Estacionamento pago, reabertura de museus e serviços. Este é o plano de desconfinamento de Lisboa

O tiro de partida para o desconfinamento nas ruas da capital começou esta semana com a recolha do "lixo volumoso". Mas as verdadeiras medidas chegam a 11 de maio.

É uma questão de dias até a Câmara de Lisboa (CML) começar a implementar as primeiras medidas de desconfinamento mas, até lá, já tudo está pensado e pronto para ser posto em prática. As primeiras mudanças arrancam a 11 de maio, com a abertura dos serviços presenciais da autarquia, mas também com o regresso da cobrança no estacionamento. Seguir-se-á a abertura de espaços públicos, museus e bibliotecas.

Abertura de serviços municipais

O verdadeiro tiro de partida foi dado esta quarta-feira, 6 de maio, com o regresso da recolha do “lixo volumoso” e do reforço da desinfeção e higienização de todos os equipamentos de espaço público nas áreas envolventes às escolas que irão abrir no próximo 18 de maio.

As restantes medidas de desconfinamento arrancam a 11 de maio, com a abertura dos serviços de atendimento presencial nas Lojas Lisboa (Entrecampos, Marvila, Alcântara e Baixa), mediante agendamento prévio. Mas terão de ser cumpridas regras como a distância social de segurança, o reforço da desinfeção e higienizacão e a utilização obrigatória de máscaras. Contudo, a autarquia ressalva que o atendimento municipal deverá ser feito preferencialmente através das plataformas online e da linha telefónica.

EMEL volta a cobra estacionamento

Também a partir de 11 de maio vai regressar uma medida que mexe com a vida dos automobilistas. A “reposição da fiscalização do pagamento na via pública pela EMEL”, bem como a manutenção do estacionamento gratuito dos dísticos de residente nos parques de estacionamento da EMEL até 30 de junho e a manutenção da extensão automática de todos os dísticos atribuídos até junho de 2020, ou até junho de 2021 para os dísticos renovados a partir de 1 de março.

Além disso, a CML vai ainda criar um “processo interno na EMEL com vista a processar com urgência pedidos de dísticos novos”, reabrir os elevadores públicos e voltar a disponibilizar o atendimento presencial da EMEL a partir de 1 de junho. Para os adeptos de bicicletas, vai ser feita a “manutenção das medidas de desinfeção das bicicletas do sistema partilhado GIRA, recomendando-se o estrito cumprimento das regras de higiene individual”.

Até dezembro, a autarquia vai ainda garantir a “gratuitidade de estacionamento para as equipas de saúde das unidades do SNS mais diretamente envolvidas no combate à pandemia”. E, para os profissionais de saúde, será criado um “serviço de resposta” para “qualquer esclarecimento que necessitem e adesão aos serviços de estacionamento”, para além da “manutenção da gratuitidade de utilização do sistema Gira”.

Reabertura de espaços verdes e museus

Para além do regresso à normalidade no dia-a-dia dos condutores, a autarquia tem já planeadas outras medidas para a população no geral. A partir de 12 de maio serão reabertos vários espaços verdes, museus e serviços públicos, tais como:

  • Abertura dos espaços verdes do Palácio Pimenta, com acesso gratuito, a partir de 12 de maio, entre as 11h e as 17h;
  • Reabertura da Estufa Fria e do Jardim da Cerca da Graça, a 18 de maio;
  • Abertura dos museus da Marioneta, Fado, Bordalo, Aljube, núcleos do Museu de Lisboa e Galerias Municipais (com exceção do Atelier Museu Júlio Pomar e da Casa Fernando Pessoa), e do Padrão dos Descobrimentos a partir de 18 de maio;
  • Abertura das Bibliotecas Municipais a partir de 18 de maio, para empréstimo, devolução e reserva de livros (a partir de 1 de junho reabrem os restantes serviços, exceto salas infantis);
  • “Por razões de obras”, abertura do Castelo de São Jorge a 1 de junho;
  • Abertura do Arquivo Municipal de Lisboa, de forma faseada e com marcação prévia, do seguinte modo: Bairro da Liberdade, Arquivo Fotográfico e Arco do Cego a 18 de maio e Videoteca a 1 de junho, e abertura do Gabinete de Estudos Olisiponenses (sala de leitura), com marcação prévia, a partir de 18 de maio;
  • Abertura da Loja Lisboa Cultura, com marcação prévia, e da Lisboa Film Commission, a partir de 1 de junho, mantendo-se, em ambos os casos, preferencialmente, o atendimento não presencial.

Manutenção do Hospital de Campanha do Estádio Universitário

Até dezembro, a CML vai garantir a “manutenção, em condições de total operacionalidade, do Hospital de Campanha do Estádio Universitário”, através da “manutenção da operação no Pavilhão 3 e da manutenção de capacidade de reativação nos Pavilhões 1 e 2 no prazo máximo de uma semana”. O objetivo é “fazer face a uma eventual segunda vaga da pandemia”.

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Governo quer que Bruxelas pague ajudas à agricultura no verão

  • ECO
  • 10 Maio 2020

Portugal admite substituir-se à União Europeia para antecipar o pagamento de ajudas diretas ao setor da agricultura, para ajudar a contrariar o impacto da crise.

