semanas, com o próprio primeiro-ministro a antecipar mais de 1.000 casos diários na semana que aí vem. Portugal vinha registando uma subida no número de casos há quatro dias.

De acordo com o boletim epidemiológico deste domingo, o Norte foi a região com mais casos diários (273 infeções detetadas nas últimas 24 hora), tendo registado ainda três vítimas mortais. Já Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 179 novos casos e dez mortes. As outras regiões não registaram mortos este sábado.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) dá ainda conta de 192 recuperações, tendo já recuperado do Covid-19 45.596 pessoas. Neste momento, há 21.069 casos ativos, uma subida de 347 face ao dia anterior.

Há ainda menos um doente internado em unidades de cuidados intensivos (UCI), um total de 63 nesta altura. Ainda assim, os doentes internados em situação de internamento subiu em 14 para 511.

Boletim epidemiologico de 20 de setembro de 2020.DGS

Quase 958 mil mortos e 31 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a quase 958 mil pessoas e infetou mais de 30,8 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com o balanço da agência francesa de notícias, hoje às 11h00 TMG (12:00 em Lisboa), 957.948 pessoas morreram em todo o mundo e 30.849.800 foram infetadas, das quais pelo menos 20.871.300 já estão recuperadas.

O número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções. Alguns países testam apenas casos graves, outros priorizam o teste de rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de teste.

No sábado, 5.089 novos óbitos e 291.505 novos casos foram registados em todo o mundo.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Mais de 1 milhão de pessoas descarregaram a aplicação Stayaway Covid

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

A aplicação de rastreio do Covid-19 contabilizava este domingo um total de 1.030.824 downloads nos sistemas operativos iOS e Android.

A aplicação de rastreio StayAway Covid já foi descarregada por mais de um milhão de pessoas, dezanove dias após o seu lançamento, anunciou este domingo o administrador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Em declarações à agência Lusa, Rui Oliveira avançou que a aplicação contabilizava hoje um total de 1.030.824 downloads nos sistemas operativos iOS e Android.

“Estamos muito satisfeitos, ainda que não esteja propriamente surpreendido. A aplicação é uma ajuda à população portuguesa, mas ainda faltam os restantes cinco milhões de portugueses [que têm ‘smartphones’]”, afirmou.

"Estamos muito satisfeitos, ainda que não esteja propriamente surpreendido. A aplicação é uma ajuda à população portuguesa, mas ainda faltam os restantes cinco milhões de portugueses [que têm smartphones]””

Rui Oliveira

Administrador do INESC TEC

A aplicação móvel, lançada no dia 01 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones’, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.

Segundo o administrador do instituto do Porto, as interações na aplicação prosseguem, havendo já “várias dezenas” de médicos a gerar códigos.

À Lusa, no dia 08 de setembro, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) avançou que a linha SNS 24 já tinha recebido 20 chamadas de pessoas que, através da aplicação, foram informadas que estiveram em contacto com alguém infetado.

“Houve 20 pessoas que, desde o início do projeto, ligaram ao SNS 24, dizendo que a aplicação os notificou que tinham tido um contacto de risco”, afirmou Luís Goes Pinheiro, acrescentando que, nessa semana, nove doentes tinham introduzido na aplicação o código que permite alertar as pessoas com quem estiveram nos 14 dias anteriores.

No dia do lançamento da aplicação, o primeiro-ministro, António Costa considerou que instalar nos telemóveis a aplicação Stayaway Covid é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina.

“Entendam que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”, afirmou António Costa, na cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.

Contudo, a organização de defesa do consumidor Deco Proteste colocou reservas à instalação nos telemóveis desta aplicação, invocando a possibilidade de uso não-declarado e indevido de dados pessoais pela Google e Apple.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 953.025 mortos e mais de 30,5 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal morreram 1.899 pessoas dos 68.025 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Afinal, cartel do petróleo quase não mexeu com os preços

Estudo publicado pelo BCE indica que estratégia de cortes na produção implementada pelo cartel para reduzir o valor da matéria-primeira pouco impacto teve nas cotações da matéria-prima.

A estratégia de alinhamento na produção que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os países aliados (a OPEP+) levaram a cabo desde 2016 tem tido um impacto limitado nos preços da matéria-prima. O objetivo seria levar o valor do barril para níveis mais próximos dos 100 dólares, mas — numa altura em que preços estão próximos dos 40 dólares — um novo estudo indica que, sem os cortes, a diferença não seria grande.

“Concluímos que o impacto da OPEP+ nos preços do petróleo tem variado ao longo do tempo, em conjunto com a adesão da coligação, e que este foi, de forma geral, modesto em termos quantativos“, revela o estudo The influence of OPEC+ on oil prices: a quantitative assessment, assinado pelos investigadores Dominic Quint e Fabrizio Venditti, e divulgado esta semana pelo Banco Central Europeu (BCE).

