Haitong substitui vogal do conselho executivo. Entra Miguel Guiomar

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

Miguel Guiomar entrou na comissão executiva, substituindo Paulo Martins que abandonou funções no final do ano passado e passou a administrador não-executivo.

O Haitong Bank revelou que foram eleitos os órgãos sociais para o triénio 2020-2022, contando com uma mudança nos vogais da comissão executiva, segundo comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com o comunicado enviado ao mercado, a instituição que sucedeu ao antigo BES Investimento contará agora com Miguel Guiomar na comissão executiva, substituindo Paulo Martins, que segundo o relatório e contas do Haitong abandonou funções no final do ano passado e passou a administrador não-executivo.

Desta forma, a comissão executiva do banco continua presidida por Wu Min, com os vogais Miguel Guiomar, Alan Fernandes, Nuno Carvalho e Vasco Câmara Martins.

Já o conselho de administração é presidido por Lin Yong, e para além de contar com os membros da comissão executiva, conta também com António Domingues (antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos), Martina García, Pan Guangtao, Paulo Martins Vincent Camerlynck e Xinjun Zhang.

O conselho fiscal passa a ser presidido por Maria do Rosário Ventura, que sucede a Mário Paulo Bettencourt de Oliveira, que passou a vogal e será ladeado por Cristina Maria da Costa Pinto, contando ainda com Paulo Ribeiro da Silva como membro suplente.

A presidente da mesa da assembleia-geral será Maria João Ricou e o secretário David Ramalhete, e o revisor oficial de contas é a Deloitte.

Em 7 de julho, o Haitong Bank já tinha anunciado ao mercado que o Banco de Portugal (BdP) “concedeu autorização para o exercício de funções” do novo presidente do Conselho de Administração, Lin Yong, e o presidente da Comissão Executiva, Wu Min.

“(…) O Haitong Bank, S. A. (‘Haitong Bank’) informa que o Banco de Portugal concedeu autorização para o exercício de funções” do presidente do Conselho de Administração, Lin Yong, e do presidente da Comissão Executiva, Wu Min, para “o mandato do triénio 2020/2022”, refere um comunicado enviado à CMVM.

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Administrador do Grupo K alerta para risco de bares e discotecas desaparecerem

Ainda não há data para bares e discotecas reabrirem portas. Acumulam-se as dívidas no setor, onde já há situações de insolvência. O administrador do Grupo K defende a necessidade de compensações.

Foi a 18 de março que teve início o primeiro estado de emergência no país, que determinou o encerramento de vários espaços. Depois do período mais crítico da pandemia, começaram a levantar-se as medidas de restrição e os estabelecimentos que tinham fechado voltaram a abrir portas. Mas nem todos o puderam fazer, como os bares e discotecas. Já são cerca de cinco meses de inatividade, que fazem elevar o risco de o setor “pura e simplesmente desaparecer”, diz ao ECO Paulo Dâmaso, administrador do Grupo K, que detém vários espaços de animação noturna como a discoteca Urban.

O mais recente entrevistado da nova rubrica do ECO, chamada “Dar a Volta ao Turismo, adianta que já se estão a verificar situações de insolvência no setor da animação noturna. “Os meses vão passando, as dívidas vão acumulando”, aponta, já que grande parte dos empresários do setor paga rendas, bem como lay-off, que “também tem uma componente importante que empresas têm de garantir”.

Previsões de reabertura? “Todos os dias esperamos uma notícia positiva”

O setor da animação noturna não tem ainda uma previsão de quando irá reabrir, estando diariamente à espera de uma notícia positiva, sendo que afasta à partida um cenário em que as portas ficam fechadas até ao outono. Os estabelecimentos continuam sem data razoável para reabertura para reestruturarmos e reorganizar a retoma”, aponta o empresário.