Portugal continua a defender junto da Comissão Europeia que antecipe o pagamento de algumas ajudas diretas aos agricultores para julho, e não apenas em outubro. Ainda assim, caso não aconteça, o governo admite que possa assumir parte desse encargo, para apoiar designadamente pequena agricultura, pequenos ruminantes e setor das flores, para ajudar a contrariar os efeitos da crise provocada pela pandemia.

A possibilidade foi avançada pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios (acesso livre), adiantando que espera que a União Europeia (UE) reconsidere o calendário de pagamentos.

“Nós estamos expectantes daquilo que ainda é possível negociar com a Comissão Europeia, mas estamos também a fazer o nosso trabalho de casa para perceber, nomeadamente, nos setores mais afetados, se conseguimos antecipar alguns destes pagamentos, por exemplo, para a pequena agricultura, pequenos ruminantes e para o setor das flores. Estamos a estudar essa possibilidade”, disse.

Na mesma entrevista, Maria do Céu Albuquerque garante que não vai faltar arroz nem trigo em Portugal, apesar de os mercados internacionais apresentarem hoje em dia mais restrições devido à pandemia do novo coronavírus.

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Vírus já matou 280 mil pessoas e infetou mais de quatro milhões no mundo

  • ECO
  • 10 Maio 2020

A pandemia do novo coronavírus já matou 279.468 pessoas e infetou mais quatro milhões em todo o mundo desde dezembro.

A pandemia do novo coronavírus já matou 279.468 pessoas e infetou mais quatro milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo o último balanço da universidade americana John Hopkins.

Até às 9h32 desde domingo, 4.038.747 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 187 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado na província chinesa de Wuhan.

Contudo, os especialistas tem alertado que número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.

Os EUA, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 78.794 mortes para 1.309.542 casos.

Depois dos EUA, os países mais afetados são o Reino Unido, com 31.662 mortes por 216.526 casos, Itália, com 30.395 mortes (218.268 casos), a Espanha, com 26.478 mortes (223.578 casos) e a França, com 26.313 mortes (176.782 casos).

A China, onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 83.990 casos, incluindo 4.637 mortes.

Para os números globais contava o último balanço realizado da DGS, referente às 00h00 de sábado, e que contabilizava 27.406 pessoas infetadas e 1.126 mortes provocadas pelo Covid-19 em Portugal. Estes números vão ser atualizados ao início da tarde deste domingo.

Coronavírus Dados Informativos

Última atualização: 2021-03-03 15:32:02

Fonte: DGS

  • Confirmados

    806.626

    +979

  • Internados

    1.827

    -170

  • Internados UCI

    415

    -31

  • Óbitos

    16.430

    +41

(Notícia atualizada às 10h20)

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Ainda não entregou o IRS? Estas 20 respostas ajudam-no a preencher a declaração

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e para aqueles para os quais fazê-lo é desafiante, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para ajudar no preenchimento da Modelo 3.

O período de entrega do IRS ainda agora começou, mas milhares de declarações de rendimentos já foram apresentadas à Autoridade Tributária. Para os contribuintes que ainda não o fizeram e para aqueles para os quais preencher a Modelo 3 é um desafio, a Deco Proteste preparou, no seu Guia Fiscal 2020, uma série de respostas esclarecedoras. O ECO selecionou 20 dessas dicas para o ajudar neste momento.

De notar que é possível entregar as declarações de IRS até ao final de junho, estando atualmente três milhões de famílias abrangidas pelo IRS automático. Este ano, face ao contexto de incerteza, o Governo não se compromete com reembolsos rápidos, mas assegura que serão cumpridos os prazos legais. Por lei, a devolução do imposto tem de ocorrer até ao final de julho.

Mas se ainda nem sequer entregou a declaração Modelo 3 ao Fisco e tem dúvidas sobre como fazê-lo, as seguintes 20 respostas do Guia Fiscal 2020 da Deco Proteste vão ajudá-lo nesse preenchimento.

1. Não validei nenhuma fatura e já não vou a tempo de o fazer para as faturas de 2019. Vou perder as minhas deduções?

Não. Embora a situação ideal preveja a validação das despesas pendentes na plataforma e-Fatura até 25 de fevereiro para que o sistema informático importe automaticamente todas as deduções, ainda pode incluir manualmente as despesas de saúde, educação, lares e imóveis de cada membro do agregado familiar.

2. Se, ao introduzir a minha senha, estiver disponível uma declaração previamente preenchida, sou obrigado a aceitá-la?

Não. Pode escolher a declaração previamente preenchida com os dados comunicados às Finanças pelas entidades que se relacionaram fiscalmente consigo em 2019 ou optar pela declaração em branco.

3. O meu pai apenas recebe a sua reforma e não tem outros rendimentos. Tenho de continuar a entregar a sua declaração?

Não, desde que o seu pai também não tenha benefícios fiscais além de donativos. Provavelmente, está abrangido pela entrega automática de declarações. Apenas tem de consultar a liquidação proposta no Portal das Finanças e verificar se todos os campos estão corretos. Se não concordar com a proposta, rejeite-a e entregue uma declaração de IRS. Se não se opuser, confirme a aceitação ou, se nada fizer, a declaração é dada como entregue a 30 de junho.

