Dona da cadeia de supermercados de Isabel dos Santos pediu apoio do Estado angolano

A cadeia de supermercados Candando enfrenta dificuldades devido ao impacto da pandemia, mas também devido ao arresto preventivo que bloqueou as contas dos acionistas.

No seguimento de notícias de que a cadeia de supermercados Candando, da empresária Isabel dos Santos, iria encerrar metade das lojas em Angola e despedir mil trabalhadores, o grupo que detém a rede vem esclarecer que já delineou um plano de revitalização e solicitou apoio do Estado angolano.

A Condis explica, em comunicado, que a situação atual da empresa “encontra-se particularmente agravada por não poder contar com o apoio dos seus acionistas, fruto do arresto preventivo por decisão do Tribunal Provincial de Luanda”, bem como do bloqueio das contas bancárias das empresas do grupo Candando em Portugal, decisões tomadas no âmbito da investigação a Isabel dos Santos.

Este contexto “já obrigou a empresa a efetuar vários despedimentos em Portugal, e também limita o acesso à compra de produtos de importação que o mercado Angolano tanto carece”. Para além disso, a empresa sofre também os efeitos da pandemia de coronavírus.

Para fazer frente à situação, a empresa que detém os supermercados “apresentou um plano de revitalização, e solicitou o apoio às entidades competentes neste sentido tendo, entretanto, já tido a oportunidade de expor a sua situação junto do Ministério do Comércio”.

O apoio do Estado angolano solicitado vai no sentido de um “acesso e concessão de linhas de crédito com taxas de juro mais acessíveis enquadradas eventualmente no programa Prodesi e nos programas de apoio a empresas nacionais com base no Aviso 10 e outras medidas”, esclarece a empresa.

Para além disso, a empresa vê como necessária “a agilização administrativa dos processos de licenciamento, e acesso a divisas que permitam proceder às importações atempadas de bens alimentares, bens de consumo e artigos de cesta básica”. A Candando tem cerca de 2.000 trabalhadores, três hipermercados e três supermercados em funcionamento.

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