Apesar de admitir que mecanismos como o lay-off e as moratórias trouxeram algum alívio às tesourarias, estes representam também um acumular de compromissos e obrigações que terão de ser pagos. Por isso, defende serem necessárias compensações para os empresários do setor equilibrarem as contas. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) já avançou com algumas propostas neste sentido, que estão, no entanto, ainda a ser analisadas pelo Ministério da Economia, sinaliza.

https://videos.sapo.pt/qwnyV58lOSwOvZ94nvww

Discotecas do futuro? Menos lotação, mais lugares sentados e fitas led na pista

Ir a uma discoteca ou a um bar não vai ser a mesma coisa. “Terá de haver uma diminuição da lotação, com mais espaços sentados”, aponta Paulo Dâmaso. Já na pista de dança, para sinalizar as distâncias de segurança entre as pessoas, vão existir orientações através de fitas led ou fluorescentes. Para além disso, terá também de ser dada formação aos seguranças ou vigilantes dos espaços.

https://videos.sapo.pt/sdhp3GVrmTQbYsmOYNVU

Bares fechados dão “péssima imagem” para turistas

Tendo em conta que os turistas estrangeiros têm vindo a ganhar cada vez mais peso na área, chegando já a compor 50% da clientela em Lisboa e cerca de 80% nos bares e discotecas do Algarve, o regresso dos visitantes internacionais iria também ajudar o negócio. Atualmente, no entanto, “os turistas que viajam para Portugal não podem ir a estes estabelecimentos, ainda encerrados, o que transmite um sentimento «negativo» a quem nos procura”, defende.

https://videos.sapo.pt/3Z0w9moIWJMb5FHuBLWs

O ECO arrancou em julho com uma rubrica nova chamada “Dar a Volta ao Turismo“, em que entrevista empresários e governantes do setor para perceber os impactos que a pandemia trouxe para o turismo e de que maneira se poderá dar a volta por cima.

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Pharol passa de lucros a prejuízo de 1,7 milhões no semestre

Prejuízo de 1,7 milhões no primeiro semestre do ano, é atribuído pela empresa liderada por Palha da Silva essencialmente a custos operacionais recorrentes que totalizaram 1,4 milhões de euros.

A Pharol passou de lucros a prejuízos na primeira metade do ano. A empresa liderada por Luís palha da Silva registou um prejuízo de 1,7 milhões de euros no primeiro semestre do ano, resultado que atribui essencialmente a custos operacionais recorrentes, revelou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a operadora, os prejuízos de 1,7 milhões de euros registados até ao final de junho comparam com lucros de 24,8 milhões atingidos no mesmo período do ano passado.

O resultado alcançado no primeiro semestre e 2020 “reflete essencialmente custos operacionais no montante de 1,4 milhões de euros e outros custos relacionados com uma coima da CMVM no valor de 250 mil euros“, dá conta a empresa. Recorde-se que a empresa foi multada pelo regulador do mercado de capitais português por omissão de informação.

Ainda assim, a Pharol salienta que “a política de contenção e disciplina nos custos, intensificada com o ocorrer da pandemia Covid-19, permitiu uma redução nos custos operacionais recorrentes de 32%” neste período.

Ao nível dos capitais próprios, a companhia revela que estes aumentaram 154 mil euros, tendo terminado o primeiro semestre de 2020 nos 131,7 milhões de euros, “refletindo a valorização da participação na Oi em 1,9 milhões de euros e o resultado líquido negativo no montante de 1,7 milhões de euros”.

Relativamente à sua participação na telecom brasileira, a Pharol diz que esta terminou o semestre com uma “valorização de 1,9 milhões de euros finalizando em 64,5 milhões de euros, tendo o ganho na cotação (20,6 milhões de euros) sido em grande parte anulado pela desvalorização cambial do Real no investimento (18,7 milhões de euros)”.