4. Sou casado. Eu e a minha mulher estamos abrangidos pelo IRS automático. Temos de fazer alguma coisa?

Consulte a liquidação proposta pelo Fisco para si e para a sua mulher. Se nada fizer, o Fisco assume que a entrega é feita em separado, mesmo para os casados. Mas antes de aceitar qualquer uma das propostas, compare os valores a receber ou a pagar e escolha a opção mais vantajosa.

5. Este ano, estou abrangida pelo IRS automático, mas o meu marido não. Sempre entregámos o IRS em conjunto. Como fazemos agora?

Por defeito, o Fisco presume que a entrega é feita em separado. Estando casado, pode optar pela tributação conjunta. Simule para apurar a opção mais vantajosa. Se em conjunto for mais favorável, ignore a proposta automática do seu marido e entreguem uma única declaração dentro do prazo.

6. Além de estudar, o meu filho de 18 anos começou a trabalhar em outubro. Devo incluí-lo no meu IRS?

Esteja ou não a estudar, o seu filho pode ser incluído na sua declaração de IRS, desde que o valor ganho por ele em 2019 não tenha excedido 8.400 euros. Se for esse o caso e os ganhos dele forem de trabalho dependente, apresente-os no quadro 4 do anexo A. Caso sejam rendimentos de trabalho independente, inscreva-os no anexo B. Se durante o ano de 2020 o seu filho ganhar mais de 8.890 euros de rendimento anual (14 salários mínimos), deixa de ser dependente e, em 2021, já entregará a declaração de IRS sozinho.

7. A empresa onde trabalho paga-me o valor correspondente ao passe mensal juntamente com o salário. Tenho de declarar esse valor em algum campo específico?

Não tem de fazer nada. Como o subsídio é pago com o salário, já está sujeito a IRS. A declaração emitida pela entidade patronal com a totalidade dos rendimentos pagos ao trabalhador já deve incluir esse montante, pelo que o trabalhador nada tem a acrescentar no seu IRS.

Situação diferente aplica-se aos trabalhadores que recebem um subsídio de viagem para compensar a opção de transporte em carro próprio. Nesses casos, há que consultar o quadro abaixo e apurar se o valor recebido ultrapassa o estipulado para este tipo de deslocações. Qualquer montante acima deste valor é contabilizado como rendimento e incluído pela entidade patronal na declaração anual que entrega ao trabalhador.

São estes os montantes até aos quais há isenção de imposto respeito ao subsídio de refeição, ajudas de custo (por dia) e subsídios de viagem e de marcha (por quilómetro).Fonte: DECO

8. Trabalhei até julho. Durante o resto do ano, recebi o subsídio de desemprego. Tenho de declarar estes valores na declaração de IRS que vou entregar este ano?

Só tem de declarar os salários recebidos até julho de 2019 no quadro 4A do anexo A, com o código 401. Já o subsídio de desemprego não está sujeito a IRS e nem sequer tem de ser declarado. Se optar pela entrega da versão previamente preenchida, deve encontrar declarados os rendimentos que obteve entre janeiro e julho, tal como a retenção na fonte efetuada esse período e as contribuições para a Segurança Social.

No entanto, se o rendimento total obtido até julho for inferior a 8.400 euros, nem sequer tem de apresentar qualquer declaração de IRS.

9. Iniciei a minha atividade independente como advogado e já passei faturas-recibo. Estou sujeito a retenções na fonte?

Só está sujeito a retenção na fonte se o valor total dos serviços prestados num ano (ou em parte do ano) ultrapassar os 10 mil euros brutos ou ainda se os seus clientes tiverem contabilidade organizada. Nesses casos, faça retenção na fonte de 25% Caso contrário, selecione a opção de dispensa de retenção: artigo 101 B, nº1, alínea a e b do Código do IRS, quando preencher a fatura-recibo.

10. Em maio de 2019, adquiri algumas obrigações. Tenho de declarar os juros recebidos?

Como é aplicada uma taxa de 28% sobre os juros das obrigações no momento em que são pagos, não tem de os incluir na declaração de IRS. Esta regra aplica-se tanto a obrigações do Estado como de empresas privadas.

11. Tenho de declarar no IRS o dinheiro que apliquei ao longo de 2019 em Certificados de Aforro?

Não. Rendimentos e resgate destes produtos são automaticamente sujeitos a retenção de 28%.

12. Em 2019, as rendas que recebi foram inferiores às despesas com a casa. Posso recuperar o prejuízo?

Sim. Pode deduzir esse prejuízo nos rendimentos prediais que venha a obter. Mas para isso é preciso optar pelo englobamento no quadro 6F do anexo F. Como obteve prejuízo em 2019, na nota de liquidação de 2020 já deverá estar indicado o montante que pode ser reportado até aos seis anos seguintes. Este ano, quando preencher o quadro 4.1 do anexo F (ou 4.2 para arrendamentos de longa duração), mencione as rendas recebidas e as despesas tidas. Não precisa de inscrever o prejuízo do ano anterior. O Fisco faz todos os cálculos.