“Em média, os nossos resultados indicam que o preço do petróleo seria cerca de quatro dólares por barril mais baixo se a OPEP+ não tivesse cortado a produção“, explicam Quint e Venditti. “Seria necessário tanto cortes muito mais profundos na produção como uma adesão muito mais forte para alcançar o objetivo ambicioso que a coligação estabeleceu para si mesma”.

A estratégia conjunta foi lançada em 2016, depois da subida dos preços no início da década passada ter levado à ascensão do petróleo de xisto nos EUA. Este tipo de petróleo, que só compensa aos produtores se os preços forem mais elevados, mudou substancialmente a estrutura do mercado global.

Os 14 países da OPEP — incluindo Arábia Saudita, Iraque, Irão ou Emirados Arábes Unidos — detinham na altura 43% da quota produtiva mundial. Este grupo juntou-se a outros países aliados — com a Rússia à cabeça, mas incluindo também o México ou o Cazaquistão — e concordaram em estabelecer limites máximos à produção. Este acordo foi prolongado e adaptado, sendo que os níveis de cumprimento de cada país também foram variando. Em 2019, o grupo era responsável por 39% do mercado, enquanto os EUA passaram a ocupar o lugar de maiores produtores do mundo, com a quota de mercado a passar para 15% (de 8%).

Arábia Saudita foi além dos cortes impostos

Fonte: Estudo The influence of OPEC+ on oil prices: a quantitative assessment

O mercado global passou por mudanças significativas desde a emergência dos EUA como grandes produtores de petróleo e como feroz concorrente no mercado de exportações de petróleo“, refere o estudo. Lembra que, após a condução da estratégia com o objetivo de “conter o mercado petrolífero, absorver inventários e subir os preços do petróleo”, o acordo chegou ao fim em março de 2020 quando a Arábia Saudita e a Rússia não conseguiram chegar a acordo quanto à estratégia de resposta ao colapso da procura por petróleo na crise da Covid-19.

O desentendimento entre os dois produtores, numa altura de forte stress — o petróleo caiu para o nível mais baixo em 20 anos devido ao confinamento –, foi aliado à aproximação do prazo dos contratos de futuros do WTI para maio. O excedente no mercado reduziu fortemente o espaço para armazenamento e, pela primeira vez na história, o petróleo negociou abaixo de zero dólares por barril (chegou mesmo a -40 dólares).

Desde esse momento inédito, o mercado tem vindo a recuperar oscilando entre a ajuda dada pelas medidas de desconfinamento e a pressão gerada pela segunda vaga de vírus. Atualmente tanto o crude WTI como o brent europeu estão próximos dos 40 dólares por barril e as perspetivas para o futuro ainda são incertezas. Tanto a OPEP como a Agência Internacional de Energia (AIE) reviram, esta semana, em baixa as projeções para o consumo de petróleo.

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Bruxelas quer reforçar supervisão dos gigantes digitais até ao final do ano

  • Lusa
  • 20 Setembro 2020

A União Europeia "precisa de uma melhor supervisão" sobre gigantes digitais como Google, Amazon, Facebook e Apple, disse o comissário do Mercado Interno, Thierry Breton.

A Comissão Europeia pretende reforçar a repressão contra a hegemonia dos gigantes digitais até ao final de 2020, o que poderá mesmo levar à sua exclusão do mercado comum, disse o comissário do Mercado Interno, Thierry Breton, ao Financial Times.

Os Gafa (acrónimo de Google, Amazon, Facebook e Apple) são “demasiado grandes para não se preocuparem”, disse o comissário, referindo que a União Europeia “precisa de uma melhor supervisão” destes gigantes, seguindo o exemplo da regulação mais rigorosa da atividade bancária depois da crise de 2008.

A Comissão Europeia deverá revelar nova legislação até ao final do ano (a “Lei dos Serviços Digitais”), uma prioridade do executivo da UE, para controlar melhor a forma como as principais plataformas expandem as suas atividades, combater a desinformação ou gerir dados pessoais.

O objetivo de Bruxelas é proteger melhor os consumidores e os concorrentes mais pequenos.

A escala de sanções para plataformas que, por exemplo, forçam os seus utilizadores a utilizar apenas o seu serviço, poderia chegar ao ponto de os forçar a despojar-se de algumas das suas atividades.

“As plataformas precisam de ser mais responsáveis, de se tornarem mais transparentes. É tempo de ir além das medidas de autorregulação“, disse Vera Jourova, comissária dos Valores e Transparência, quando apresentou no início de setembro uma avaliação da implementação de um código de boas práticas contra a desinformação, lançado em 2018 e assinado pela Google, Facebook, Twitter, Microsoft, Mozilla e, mais recentemente, TikTok.

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