Relativamente à cotação da Oi, principal ativo da Pharol, Luís palha da Silva diz que este “apresentou apesar deste ambiente menos favorável e da desvalorização do Real, desenvolvimentos positivos que, no fim do semestre, acabaram por se traduzir num ganho para o valor da participação e permitem franco otimismo para o futuro a curto e médio prazo”. A este propósito refere em concreto “a aceitação generalizada do plano estratégico gizado, resultados palpáveis na área operacional, em particular no aumento de receita em fibra, avanços consideráveis no processo de alienação de ativos e acrescida credibilidade da Equipa executiva da companhia”.

Palha da Silva salienta ainda relativamente à venda de ativos que recebeu com “profunda satisfação a notícia de várias ofertas para o negócio móvel, com valores acima dos mínimos definidos, o que permite antever forte concorrencialidade na definição do preço final e interessante impacto na capacidade de investimento e no comportamento bolsista da Oi”.

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Governo espera impacto mínimo de 30 milhões de euros com Fórmula 1 em Portugal

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

"Na pior das hipóteses, teremos um impacto na ordem dos 30 milhões para a região e país", diz a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

O regresso do Mundial de Fórmula 1 a Portugal garantirá, “na pior das hipóteses”, um impacto económico de 30 milhões de euros, disse a secretária de Estado do Turismo.

“Na pior das hipóteses, teremos um impacto na ordem dos 30 milhões para a região e país e, na melhor das hipóteses, teremos um impacto substancialmente superior”, disse Rita Marques, durante a sessão de apresentação da prova.

O Grande Prémio de Portugal vai ser disputado no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) entre 23 e 25 de outubro, 24 anos depois da última corrida realizada no país, em 1996, no Estoril.

A governante assinalou que estão a ser trabalhados “vários cenários, nesta altura, com diferentes cargas de público” e que, em termos de lotação, tudo “dependerá da evolução epidemiológica do país e da região, em particular”.

Em relação ao apoio do Estado, Rita Marques referiu que o Turismo de Portugal tem um pré-acordo com o Autódromo Internacional do Algarve, para financiar a repavimentação da pista, numa obra “estimada em 1,5 milhões de euros”.

No dia em que o Reino Unido anunciou que mantém Portugal de fora dos corredores de viagens que isentam os passageiros de quarentena, a secretária de Estado do Turismo salientou “a opinião dos operadores económicos e do público”.

“Mais do que a decisão dos governos, é importante para nós a opinião dos operadores económicos e do público. O público internacional tinha vindo a reclamar que o Algarve, em particular Portimão, pudesse acolher esta prova. É um momento para celebrar a decisão do público, que nos ajudará a projetar Portugal aos 470 milhões de pessoas que normalmente veem esta prova”, frisou Rita Marques.

Recordando que Portugal foi distinguido, durante três anos consecutivos, como o melhor destino turístico do mundo, antes da chegada da Fórmula 1, a responsável sustentou que a prova “ajudará ainda a robustecer o posicionamento” do país.

“Estamos a trabalhar para trazer eventos a Portugal, seja em ano de pandemia, seja em ano de não pandemia. Temos feito esse esforço diariamente, trabalhando com todas as regiões. 2021 será um ano de recuperação de crescimento e continuaremos a apoiar todos os eventos”, finalizou.

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Bélgica e Lufthansa vão apoiar Brussels Airlines com 460 milhões de euros

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

O Governo belga, a Brussels Airlines e a Lufthansa aprovaram um acordo para resgatar a companhia belga, afetada pela crise causada pela pandemia de covid-19.

A companhia aérea Brussels Airlines informou esta sexta-feira que vai receber um empréstimo de 290 milhões de euros do Estado belga e uma injeção de capital de 170 milhões de euros da alemã Lufthansa para superar a atual crise.

O Governo belga, a Brussels Airlines e a Lufthansa aprovaram um acordo para resgatar a companhia belga, afetada pela crise causada pela pandemia de covid-19, mas o entendimento terá ainda de receber ‘luz verde’ do Fundo de Estabilização Económica da Alemanha e da Comissão Europeia.