13. Tenho um terreno agrícola explorado por outra pessoa, que me paga uma renda mensal. Tenho de a declarar?

Apesar de não explorar o terreno, tem ganhos com o arrendamento, logo esse rendimento tem de ser declarado. Como se trata de um rendimento predial, declare-o no quadro 4.1 do anexo F. Se tiver atividade aberta como senhorio, pode optar pela tributação na categoria B. Nesse caso, preencha os quadros 4B e 7A do anexo B.

14. Vivo um apartamento arrendado. Como a casa é grande, o senhorio autorizou-me a arrendar um quarto por 240 euros mensais. Onde devo declarar este valor?

Este é um caso de subarrendamento ou sublocação. O total de rendas pagas pelo quarto (2.880 euros anuais) deve ser declarado no quadro 6 do anexo F, bem como o número de contribuinte do sublocatário. Se acordou com o senhorio a partilha de parte da renda cobrada pelo quarto, indique o total dessas entregas na coluna “renda paga ao senhorio”.

15. Posso deduzir no IRS os gastos com fraldas?

As fraldas para bebés não são despesas de saúde, mesmo quando prescritas por um médico. Já as fraldas para incontinentes são dedutíveis em 15%, com o limite de 1.000 euros, se compradas num estabelecimento com o código de atividade de saúde (como as farmácias) e devidamente registadas e validadas no e-Fatura.

16. Devido ao meu grau de invalidez, não me posso deslocar sozinho. Pago 500 euros mensais à pessoa que me ajuda. Posso deduzir esse montante?

Depende. Só pode deduzir 15% como despesa de saúde, se quem o auxilia for um profissional de saúde (como um enfermeiro) e este lhe passar recibos com o código de atividade de saúde.

17. O dermatologista receitou-me uma pomada. Como esta tem uma taxa de IVA de 23%, posso deduzir a fatura como despesa de saúde.

Sim, desde que tenha uma receita média a prescrevê-la. Por ter IVA de 23%, a despesa fica pendente no e-Fatura até que o contribuinte indique se dispõe ou não de receita médica que a justifique. Se não o fizer, o Fisco não a terá em conta.

18. Uma agência de publicidade paga-me 300 euros todos os meses para ter afixado um anúncio na parede de minha casa. Tenho de declarar este valor no IRS?

Sim, tem. Esse é um rendimento predial, logo paga imposto. Deve somar o rendimento recebido no ano de 2019 e declará-lo no anexo F. Se, porventura, tiver atividade aberta como trabalhador independente, pode optar por ser tributado pela categoria B. Nesse caso, preencha o quadro 4A do anexo B, usando o campo 410.

19. Sou comerciante e estou inscrito como empresário em nome individual. Em novembro, vendi a carrinha que usava. Tenho de declarar a venda?

Depende. Se o veículo não estava afeto à atividade e apenas integrava o seu património familiar, o ganho obtido com a venda não está sujeito a IRS e nem sequer tem de ser mencionado na declaração anual. Já se a carrinha estava afeta à atividade (e nesse caso já deduziu IVA quando a comprou) indique o valor da venda no campo 407 do quadro 4A do anexo B.

20. Reformei-me em abril de 2019. Até lá, fui trabalhador por conta de outrem. Como preencho a declaração de IRS este ano?

Declare os rendimentos obtidos por trabalho dependente no quadro 4A do anexo A, com o código 401. Já os da pensão de reforma devem ser indicados no mesmo quadro, mas com o código 403. Caso tenha quotizações sindicais ou de ordens profissionais, mencione-as também no quadro 4A.

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Episódio #19 As previsões para a economia (que podiam ser piores), a TAP e o melhor e pior

  • ECO
  • 9 Maio 2020

Os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa analisam, no podcast do ECO Insider, aqui em modelo de video, as previsões da Comissão Europeia para este ano.

No Episódio #19 do ECO Insider, os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa analisam as previsões económicas da Comissão Europeia para Portugal, e o Plano de Estabilidade português que não tem números sobre o país. E tendo em conta o que se sabe, uma recessão de 6,8% não é mesmo o pior dos cenários. Mas a TAP, e os ventos cruzados, também esteve na discussão. Além do bom e do mau da semana.

http://videos.sapo.pt/V6j6j97quoAQFeYbD8R1

Nota: Ouça o podcast do ECO Insider nas principais plataformas, como o Spotify e o Apple Podcasts.

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Chapins, carriças e trepadeiras-azuis. As aves que protegem as árvores e defendem o ambiente

Na Herdade da Espirra, em Pegões, a The Navigator Company está a instalar caixas-ninho para atrair espécies de aves insetívoras, controlar pragas, evitar o uso de inseticidas e proteger o ambiente.

Na Herdade de Espirra, Pegões, na margem sul do Tejo, a The Navigator Company tem estado a instalar, desde o início deste ano, caixas-ninho para que várias espécies insetívoras de aves florestais como o chapim, a carriça e a trepadeira-azul possam fazer a sua nidificação.

