Turismo na região de Lisboa gerou mais de 14,7 mil milhões de euros em 2018
A maioria dos turistas que visitam Lisboa são do Brasil, França, Estados Unidos da América e Espanha. Em média, gastaram 153,5 euros por dia e ficaram 4,5 noites na região.
O setor do turismo em Lisboa gerou mais de 14,7 mil milhões de euros e 201 mil postos de trabalho em 2018, o que correspondeu a 20,3% do PIB desta região, avançou esta quarta-feira a Associação Turismo de Lisboa (ATL).
Segundo o estudo de impacto macroeconómico do turismo em Lisboa em 2018, realizado pela Deloitte para a ATL, a produção total dos agentes da cadeia de valor do turismo nesta região de Lisboa registou, entre 2005 e 2018, “um aumento médio anual de 11%”, assim como uma taxa de crescimento de 5,1% no nível de emprego no setor.
Os resultados do estudo permitem concluir que “a produção total do setor do turismo correspondeu a 20,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da região de Lisboa, em 2018”, revelou a ATL, em comunicado, destacando o impacto direto e indireto na geração de riqueza e no emprego da atividade turística.
Sobre a geração de riqueza, o estudo concluiu que o valor das receitas gerado pelos estabelecimentos hoteleiros na região de Lisboa prova que a dinâmica se mantém em crescimento, desde 2012, atingindo “o preço médio por quarto de 108,57 euros em 2018”.
À semelhança dos estabelecimentos hoteleiros, “o alojamento local continua a afirmar-se, tendo gerado mais 37,7% em receitas, quando comparado com 2017”, indicou a ATL.
Outras atividades que registaram aumentos das receitas por via do turismo em 2018 foram a restauração, que cresceu 26% e superou os 900 milhões de euros, os transportes, que subiram 13%, o golfe, com um aumento de 5,86%, e a cultura, que atingiu o valor de 98 milhões de euros, com receitas em museus, eventos e festivais de música.
Relativamente à proveniência dos turistas estrangeiros que visitaram Lisboa, a maioria são do Brasil, França, Estados Unidos da América, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália. “Em média, gastaram 153,5 euros por dia e ficaram 4,5 noites na região”, referiu a ATL, acrescentando que 95,1% dos turistas chegaram de avião, 93% viajaram para Lisboa em lazer e cerca de 90% visitaram a região pela primeira vez.
Relativamente à criação de emprego em 2018, os dados apontam para um crescimento “de forma ininterrupta desde 2013”, verificando-se que os setores de animação turística e comércio foram os que mais aumentaram em termos de manutenção e geração de postos de trabalho.
“Os mais de 96 mil postos de trabalho diretos decorrem de um crescimento de 6%, como resultado do aumento da atividade turística”, concluiu o estudo.
No comunicado, a ATL apontou que o “desenvolvimento do turismo tem ainda gerado um outro conjunto de impactos que beneficiam os residentes na região de Lisboa e os visitantes, nomeadamente a requalificação urbana e o enriquecimento da oferta sociocultural, com a criação de um maior número de eventos e atividades de animação e equipamentos de lazer”.
Para o presidente-adjunto da ATL, José Luís Arnaut, a região de Lisboa tem feito com que a dinamização do turismo permita “gerar riqueza nas diferentes atividades e agentes da cadeia de valor do setor”, nomeadamente na construção, restauração, atividades culturais e comércio.
“Este é o caminho a manter, com os devidos ajustes em função da exigência, cada vez maior, associada ao patamar de excelência a que já chegámos”, defendeu José Luís Arnaut, citado no comunicado.
Por seu lado, o diretor-geral da ATL e presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) da região de Lisboa, Vitor Costa, considerou que os resultados do estudo de impacto macroeconómico “demonstram o acerto da estratégia de desenvolvimento regional do turismo que tem vindo a ser implementada e colocam novos desafios à sustentabilidade económica, social, ambiental e territorial desta atividade, a que a implementação do novo plano estratégico recentemente aprovado tem que responder”.
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