O pacote de 460 milhões de euros que a companhia belga, subsidiária da Lufthansa, vai receber permitirá cobrir parte das perdas causadas pela crise e “garantir empregos diretos e indiretos” ligados às suas atividades, indicou a Brussels Airlines. “As medidas de estabilização vão permitir à Brussels Airlines superar a crise atual e continuar a operar para gerar fundos suficientes para reembolsar o empréstimo”, segundo um comunicado.

A Lufthansa também vai receber um apoio estatal alemão no valor de 9.000 milhões de euros, enquanto outros governos europeus, a que agora se junta o belga, aprovaram resgates para outras subsidiárias do grupo. O Governo austríaco vai contribuir com 450 milhões de euros para salvar a Austrian Airlines e o Governo suíço vai apoiar a Swiss e a Edelweiss com 1.500 milhões de euros.

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Retoma do turismo deverá ocorrer na primavera e verão de 2021

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

Barómetro aponta para que em termos internacionais, a retoma do turismo deva acontecer durante a primavera e o verão de 2021, segundo cerca de 80% dos inquiridos.

A retoma do turismo a nível internacional deverá acontecer durante a primavera e o verão de 2021, segundo o Barómetro do Turismo do IPDT – Instituto do Turismo, esta sexta-feira divulgado.

O nível de confiança médio no desempenho do turismo atingiu em julho 47,3 pontos, “um decréscimo abrupto face ao último registo de fevereiro de 2020” quando atingiu 79,5 pontos, pode ler-se na 62.ª edição do Barómetro do Turismo.

“Como esperado, os resultados globais do turismo nacional para o verão de 2020 vão ser fortemente penalizados devido ao impacto causado pela pandemia de covid-19”, lê-se no documento.

De acordo com o barómetro, “em termos internacionais, a retoma deverá acontecer durante a primavera e o verão de 2021” segundo cerca de 80% dos inquiridos.

Os dados apontam, no entanto, para que a retoma das atividades do setor seja mais rápida a nível interno.

Quanto à procura externa, os dados indicam “uma diminuição considerável” em 2020, prevendo-se “uma retoma acentuada a partir de abril de 2021”.

“Apesar da crise de confiança que afetou o setor das viagens, os portugueses devem continuar a viajar dentro do país, com a procura turística interna a manter-se muito próxima dos níveis registados em 2019”, conclui o barómetro.

Os inquiridos manifestaram otimismo quanto ao mercado espanhol, com um em cada cinco dos respondentes a acreditar ser possível alcançar, nos últimos seis meses de 2020, “resultados iguais ou superiores aos registados por este mercado no período homólogo de 2019”.

Os destinos de natureza (34%) e de praia (31,4%) vão liderar as escolhas dos destinos para as férias de verão em 2020 e a saúde e bem-estar também estará no topo das escolhas.

Por seu lado, “o crescimento da procura por destinos de natureza e menos massificados devem ser as principais tendências de viagem até ao final do verão de 2020, em que a segurança sanitária terá um peso considerável na decisão de viagem”, lê-se no documento.

O barómetro contou com 76 respostas obtidas num período de auscultação decorrido entre 8 e 15 de julho.

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Portway avança com despedimento coletivo se rescisões não se concretizarem

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil diz que a empresa de handling indicou que poderia avançar com um despedimento coletivo, caso rescisões por mútuo acordo não atingissem objetivos.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) disse esta sexta-feira que a empresa de ‘handling’ Portway indicou aos trabalhadores que poderia avançar com um despedimento coletivo, caso as rescisões por mútuo acordo não atinjam os objetivos que pretende.

Em comunicado, o Sintac referiu que, durante uma reunião no passado dia 17 de julho com a administração da empresa de assistência em terra nos aeroportos, foi apresentado aos trabalhadores o programa de rescisões por mútuo acordo.

