Subida do preço das casas abrandou pela primeira vez em três anos. Aumentou 9,6% em 2019
No ano passado transacionaram-se 181.478 habitações, mais 1,6% do que em 2018, refere o INE. Em montante, estas transações ascenderam a 25,6 mil milhões de euros.
As casas ficaram mais caras no ano passado, com os preços a subirem 9,6% face a 2018, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, este desempenho representa a primeira desaceleração nos últimos três anos. Naquele período houve 181.478 transações, o equivalente a uma subida de 1,6% face ao ano anterior, num total de 25,6 mil milhões de euros.
No ano passado, embora o Índice de Preços da Habitação (IPHab) tenha subido 9,6% face a 2018, mostrou uma subida menos acentuada do que a observada em 2018, ano em que os preços das casas tinham aumentado 10,3%. Isto representa o primeiro abrandamento anual do ritmo de crescimento dos preços dos imóveis nos últimos três anos, refere o INE.
“A trajetória de aumento dos preços continuou a ser extensível a ambas as categorias de habitações tendo sido mais pronunciada nas habitações existentes (10,1%) por comparação com as habitações novas (7,6%)“, lê-se na nota.
Ainda no ano passado, transacionaram-se 181.478 habitações, “o registo mais elevado da série disponível”, que se inicia em 2013, diz o INE. Este número representa uma subida de 1,6% face a 2018, “a mais baixa taxa de variação desde 2013”. As habitações existentes continuaram a representar a maior parte das transações (85,3%).
Falando em valores, as mais de 181.000 transações imobiliárias feitas no ano passado totalizaram 25,6 mil milhões de euros, um aumento de 6,3% face ao período homólogo. Deste montante, 20,7 mil milhões corresponderam a vendas de habitações existentes e 4,9 mil milhões a habitações novas. Nos últimos cinco anos, refere o INE, o “valor das habitações transacionadas mais do que duplicou (105,1%)”.
De todas as transações realizadas no ano passado, 63% aconteceram na zona de Lisboa e no Norte. Contudo, diz o INE, pela primeira vez desde 2013 observou-se uma redução do peso relativo conjunto destas duas regiões. Em termos de crescimento, o Centro e o Alentejo foram as zonas que mais cresceram relativamente a quotas relativas regionais.
O INE nota que os números revelados esta segunda-feira “não refletem ainda a situação atual determinada pela pandemia do novo coronavírus“, sendo de esperar que “as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente”.
(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)
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