Com 1700 hectares, e grande parte do seu território com ocupação florestal — plantações de eucalipto, sobreiro, pinheiro-manso, espaço de pastagem para pastoreio, além dos viveiros e dos 37 hectares de vinha — nesta herdade podem encontrar-se diversas espécies de fauna, entre as quais a lontra e o javali, mais de 50 espécies de aves, e uma grande variedade de plantas e cogumelos. Somam-se ainda habitats naturais protegidos pela Rede Natura 2000, como é o caso do montado de sobro.

Os sobreiros são os preferidos da cobrilha da cortiça, um escaravelho minúsculo com 1,5 centímetros e que apenas vive 20 dias, mas capaz de se tornar numa verdadeira praga: as suas larvas desenvolvem-se na cortiça durante dois anos ou mais, alimentando-se dela e construindo túneis no seu interior. Os ataques não matam os sobreiros mas estragam significativamente a cortiça e, se forem repetidos e intensos, podem debilitar a árvore.

Além de não serem eficazes com estes insetos, os inseticidas deixam resíduos na cortiça e têm efeitos negativos para ambiente. A alternativa? Recorrer aos “serviços” de proteção de aves como o chapim, a carriça e a trepadeira-azul, espécies insetívoras cavernícolas que são reguladoras naturais de insetos em meios arborizados. No entanto, a sua nidificação depende da existência de cavidades naturais ou artificiais (como as caixas), onde possam instalar os seus ninhos.

“As caixas-ninho são uma solução eficaz para incrementar a reprodução destas aves, que têm como presas algumas pragas existentes nas florestas – como é o caso, por exemplo, da cobrilha – permitindo, assim, aumentar a disponibilidade de cavidades para a nidificação quando as manchas florestais estão pouco maduras”, explica a The Navigator Company.

Esta ação da empresa, que decorre no âmbito da sua estratégia de conservação da biodiversidade, tem como objetivo promover o controlo natural de pragas nas espécies florestais (com vantagens comparativamente aos métodos convencionais baseados na aplicação de inseticidas), e contou com o apoio da empresa parceira 360 Graus – Cultura e Ambiente. Nas suas propriedades, a The Navigator Company protege 235 espécies de fauna e 740 espécies de flora.

As caixas-ninho instaladas em 2020 pela Navigator foram distribuídas por três núcleos, em áreas distintas da propriedade, e colocadas em espécies florestais como o sobreiro, pinheiro-manso e eucalipto. A partir da primavera, estas caixas-ninho passam a ser monitorizadas para avaliar as espécies que as ocuparam e o sucesso em termos da sua reprodução, informou a empresa.

A produção de pasta e papel por parte da The Navigator Company é feita através da utilização de florestas plantadas exclusivamente para esse efeito. Todos os anos, os viveiros da empresa dão vida a mais de 12 milhões de plantas. Os maiores da Europa, estes viveiros produzem 135 espécies diferentes de árvores e arbustos, em que grande parte, não tendo viabilidade económica, são financiadas pela empresa com o objetivo e manter a diversidade e de garantir a continuidade da espécie.

As florestas sob gestão da The Navigator Company em Portugal tinham, em 2019, um stock de carbono, excluindo o carbono no solo, equivalente a 5,3 milhões de toneladas de CO2, valor que se mantém estável. Ao objetivo de atingir a neutralidade carbónica em 2035 a empresa alocou um investimento total de 158 milhões de euros, dos quais 24 milhões em 2019.

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Vinho verde com quebras até 40%. Porque não destilar para produzir álcool sanitário?

O setor do vinho verde não escapou ao Covid-19. As vendas diminuíram e os custos são os mesmos. A exportação sofreu quebras, mas são os pequenos produtores nacionais os mais afetados.

O Covid-19 está a afetar brutalmente vários setores e a indústria do vinho verde não é exceção. Com o país confinado, a restauração de portas fechadas e eventos cancelados, não se avizinham tempos fáceis para o setor. Só no mês de abril, as vendas de vinho verde sofreram uma quebra entre 30 a 40%.

“2020 vai ser um ano mau, não tenho dúvidas que será o ano mais difícil da nossa geração. Abril foi um mês extremamente penalizador, as vendas baixaram cerca de 30% a 40%”, alerta o presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro. O representante dos comerciantes e engarrafadores de Vinhos Verdes e administrador da Quinta da Lixa, Óscar Meireles, corrobora a ideia do presidente e destaca que “vai ser muito difícil compensar as perdas”.

O fecho da restauração e pequeno comércio provocou fortes prejuízos na venda de vinho verde e são os pequenos produtores os mais prejudicados. Só na região do Minho, o Vinho Verde é produzido por 15 mil agricultores em 48 concelhos. “Os pequenos produtores estão 100% parados porque dependem da restauração”, explica Armando Fontainhas, vogal da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e presidente da Adega Cooperativa de Monção.

http://videos.sapo.pt/BArGyjKl44WZLLPVYDQg

Em relação à exportação, na Adega de Monção, a quebra é menos significativa. “Temos quebras globais no setor entre 10% a 20%, no mercado nacional temos uma quebra maior, tendo em conta a forte presença no canal Horeca. Este mês já temos uma quebra superior a 50% em relação ao período homólogo”, explica ao ECO, Armando Fontainhas. Óscar Meireles concorda e destaca que “a maior perda é no país, porque quem está na exportação as coisas estão a funcionar”.

