Petróleo dispara 15%. Stocks sobem menos do que o esperado
Preço do barril de crude dispara 15% em Nova Iorque, enquanto o do brent londrino soma 5%. Subida das reservas aquém do esperado e perspetiva de retoma de atividade das economias puxam pelas cotações.
Após o tombo da última sessão, o petróleo recupera. As cotações do “ouro negro” avançam nos dois lados do Atlântico, com o crude a sobressair com um disparo de 15%, em Nova Iorque. Subida das reservas aquém do esperado e perspetivas de retoma de atividade das economias puxam pela cotação da matéria-prima.
Após fortes desvalorizações na sessão anterior, as cotações do petróleo recuperam, com o barril de brent a avançar 5,27%, para os 21,53 dólares, em Londres. Mais acentuada é a recuperação do crude que dispara 15,48%, para os 14,25 dólares, em Nova Iorque.
O avanço das cotações acontece depois de conhecido que os stocks de petróleo dos EUA subiram de 10 milhões de barris para 510 milhões de barris na semana até 24 de abril, de acordo com os dados divulgados pelo American Petroleum Institute na terça-feira. A expectativa dos analistas apontava para um incremento superior: 10,6 milhões de barris.
Cotações do brent aceleram
“É uma boa notícia que o armazenamento talvez não esteja a encher tão rapidamente nos EUA como seria de pensar”, disse Lachlan Shaw, responsável pelo research de commodities do National Australia Bank, em Melbourne, citado pela Reuters.
Ainda esta quarta-feira, o mercado terá outra leitura sobre os stocks dos EUA quando a Administração de Informação sobre Energia dos EUA divulgar os seus dados semanais.
A expectativa é que os cortes de produção dos produtores de xisto dos EUA, estimados pelos consultores da Rystad Energy em 300 mil barris por dia para maio e junho, possam ajudar a travar o crescimento do armazenamento.
A perspetiva é também que a reabertura das economias após o confinamento ditado pelo coronavírus possa ajudar a puxar pela procura de “ouro negro” e colocar um travão à derrapagem das cotações.
(Notícia atualizada às 9h05)
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