O sindicato acusa a Portway de colocar aos trabalhadores uma “situação de escolha impossível” em que “ou aceitam as condições impostas pela empresa para a sua saída até ao dia 31 de agosto ou são ameaçados imediatamente de que o seu nome irá constar numa futura lista de despedimento coletivo a realizar em outubro deste ano”.

Contactada pela Lusa, a Portway disse apenas que estava a “investir” na modalidade de rescisões por mútuo acordo e que “só no final de agosto se podem fazer balanços”. Questionada sobre um possível despedimento coletivo, a empresa não comentou.

No mesmo comunicado, o Sintac recordou que a Portway recorreu a “apoios estatais durante o período de lay-off”, acusando a empresa de pretender “sobrecarregar o erário público com um despedimento coletivo, lançando assim várias centenas de trabalhadores no desemprego” para “esvaziar a empresa e adquirir no futuro novos trabalhadores com contratos precários e poucos direitos”.

O Sintac pede assim a “intervenção e supervisão do Governo e da Segurança Social” para evitar que “centenas de trabalhadores” fiquem no desemprego “tudo isto mesmo depois de terem financiado estas empresas durante meses e pondo à sua disposição ainda mais ajudas no futuro”.

No dia 17 de julho a Portway anunciou que iria lançar em agosto, um programa de saídas voluntárias por mútuo acordo, perante o impacto da pandemia de covid-19, tentando evitar “outras medidas mais penalizadoras” para os trabalhadores.

“Estão a ser desenvolvidos esforços de reorganização das operações, de redução de custos (renegociação de contratos, internalização de serviços, eliminação de custos não essenciais e centralização de compras) e foram adiados todos os investimentos não indispensáveis, por forma a minimizar o impacto da crise”, indicou a empresa, num comunicado a que a Lusa teve acesso nesse dia.

No entanto, perante o fim do regime de lay-off simplificado (redução do horário de trabalho ou suspensão dos contratos), em agosto, a Portway vai lançar “um programa de saídas voluntárias por mútuo acordo, com o objetivo de ajustar a sua estrutura de pessoal e evitar outras medidas mais penalizadoras para os trabalhadores”.

Em junho, a quebra nos movimentos dos clientes da empresa foi de 87% face a igual mês do ano anterior.

“A expectativa para o final do ano aponta para uma retoma ligeira, com perspetivas de 2020 fechar com uma quebra de 60% de movimentos face a 2019. O mês de agosto deverá ser o mês com maior atividade até ao final do ano, ainda assim 30% a 40% abaixo de 2019”, apontou a Portway.

Em 24 de março, a empresa já tinha avançado à Lusa que decidiu não renovar os contratos a termo para assegurar o seu funcionamento.

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Galamba acusa Rio de não estar “sintonizado” com Câmara de Estarreja do PSD no hidrogénio

Para o autarca social-democrata de Estarreja, o hidrogénio é já tido como uma “fonte de energia que se vai revelando solução cada vez mais viável". Rio disse o contrário no Estado da Nação.

O secretário de Estado da Energia, João Galamba, reagiu no Twitter à intervenção de Rui Rio esta sexta-feira no debate do Estado da Nação, onde o presidente do PSD disse que a aposta no hidrogénio pode ser um projeto “extremamente perigoso” por se tratar de uma “tecnologia ainda muito atrasada”. “Não temos condições para aventuras nem para ideias megalómanas”, atirou Rio no Parlamento.

Nas redes sociais, Galamba não demorou a escrever que “Rui Rio não está sintonizado com a Câmara de Estarreja, que apoia o projeto de hidrogénio “mais megalómano” de todos, o da Bondalti. É que a Câmara de Estarreja, que é do PSD, é promotora do maior projeto (de longe) apresentado”.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Estarreja tinha já revelado que a Bondalti Chemicals apresentou a sua manifestação de interesse de investimento na fileira industrial do hidrogénio com o projeto “H2Enable – The Hydrogen Way for Our Chemical Future”, no valor de 2,4 mil milhões de euros e cuja implementação será até 2040.

