Indicador de confiança dos consumidores europeus cai a pique em abril
Indicador de confiança dos consumidores caiu a pique, em abril, na Zona Euro e na UE, revelam estimativas da Comissão Europeia, que apontam “mínimos históricos" e semelhantes aos da crise de 2009.
O indicador de confiança dos consumidores caiu a pique, em abril, na Zona Euro e na União Europeia (UE), revelam estimativas divulgadas esta quarta-feira pela Comissão Europeia, que apontam “mínimos históricos” e semelhantes aos da crise de 2009.
Segundo as estimativas provisórias da Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros do executivo comunitário, o indicador de confiança dos consumidores caiu 11,1 pontos percentuais na Zona Euro e 11,6 pontos percentuais no conjunto da UE em abril.
“Situando-se em -22,7 pontos na zona euro e em -22,0 pontos na UE, ambos os indicadores caíram para valores muito inferiores às suas médias de longo prazo”, que eram de -11,1 e de -10,4, respetivamente”, assinalam os serviços da Comissão Europeia.
Segundo a Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros, os valores registados em abril estão, assim, “próximos dos mínimos históricos registados durante a grande recessão de 2009”.
Esta é uma estimativa rápida divulgada todos os meses pela Comissão Europeia, que tem por base questionários feitos aos consumidores europeus, analisando assim o consumo privado final.
Porém, os valores hoje divulgados e referentes a abril não têm em conta dados atualizados de Itália, país para o qual o executivo comunitário recorreu aos números de março, assumindo não existirem variações, para fazer as suas contas, devido à ausência de novas informações.
A explicar esta queda a pique estará a pandemia de covid-19, que levou a uma suspensão de grande parte dos negócios depois de medidas restritivas adotadas pelos Estados-membros para tentar conter a propagação do novo coronavírus, causando também uma grave crise económica.
Aquando da atualização dos dados com os números de Itália, o indicador de confiança dos consumidores poderá apresentar ainda quedas maiores, dado que este é o país europeu mais afetado pela covid-19.
A nível global, a pandemia já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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