Produção renovável abastece 51% do consumo de eletricidade em 2019
A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis abasteceu 51% do consumo nacional em 2019, com a eólica a representar 27%, a quota mais elevada de sempre,.
A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis abasteceu 51% do consumo nacional em 2019, com a eólica a representar 27%, a quota mais elevada de sempre, divulgou esta sexta-feira a REN – Redes Energéticas Nacionais.
De acordo com os dados da REN, em 2019 a produção renovável abasteceu 51% do consumo nacional de energia elétrica em 2019, com a eólica a representar 27% do consumo, a quota mais elevada de sempre para esta tecnologia, a hidroelétrica 17%, a biomassa 5,5% e a fotovoltaica 2,1%.
A energia solar fotovoltaica foi, de acordo com a REN, a fonte que mais cresceu no ano passado, tendo ultrapassado pela primeira vez o valor de um terawatt-hora (TWh) de produção anual.
Já o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,81 (abaixo da média, que é de 01) em 2019, tendo os últimos dois meses do ano melhorado a produção das barragens.
Em dezembro, o índice de produtibilidade atingiu 1,77.
Por sua vez, o índice de produtibilidade eólica registou 1,05 em 2019, e 1,13 em dezembro.
“A conjugação destes fatores permitiu que entre o dia 18 e 23 de dezembro se verificasse um período de 131 horas consecutivas, o mais longo de sempre, com a produção renovável a ultrapassar o consumo”, adiantou a REN.
Assim, em dezembro de 2019, o conjunto da produção renovável abasteceu 76% do consumo nacional (incluindo saldo exportador) e a produção não renovável os restantes 24%.
O saldo de trocas com o estrangeiro relativo às renováveis foi exportador (vendeu-se mais a Espanha do que se comprou) e “foi particularmente elevado” no último mês do ano, equivalendo a 19% do consumo nacional.
Por outro lado, a produção não renovável abasteceu, em 2019, 42% do consumo, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, representando a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, em 1989.
No discurso de tomada de posse em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu novo Governo está preparado para encerrar a central de Sines – da EDP – em setembro de 2023.
No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era “entre 2025 e 2030”.
No ano passado, Portugal comprou mais eletricidade proveniente de fontes não renováveis a Espanha do que a que vendeu, uma vez que o saldo de trocas com o estrangeiro foi importador, após três anos exportadores, abastecendo 7% do consumo nacional.
Relativamente ao mercado de gás natural, a REN refere uma evolução positiva de 7% em dezembro, “com o segmento convencional a registar uma quebra homóloga de 3,2%, compensado pelo crescimento do segmento de produção de energia elétrica a gás que apresentou um crescimento homólogo de 46%, resultado da competitividade da produção a gás natural face ao carvão”.
Em 2019, o consumo de gás natural totalizou 67,9 TWh, com uma variação anual de 4,8%, o segundo consumo anual mais elevado de sempre, mas 2,5% abaixo do máximo, registado em 2017.
Consumo de eletricidade em Portugal cai 1,1% em 2019
O consumo de energia elétrica em Portugal caiu 1,1% em 2019, em termos homólogos, para 50,3 terra watt-hora (TWh), ficando 3,6% abaixo do máximo registado em 2010, segundo dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), divulgados esta sexta-feira.
De acordo com um comunicado enviado pela gestora do sistema elétrico, em 2019, o consumo de energia elétrica “totalizou 50,3 TWh, com uma variação de -1,1% face ao valor verificado no ano anterior”.
Considerando os efeitos da temperatura e o número de dias úteis, que têm impacto no consumo, a variação é de -0,2%, praticamente em linha com o valor do ano anterior.”
“O consumo registado este ano fica 3,6% abaixo do máximo registado em 2010”, refere.
Já em relação ao mês de dezembro de 2019, os dados da REN indicam uma evolução homóloga positiva no consumo de eletricidade, “com um crescimento de 2,0%, ou 2,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”.
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