Para Diamantino Sabina, presidente da autarquia, “as décadas de experiência do complexo químico, confere-lhe o mote para ser também líder na indústria limpa e sustentável”. Na sua visão, mesmo com o futuro ainda incerto, o hidrogénio é já tido como uma “fonte de energia que se vai revelando solução cada vez mais viável. Vejo neste projeto a necessária determinação e arrojo e, claro, com ele o desenvolvimento do nosso concelho e região”, disse o autarca social-democrata no comunicado. Esta proposta prevê a criação entre 55 e 70 novos postos de trabalho diretos.

Mas o líder do PSD tem uma opinião diferente sobre o hidrogénio. “Para termos investimento privado, só com subsídios. Receio que tenhamos pela frente mais um episódio de rendas garantidas agora para o hidrogénio”, disse o líder do PSD, questionando porque é que a “fatia de leão” do investimento será em Sines tendo em conta que “os custos de transporte do hidrogénio são brutais”.

“Será que é em Sines porque este negócio interessa mais à EDP do que aos portugueses, a exemplo do negócio de rendas excessivas que agora o Ministério público está a investigar? Não temos condições para aventuras nem para ideias megalómanas. E a situação pode ser pior se o Governo vier a fazer novos leilões com rendas garantidas para a energia renovável agora com a desculpa que é para produzir hidrogénio”, acusou Rio, rematando: “Pode garantir-nos que não haverá mais negócios da China?”.

Luís Leite Ramos, também do PSD, pediu a Costa para explicar se o Governo vai realizar um concurso internacional para a escolha dos parceiros estratégicos do Governo na fábrica de hidrogénio que vai nascer em Sines.

Em resposta, o primeiro-ministro António Costa garantiu esta sexta-feira no debate do Estado da Nação que a aposta do Governo português no hidrogénio verde não vai gerar novas rendas excessivas no setor da eletricidade, como aconteceu no passado com os CMEC nas centrais térmicas ou as tarifas feed in nas renováveis.

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CGD muda cara das agências. Quer ser mais tech

  • ECO
  • 24 Julho 2020

Banco público inaugurou esta sexta-feira um novo modelo de agência. Terá uma nova imagem e organização, reforçando-se a proximidade com clientes e a aposta na tecnologia.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) inaugurou esta sexta-feira o novo modelo de agência, com uma nova imagem e organização, apostando na proximidade com os clientes e na tecnologia.

“A Caixa sempre colocou os interesses dos seus clientes e depositantes em primeiro lugar. A nova agência traduz num espaço físico esse nosso posicionamento, com maior abertura, com menores obstáculos visuais e com os nossos trabalhadores disponíveis para os servir de uma forma rápida e ágil”, referiu o presidente executivo do banco, Paulo Macedo, na cerimónia de inauguração do modelo de balcão, que decorreu em Mangualde, Viseu, e que contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Segundo o banco, o novo modelo de atendimento da CGD, que será extensível a toda a sua rede de agências, “resulta da necessidade de intensificação da relação com os clientes, reforçando a proximidade e o desenvolvimento de um modelo de equipas polivalentes”.

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Marcelo pede “sustentação política alargada para oportunidade” dada pelos milhares de milhões que vêm da Europa

Marcelo Rebelo de Sousa apelou esta sexta-feira aos partidos para que haja uma "sustentação política alargada" para a oportunidade que serão os fundos europeus dos próximos anos.

O Presidente da República considera que os partidos devem almejar por uma “sustentação política alargada” para agarrar a “oportunidade” que serão os milhares de milhões de euros que virão da União Europeia durante os próximos anos. Num discurso feito na visita à Continental Mabor, fábrica que comemora 30 anos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que esse “dinheiro é de todos os portugueses” e que este não se pode tratar “de um projeto restritivo de portugueses”.

