Metade dos “cheques” para empresas comprarem carros elétricos desapareceram em 24 horas
Dos 300 "cheques" destinados às empresas para comprarem carros elétricos, metade já foram "reservados". Há 700 para particulares.
Está a ser grande a procura pelo Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões, especialmente pelas empresas. Passadas menos de 24 horas desde a abertura das candidaturas, metade dos “cheques” destinados a pessoas coletivas desapareceu.
O Governo decidiu, este ano, atribuir os mesmos 1.000 “cheques” para a compra de veículos ligeiros de passageiros elétricos que concedeu nos últimos anos. Contudo, tendo em conta a crescente proporção de pedidos por parte de pessoas coletivas, e procurando garantir o acesso ao apoio por parte dos particulares, destinou apenas 300 para empresas.
As candidaturas foram abertas ao mesmo tempo que foi publicado o despacho em Diário da República em que foram definidas as regras. Foi esta terça-feira, 10 de março, que ficou disponível a ficha de candidatura. Rapidamente começaram a “chover” pedidos.
De acordo com os dados do Fundo Ambiental, responsável pela gestão dos quatro milhões de euros destinados a incentivar a mobilidade elétrica, para os 300 “cheques” de 2.000 euros para pessoas coletivas, existem já 152 pedidos, apenas 24 horas depois.
Além destes 300, existem, contudo, outros tantos “cheques” para a aquisição de veículos ligeiros de mercadorias que sejam elétricos. Estes apoios são tanto para empresas como para particulares, mas pela natureza dos veículos, tendencialmente serão as empresas a arrebatar estes apoios de 3.000 euros.
Mais de uma centena de “cheques” para particulares
O número de pedidos para incentivos à compra de ligeiros de passageiros por parte tanto de empresas como de empresários em nome individual, que depois têm ainda a vantagem de poderem deduzir os custos suportados com estes veículos, é superior ao registado no caso dos particulares. Ainda assim, os dados do Fundo Ambiental apontam para 119 candidaturas, havendo já uma excluída.
No caso dos particulares, o apoio à compra de ligeiros de passageiros elétricos é superior ao das empresas — sendo idêntico ao aplicado aos ligeiros de mercadorias. O despacho publicado em Diário da República prevê a “atribuição de unidades de incentivo no valor de 3.000 euros”, sendo que em qualquer dos casos o veículo a adquirir nunca poderá superar os 62.500 euros.
Corrida aos elétricos. Já se venderam 8.500
Os “cheques” do Estado têm ajudado a aumentar as vendas de veículos elétricos, sendo que a crescente oferta das marcas também contribui para o crescimento desta forma de propulsão. No ano passado as vendas voltaram a acelerar, mantendo-se o ritmo já no arranque de 2020.
De acordo com os dados da ACAP, em janeiro e fevereiro foram matriculados 8.576 veículos totalmente elétricos, com a Nissan e a Tesla a destacarem-se. Se no ano passado a fabricante norte-americana foi a líder, este ano a Nissan assume a dianteira com 2.153 unidades comercializadas. A Renault segue em terceiro lugar com 1.328 veículos vendidos.
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