Destilação pode ser uma solução para o setor

As vendas caíram, mas os custos mantêm-se. Na agricultura não é possível fazer uma pausa. As videiras continuam a crescer, a colheita está à porta e os trabalhadores são indispensáveis. “Uma empresa que produza uvas não pode colocar os seus trabalhadores em lay-off, as plantas precisam de cuidados”, refere Armando Fontainhas.

No mercado nacional, a região do vinho verde é a segunda com maior dimensão e só o ano passado foram exportados cerca de 63 milhões de euros em vinho verde para mais de 100 países. Perante as quebras nas vendas e a acumulação de stocks, o processo de destilação é uma medida que está em cima da mesa para o setor. O objetivo é adequar a oferta à procura. Os intervenientes concordam com esta medida, mas defendem que deve ser apoiada pela Comissão Europeia.

http://videos.sapo.pt/WctlDKbCLlecaSOWzJdZ

“Precisámos retirar a oferta de forma a ajudar a suportar os preços, mas pretendemos que seja Bruxelas a financiar essa mesma destilação de forma a retirar a vinho do mercado e evitar que na próxima vindima haja vinho a mais, porque isso vai levar a uma desvalorização das uvas dos agricultores”, alerta Manuel Pinheiro.

A destilação para produzir álcool sanitário é uma forte possibilidade para alguns produtores. “O setor precisa de uma destilação que compre o vinho que está parado e o transforme em álcool para ser usado na saúde e retire esta pressão do mercado”, defende o presidente da Comissão do Vinhos Verdes.

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Suíços protestam contra medidas de confinamento

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em frente ao parlamento de Berna e noutras cidades da Suíça para protestar contra as restrições impostas pelas autoridades.

Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em frente ao parlamento de Berna e noutras cidades da Suíça para protestar contra as restrições impostas pelas autoridades para lutar contra o novo coronavírus.

A Suíça, que registou mais de 1.500 mortos e cerca de 30 mil pessoas contaminadas, começou a aligeirar as medidas de confinamento autorizando, há duas semanas, a abertura de cabeleireiros e floristas.

A partir de segunda-feira, as escolas, restaurantes, museus e livrarias vão seguir-lhes os passos, mas com condições específicas. Os ajuntamentos com mais de cinco pessoas continuam interditos.

Os manifestantes, que envergavam cartazes em que se podia ler, entre outros, “sem medidas de confinamento a Suécia tem os mesmos resultados que a Suíça”, consideram que as restrições em vigor violam os seus direitos fundamentais, motivo pelo qual vaiaram as forças policiais que procuravam controlar os protestos.

Entre 100 a 200 pessoas juntaram-se igualmente em Zurique e cerca de 80 em Saint-Gallen, em ações de protesto distintas às de Berna.

A Suíça entrou em confinamento em meados de março, ordenando o encerramento das escolas e dos estabelecimentos comerciais considerados não essenciais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 274 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.126 pessoas das 27.406 confirmadas como infetadas, e há 2.499 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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Portugal não recebeu mais fundos de Bruxelas “mas teve maior liquidez”, diz ministro

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

O ministro Nelson de Souza esclareceu que Portugal não recebeu mais fundos de Bruxelas para responder à pandemia do coronavírus, mas teve maior liquidez por ter acedido aos fundos do PT2020.

O ministro do Planeamento esclareceu que Portugal não recebeu mais fundos de Bruxelas para travar o impacto da pandemia de Covid-19, mas teve maior liquidez por ter acedido aos fundos do Portugal 2020 (PT 2020) que ainda estavam disponíveis.

Portugal não recebeu novos fundos da Comissão Europeia, passou apenas a ter maior liquidez por ter tido acesso mais cedo àquilo que já tinha direito: os fundos do Portugal 2020 ainda disponíveis”, afirmou Nelson de Souza num webinar, que foi organizado pela representação da Comissão Europeia em Portugal para assinalar o dia da Europa.

Do total de fundos ainda disponível no programa, mais de 500 milhões de euros entraram em circulação na economia, entre março e abril, através dos mecanismos de adiantamentos de pagamentos.

Presente na mesma sessão, a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, notou que “Portugal tem uma taxa de execução do PT 2020 bastante elevada”, acrescentando que a próxima agenda europeia deve assentar numa política de coesão “forte e de ação rápida”, bem como na sustentabilidade ambiental.

Na sua intervenção, Nelson de Souza reconheceu, por outro lado, que a Comissão Europeia “teve uma capacidade de resposta excecionalmente rápida” através da Política de Coesão, que se afirmou como “a única arma de ação imediata” para responder às necessidades desencadeadas pela pandemia.

Já no que se refere ao plano de recuperação Europeu, o ministro do Planeamento sublinhou que Portugal vai bater-se no sentido que este seja “suficientemente dimensionado [e] que tenha recursos com origem em emissão de dívida pela própria Comissão Europeia”.