Em declarações transmitidas pela RTP3, o chefe de Estado afirmou que “todos portugueses esperam que se tire máximo proveito desta oportunidade única” que chegou de Bruxelas com o acordo realizado no Conselho Europeu após cinco dias de negociações intensas. “A Europa decidiu ser unida para ultrapassar a crise e para preparar a mudança” da segunda metade do século, acrescentou, argumentando que este acordo “deve motivar diálogo e entendimento” em Portugal.

Em causa estão quase 58 mil milhões de euros que Portugal poderá investir nos próximos dez anos, incluindo o dinheiro ainda por executar do Portugal 2020, o do próximo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e o do Fundo de Recuperação europeu. O anúncio foi anunciado na terça-feira de madrugada, no mesmo dia em que António Costa Silva apresentou a sua Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal, mas o Parlamento Europeu, que tem poder de veto, ainda terá de dar o seu aval ao acordo em setembro para que este se concretize.

Temendo os perigos e a dificuldade de executar todo este dinheiro, o Presidente da República já tinha avisado esta semana que é preciso aproveitar esta oportunidade com responsabilidade. Agora nesta visita a Famalicão, Marcelo voltou a fazer o aviso, referindo que “o dinheiro não é do partido A ou B“, mas sim de todos os portugueses. “Tem de ser bem gasto e não pode ser perdido”, alertou, assinalando que os prazos apertados de execução são um desafio para a administração pública, a qual terá de “acompanhar o ritmo”.

Minutos depois, em resposta aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa clarificou que “é preciso que haja uma base política e social de apoio muito ampla“, falando não só para partidos mas também para parceiros sociais. “Recordo que nós temos um Governo minoritário”, disse, relembrando ainda que “este [fundos europeus] é um projeto para várias legislaturas e vários mandatos presidenciais” pelo que é necessária uma “capacidade de convergência o mais ampla possível”. Mais: para Marcelo “seria uma pena que um projeto desta envergadura não tivesse o maior apoio possível“.

O Presidente da República disse ainda que a Continental Mabor era uma “história exemplar” para a qual “é bom olhar” neste momento em que é preciso investir na economia portuguesa. “Espero que a Continental Mabor continue a investir”, apelou, assinalando que a empresa “está a celebrar o passado, mas também a apontar-nos o sentido do futuro”.

(Notícia atualizada às 18h16 com mais informação)

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Hoteleiros algarvios “desiludidos” por Reino Unido manter quarentena

  • Lusa
  • 24 Julho 2020

“É uma enorme desilusão. Estávamos à espera que o Reino Unido pudesse reverter a situação”, disse o o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

A decisão do Reino Unido de manter Portugal fora do corredor aéreo que dispensa quarentena no regresso ao país devido à pandemia foi recebida com “desilusão” pelo presidente da principal associação hoteleira algarvia.

“É uma enorme desilusão. Estávamos à espera — pelas notícias que vinham sendo divulgadas ultimamente que o Reino Unido pudesse reverter a situação”, afirmou o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, à Lusa. O presidente da AHETA frisou que uma mudança de parecer do Reino Unido, a ter acontecido, não iria permitir já uma recuperação dos “prejuízos maiores causados pela primeira decisão”, no início de julho, mas produziria efeitos na procura a partir de setembro, quando o golfe entra na época alta no Algarve.

“Esperávamos que, com a reversão dessa situação, a partir de setembro, pudéssemos ter já aqui uma operação normal quando começasse a época turística alta do golfe, mas esta decisão veio comprometer tudo isto”, lamentou.

O dirigente da associação empresarial algarvia criticou o Reino Unido por ter “dois pesos e duas medidas” e disse “não compreender” por que razão Portugal fica fora do corredor aéreo, enquanto “destinos concorrentes apresentam contágios e óbitos em número bastante superior, não apenas a Portugal, mas sobretudo ao Algarve”.

“Podemos indagar se os critérios utilizados são sérios e responsáveis”, questionou Elidérico Viegas, dando os exemplos de “Espanha, Itália e outros destinos que não fazem testes e aparecem na estatística como bons da fita”, enquanto Portugal continua obrigado a quarentena com uma situação epidemiológica menos gravosa.

