Caixa sem data para relançar venda do banco no Brasil
Propostas para a compra do Banco Caixa Geral Brasil não convenceram. Agora haverá novo processo de venda do negócio brasileiro. Não há data de início, mas objetivo é concluir operação ainda este ano.
Não há data para a Caixa Geral de Depósitos (CGD) relançar a venda do seu banco no Brasil. Depois de ter rejeitado as propostas do primeiro concurso, o Governo determinou novo processo de alienação do Banco Caixa Geral Brasil, mas só quando estiverem reunidas as condições, tendo em conta a atual pandemia do novo coronavírus.
O Executivo rejeitou na semana passada, em Conselho de Ministros, as propostas apresentadas para a compra do banco brasileiro na semana passada, porque não estava “garantida, à luz do interesse público, a concretização dos objetivos subjacentes ao processo de alienação”.
O Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia eram os três candidatos à compra do Banco Caixa Geral Brasil, mas as propostas não agradaram, com o Governo a seguir a posição do banco público liderado por Paulo Macedo.
O relançamento do processo de venda da operação no Brasil, prevista no plano de reestruturação da CGD acordada entre Governo e Comissão Europeia, aguarda assim por uma normalização das condições do mercado.
Em Diário da República lê-se que fica previsto o “relançamento, por parte da CGD, do processo de alienação das ações representativas da totalidade do capital social da sociedade Banco Caixa Geral – Brasil, quando estejam reunidas as condições de mercado, tendo em conta o atual contexto epidemiológico, em termos e condições a definir”.
Venda até final do ano
No início do mês, o ECO questionou o banco sobre o processo de venda do Banco Caixa Geral Brasil, nomeadamente em relação à intenção de alienação do banco até final do ano, como foi indicado no Relatório e Contas de 2019 publicado dias antes.
Fonte oficial do banco explicou na altura que a informação constante do relatório se mantinha “atual”, mesmo depois de a administração ter entregado ao Governo a recomendação de não vender o banco. Ou seja, não havendo data de início do processo, o objetivo é vender o negócio no Brasil ainda no decorrer de 2020.
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