O governante vincou ainda que a atribuição de fundos deverá processar-se, por exemplo, com transferências não reembolsáveis, através de um canal que assegure rapidez.

Trata-se de “utilizar os canais que provaram ser eficazes, designadamente a Política de Coesão”, concluiu.

"Portugal não recebeu novos fundos da Comissão Europeia, passou apenas a ter maior liquidez por ter tido acesso mais cedo àquilo que já tinha direito: os fundos do Portugal 2020 ainda disponíveis.”

Nelson de Souza

Ministro do Planeamento

A iniciativa da representação portuguesa da Comissão Europeia, que teve como mote “O Plano de recuperação para a Europa: que lugar para a coesão e desenvolvimento regional”, contou ainda com a participação da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, dos eurodeputados Pedro Marques e Álvaro Amaro e do presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro, Carlos Silva Santiago.

De acordo com o último boletim dos fundos da Comissão Europeia, Bruxelas pagou a Portugal, até março, mais de 11 mil milhões de euros, no âmbito do Portugal 2020, aproximando-se de metade do valor total programado, mantendo-se o país no quinto lugar entre os Estados que mais receberam.

Até março, o PT 2020 atingiu uma taxa de compromisso de 93%, mas a taxa de execução fixou-se nos 47%.

Com uma dotação global de cerca de 26 mil milhões de euros, o programa PT 2020 consiste num acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico, social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.

Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.

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Solução para a crise não é países “virarem-se para dentro”, diz Comissão Europeia

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

Ursula von der Leyen considerou que a pandemia do coronavírus revelou que “não é solução” os países da União Europeia (UE) “virarem-se para dentro”, defendendo que a solidariedade terá de continuar.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse este sábado que a pandemia de Covid-19 revelou que “não é solução” os países da União Europeia (UE) “virarem-se para dentro”, frisando a necessidade de solidariedade no espaço comunitário.

“Se já alcançámos tantos progressos, o objetivo da solidariedade ainda é válido e vou até mais longe: é mais válido do que nunca. Esta solidariedade foi posta à prova no início da atual pandemia, mas a crise [também] nos mostrou que virarmo-nos para dentro não é a solução”, declara a líder do executivo comunitário, numa declaração emitida a propósito do Dia da Europa, que hoje se assinala.

Admitindo falhas iniciais na solidariedade europeia, nomeadamente quando a pandemia se intensificou em Itália, Ursula von der Leyen salienta que, “a seguir”, os países europeus começaram a “ajudar-se mutuamente”.

“Vimos paramédicos da Polónia e médicos da Roménia a salvar vidas em Itália., vimos hospitais da Chéquia a tratar os doentes da França e vimos doentes de Itália a ser levados de avião para clínicas na Alemanha. Ou o Luxemburgo a entregar equipamento médico a Espanha. E esta solidariedade tem de continuar”, apela a responsável.

Vincando que esta solidariedade “não é um dado adquirido exige esforço e compromisso de todos”, Ursula von der Leyen adiantou que “só é possível derrotar este vírus se os países assumirem a responsabilidade uns pelos outros e se trabalharem em conjunto para encontrar uma vacina”.

"Esta solidariedade foi posta à prova no início da atual pandemia, mas a crise [também] nos mostrou que virarmo-nos para dentro não é a solução.”

Ursula von der Leyen

Presidente da Comissão Europeia

O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”, é celebrado este sábado maioritariamente online, face à pandemia do novo coronavírus, em cerimónias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.

O Dia da Europa assinala o aniversário da histórica “Declaração Schuman”, um discurso proferido em Paris, em 09 de maio de 1950, por Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa.

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Sem resposta “forte” à crise, “vai crescer contestação” à UE, avisa Rio

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

No Dia da Europa, Rui Rio avisou que se não houver uma resposta "forte e eficaz" à crise provocada pela pandemia, o projeto europeu "estará numa encruzilhada" pois irá crescer a contestação.

O presidente do PSD, Rui Rio, avisou que se a Europa não conseguir responder “com eficácia e força” à retoma da economia depois da pandemia “estará numa encruzilhada porque vai crescer a contestação ao projeto europeu”.

Num vídeo publicado nas redes sociais do PSD, Rui Rio considerou que “celebrar o Dia da Europa no 09 de maio de 2020 tem uma importância maior do que aquilo que é a celebração tradicional” desta data, uma vez que “este ano a Europa tem um desafio enorme à sua frente” que é a ameaça comum do novo coronavírus.

“Perante aquilo que aconteceu ao mundo e em particular à Europa, a Europa está num momento decisivo. Consegue responder com eficácia e com força aquilo que é a retoma da economia europeia – e no nosso caso particular da economia portuguesa – pós-pandemia e a Europa resolve por muitos e bons anos o problema de ceticismo que existe relativamente ao projeto europeu”, defendeu.

No entanto, caso essa resposta não aconteça, Rui Rio avisou que “a Europa estará numa encruzilhada porque aí vai crescer a contestação ao projeto europeu”.

“Têm surgido nos últimos anos resistência ao projeto europeu com movimentos de extrema, mais de extrema-direita do que de extrema-esquerda, contestando o projeto e pondo em causa aquilo que são os valores fundamentais da construção europeia”, lembrou.

