“BPI sempre foi muito sério e rigoroso” no tratamento do branqueamento de capitais
Pablo Forero diz, relativamente a Isabel dos Santos, que o banco que lidera sempre analisou todas as ações dos clientes, sejam acionistas ou não. Já olhou para as 433 empresas com ligações à angolana.
“Estamos tranquilos“. É assim que Pablo Forero, CEO do BPI, considera que a instituição que lidera se encontra relativamente ao escândalo do Luanda Leaks que visa a angolana Isabel dos Santos e que levantou o véu para situações de branqueamento de capitais no setor.
“Temos uma equipa muito boa de acompanhamento de todos os nossos clientes, sem exceção, e em que estamos a investigar suspeitas sobre branqueamento de capitais. Estamos tranquilos”, assumiu durante a apresentação de resultados do BPI nesta segunda-feira.
A este propósito, Pablo Forero diz haver um “processo a seguir” e que “se alguém fez alguma coisa, nós fizemos a identificação”.
Relativamente aos passos seguidos nesse âmbito, o CEO reconheceu que o banco optou por fazer o que se poderá designar de um double check que foi analisar “uma por uma”, cada uma das 433 empresas com ligações a Isabel dos Santos e se estas “têm ou tiveram conta no BPI”. “Já identificamos aquelas com que teríamos de ter mais cuidado e estamos a fazer o trabalho normal que temos de fazer”.
Já no que respeita a eventuais danos reputacionais que possam resultar do escândalo que envolve Isabel dos Santos, que foi acionista do BPI entre 2009 e 2016, Pablo Forero volta a mostrar-se tranquilo. “Estamos tranquilos porque sempre estivemos a analisar todas as ações dos nossos clientes, sejam eles mesmo também acionistas”.
“O BPI sempre foi muito sério e rigoroso nestes aspetos”, reforça, reconhecendo, contudo, que assuntos como os que envolvem a empresária no âmbito do Luanda Leaks “não ajudam à reputação dos bancos em geral”.
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