Wall Street desce mais de 1% com receio de segunda vaga. Medo agrava para máximo de abril
O perigo de uma segunda vaga da pandemia está a alarmar os investidores, após as projeções económicas da Fed na semana passada terem afastado a ideia de uma recuperação económica rápida.
Após uma semana de perdas, Wall Street abre uma nova semana também em terreno negativo numa altura em que o risco de uma segunda vaga da pandemia está a penalizar o sentimento dos investidores.
Em causa está o recente aumento dos casos na China — com a reintrodução de novas medidas de contenção do vírus — e em partes dos Estados Unidos, o que diminui a expectativa de uma rápida recuperação económica.
O Dow Jones segue a desvalorizar 2,79% para os 24.872,27 pontos, o S&P 500 perde 2% para os 2.980,44 pontos e o Nasdaq cede 1,49% para os 9.445,7 pontos, após ter atingido recentemente novos máximos históricos. Esta segunda-feira, o índice da volatilidade dos mercados, o CBOE, aumentou para o nível mais elevado desde 22 de abril.
As perdas já chegaram na semana passada quando a Reserva Federal divulgou projeções económicas mais pessimistas do que o esperado, tendo levado os índices norte-americanos para a maior desvalorização semanal desde março. Esta terça-feira o líder do banco central norte-americano Jerome Powell volta a pronunciar-se, desta vez perante o congresso norte-americano.
Após a recuperação das últimas semanas, as cotadas relacionadas com o turismo, nomeadamente as do setor da aviação — a United Airlines perde mais de 8% –, estão a afundar. As cotadas do setor financeiro e energético também estão em queda neste início de sessão.
“Estamos no meio de uma correção [do mercado]“, considera o economista-chefe da Spartan Capital Securities, Peter Cardillo, em declarações à CNBC, assinalando que o aumento dos casos é um “problema” para a recuperação da economia. “Houve também uma exuberância excessiva no mercado”, admite.
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