Elidérico Viegas voltou a pedir ao Governo e à diplomacia portuguesa para “desenvolverem os esforços que lhes compete no sentido de reverter uma situação”, que qualificou como “injusta e penalizadora, não apenas para o Algarve e as empresas algarvias, mas também para o país”.

“Esperava que o Reino Unido fosse sensível e mostrasse sensibilidade às opiniões que têm sido publicamente manifestadas, quer aqui, quer na imprensa britânica, porque esta decisão não é só lesiva dos nossos interesses, mas também dos interesses dos britânicos que querem vir ao Algarve e a Portugal”, acrescentou.

Portugal continua de fora dos corredores de viagens que isentam os passageiros de quarentena na chegada ao Reino Unido, apesar de o Governo britânico ter adicionado hoje cinco países. Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia e as ilhas de St. Vincent, nas Caraíbas, foram hoje acrescentadas à lista pelo ministério dos Transportes britânico, na sequência de uma avaliação dos riscos de infeção.

A partir de dia 28 de julho, as pessoas que viagem destes países para Inglaterra não precisam de cumprir a quarentena de 14 dias exigida, cabendo depois às restantes nações (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) aplicar a decisão do Governo britânico. O ministério dos Transportes acrescenta que poderá introduzir “alterações semanalmente (se necessário), para refletir a mudança do panorama da saúde a nível internacional”, adicionando países à lista ou impondo restrições se a situação de saúde de um país se deteriorar.

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“Borlas” no MB Way e nas comissões do crédito só chegam no fim do ano, início do próximo

Pacote legislativo que determina um travão às comissões no MB Way e no crédito apenas entra em vigor 120 dias após a publicação em Diário da República.

O Parlamento colocou um travão às comissões que os bancos podem aplicar no MB Way e acabou com um conjunto de encargos associados ao crédito, nomeadamente no processamento de prestações nos novos empréstimos. Contudo, para beneficiar dessas “borlas”, os clientes bancários ainda vão ter de esperar algum tempo. Possivelmente, só no início do próximo ano essas isenções devem “sair do papel” e refletir-se efetivamente em encargos mais baixos para as famílias.

O pacote legislativo sobre comissões bancárias foi aprovado com um largo consenso no Parlamento na passada quinta-feira. Contudo, o texto final com as alterações à atual legislação de comissões bancárias acertado pelos partidos no grupo de trabalho sobre comissões bancárias prevê que estas entrem em vigor apenas 120 dias após a publicação em Diário da República. Ou seja, apenas quatro meses depois.

Tendo em conta que já estamos no final do mês de julho, e que estas alterações ainda têm de ser publicadas em Diário da República, na melhor das hipóteses só no final deste ano, mas possivelmente só no início do próximo ano, essas “borlas” entram de facto em vigor.

Quando tal se confirmar, os bancos passam a ser obrigados nomeadamente a isentar as transferências MB Way em que o limite por operação vá até aos 30 euros, num limite mensal de 150 euros, e até 25 transferências por mês. Nas transferências acima deste patamar passa a ser aplicada uma taxa igual ao do regulamento de transferências da Comissão Europeia, na percentagem de 0,2% para cartões de débito e 0,3% para os cartões de crédito.

Para além da limitação da cobrança no MB Way, foi determinado também o fim de algumas comissões tipicamente associadas ao crédito. Nomeadamente, as comissões nos distrates associadas à extinção ou rescisão de contratos e nas renegociações do crédito. As declarações de dívida para fins sociais — como por exemplo para apresentação em escolas ou creches — também passam a ser gratuitas até a um limite de seis por ano. Foi ainda votado o fim das comissões exigidas pelos bancos pelo processamento das prestações do crédito, mas que só se aplicará nos novos contratos, ficando de fora os já existentes.

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