AEP diz que medidas de apoio à economia são “insuficientes” e “pouco claras”
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) considera que as medidas de apoio às empresas que foram apresentadas pelo Governo são "insuficientes" e de aplicação "pouco clara".
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) considera que as medidas de apoio à economia e ao emprego, anunciadas esta quarta-feira pelo Governo, no âmbito da pandemia do novo coronavírus, “pecam por serem insuficientes”. A associação destaca ainda que são “pouco claras na sua aplicação”.
“A situação de emergência que vive a economia e as empresas, com vista a evitar-se o colapso de todo o sistema, obriga a medidas mais ambiciosas, claras e de aplicação imediata”, lê-se num comunicado da instituição liderada por Luís Miguel Ribeiro.
Para a Associação Empresarial de Portugal “a magnitude do conjunto destas medidas está ainda muito longe de alcançar as reais necessidades do nosso tecido empresarial, por forma a minimizar a profundidade da recessão da atividade económica, já sentida como certa”, lamenta a AEP.
A situação de emergência que vive a economia e as empresas, com vista a evitar-se o colapso de todo o sistema, obriga a medidas mais ambiciosas, claras e de aplicação imediata.
A associação alerta ainda que o pacote de medidas agora anunciado, no valor de 9,2 mil milhões de euros, “equivale a menos de 5% do PIB [Produto Interno Bruto] anual português, muito longe do anunciado pela nossa vizinha Espanha, que ultrapassa os 16% do PIB anual espanhol”.
Para a AEP as linhas de crédito com garantia, as moratórias dos créditos e a flexibilização das obrigações fiscais e contributivas “são medidas positivas, que atuam em áreas que consideramos muito importantes, com impacto na tesouraria das empresas e na sua própria sobrevivência”.
No entanto, a organização defende que é preciso medidas “mais ambiciosas”. “Uma situação excecional, como a que estamos a viver, requer uma atuação excecional, em montante e em celeridade na sua implementação. Há que fazer mais, muito mais e com efeito imediato”, lamenta a AEP.
Face à pandemia, que já infetou pelo menos 642 pessoas em Portugal, a AEP considera que “Portugal tem de ter a ambição de conseguir manter a capacidade de criação, atual e futura, de valor”. Caso contrário, defende que “estará comprometido o futuro do nosso país e da nossa sociedade”.
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