A solução encontrada, na perspetiva do líder social-democrata, não pode ser aquela que um país em particular quer, mas sim “uma solução equilibrada e consensualizada”.

“Ou há aqui uma resposta eficaz como aquela que houve através do Plano Marshall a seguir à Segunda Guerra Mundial ou se não houver essa ação eficaz vai crescer o descontentamento para com a Europa e agora de uma forma muito pesada”, advertiu.

Para Rui Rio, é bom “evocar a Europa, levantar a bandeira europeia, levantar a unidade europeia”.

"Têm surgido nos últimos anos resistência ao projeto europeu com movimentos de extrema, mais de extrema-direita do que de extrema-esquerda, contestando o projeto e pondo em causa aquilo que são os valores fundamentais da construção europeia.”

Rui Rio

Presidente do PSD

“Para que possamos, todos em conjunto – que é para isso que a Europa existe – ter uma resposta muito mais consolidada, muito mais firme e muito mais eficaz a este problema do que aquela que seria se cada um estivesse por si e não houvesse a União Europeia”, defendeu.

O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”, é celebrado este sábado maioritariamente online, face à pandemia do novo coronavírus, em cerimónias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.

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Turismo Porto e Norte avança em junho com plano recuperação do setor

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

Objetivo do plano passará por convidar o turista português a visitar no verão os territórios do Norte com baixa densidade populacional em tempos de coronavírus.

“Norte mais qualificado”, “Norte mais atrativo” e “Norte com mais energia” são os eixos do novo plano de recuperação do turismo no Norte para avançar em junho e combater crise no setor provocada pela pandemia.

“A Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), com a Associação de Turismo do Porto (ATP), estão a preparar um plano de recuperação do setor do turismo na região. É um plano que tem três eixos. Um que se chama Norte mais qualificado, outro Norte mais atrativo e um terceiro Norte com mais energia”, revelou o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins.

Em entrevista telefónica à Lusa sobre o trabalho que a TPNP está a realizar para a retoma do setor turístico na próxima época alta, Luís Pedro Martins explica que o plano de recuperação é um “plano ambicioso” e que se quer iniciar já no próximo mês de junho, designadamente com a campanha promocional “Escolha Segura – Mergulhe na Região”, cujo objetivo é convidar o turista português a visitar no verão os territórios do Norte com baixa densidade populacional em tempos de coronavírus.

O primeiro eixo do plano de recuperação, o “Norte mais qualificado”, tem o objetivo de “repensar” toda o produto turístico “tendo em conta as novas necessidades do turista”, relacionadas com a pandemia, explica o presidente da TPNP.

Tudo aquilo que o turista agora procura agora é “privacidade, segurança, tranquilidade, grupos mais pequenos, procura de espaços de natureza e fuga dos grandes centros urbanos”, características que o território Norte de Portugal tem com as suas “albufeiras”, “rios”, “lagoas”, “geoparques” e “serras”, para além do Património Mundial da Unesco, como o Parque Nacional Peneda-Gerês, Vale do Côa ou o Douro Vinhateiro.

Com o eixo do “Norte mais atrativo”, a TPNP está a rever a “comunicação do destino”, colocando a “segurança na linha da frente”, com “muitas ações de promoção do destino” destinadas, em primeiro lugar, para os portugueses, mas dirigida também no mercado espanhol e depois, através da ATP, no resto do mercado internacional.

Neste momento o foco principal da TPNP é a captação do “turista nacional”, porque o regresso do mercado internacional está dependente das companhias de aviação, abertura das fronteiras, entre outras decisões, acrescenta.

O presidente da TPNP considera que num território “tão pequeno como Portugal”, podem fazer-se “férias inesquecíveis em qualquer região do país”, mas sublinha que o Norte tem uma “enorme vantagem”, porque tem “mais de 300 mil hectares de área protegida”, com “serras, montanhas, planaltos, vales, rios”.

“Temos muitos trilhos, cascatas, observação de aves, temos Peneda-Gerês, Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho, Litoral Norte com praias fantásticas para a prática de desportos de deslize, temos a Barragem do Azibo, temos o Geoparque de Arouca, Miradouro do Penedo Durão sobre o Douro, Vale do Tua, Estuário do Douro, Reserva Biosfera transfronteiriça”, enumera Luís Pedro Martins, acreditando que a “imensidão de possibilidades” vai surpreender os turistas nacionais.

As “road trips” (viagens de carro), mota ou caravana vão uma tendência que se crê que cresça no contexto pós pandemia, e a região Norte considera que “estrada nacional N.2, a estrada nacional 222, ou rota do Românico são outros argumentos para fazer “férias em família, em casal ou grupos reduzidos de amigos”.

O “Norte com mais energia” é um eixo para 2021 e 2022 e tem a ver com a identificação eventos que possam trazer turistas estrangeiros ao território – como o Wine Festival, o MIMO Festival Amarante, Feira Medieval, Romaria da Senhora da Agonia em Viana do Castelo ou os Caretos de Trás-os-Montes -, e depois “fazer uma comunicação como nunca foi feita para ajudar a que seja mais um motivo de atração para a região”, referiu.

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