Crash no petróleo pressiona Europa. Galp cai 2% e arrasta Lisboa
As bolsas europeias estão a ceder depois da queda histórica nos preços do petróleo. A Galp, mas também o BCP, estão a pressionar a praça portuguesa com quedas superiores a 2%.
As bolsas europeias estão a seguir a tendência de queda dos mercados asiáticos, depois de um dia histórico em que o preço do barril de petróleo para entrega em maio caiu para um valor abaixo de zero em Nova Iorque. A praça portuguesa também desvaloriza, pressionada por uma queda de 2% nas ações da Galp Energia.
Enquanto o Stoxx 600 recua 0,43%, o alemão DAX cede 0,28% e o francês CAC-40 perde 0,46%. A desvalorização é mais acentuada em Portugal, com o PSI-20 a cair cerca de 1%, para perto dos 4.090 pontos, pressionado pela banca e pelo setor petrolífero.
Esta segunda-feira ficou para a história como o dia em que os preços do petróleo caíram para -40 dólares nas negociações em Nova Iorque, à medida que os traders tentavam desesperadamente vender os contratos futuros do WTI que expiram esta terça-feira. Em causa, o facto de já não terem mais espaço de armazenamento para receberem os barris físicos.
Em Lisboa, a Galp Energia, que viu-se obrigada a anunciar a paragem da refinaria de Sines a partir de 4 de maio durante um mês por já estar no limite da capacidade de armazenagem, está a ceder quase 2%. A queda das cotações do petróleo — WTI está a negociar a -5 dólares e o Brent recua para menos de 24 dólares — leva os títulos da empresa a recuar 1,60%, para 9,446 euros.
Não é, porém, a única cotada nacional a pesar em Lisboa. O BCP está a desvalorizar 2,56%, para 9,5 cêntimos, numa altura em que as ações dos CTT perdem 0,87%, para 2,285 euros. Dos correios para as telecomunicações, a operadora Nos perde 0,66%, para 3,22 euros por ação.
Já a EDP recua 0,40%, para 3,701 euros, enquanto a participada EDP Renováveis, que celebrou um novo contrato de fornecimento de energia em Espanha, segue em contraciclo e evita perdas ainda maiores no índice nacional ao cotar em 10,66 euros por ação, una valorização intradiária de 0,57%.
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