Ricos vão perder 14 biliões de euros com vírus. Mais que na crise financeira
Após um rally acionista de uma década em que as fortunas aumentaram a um ritmo de dois dígitos ao ano, o BCG vê o crescimento anual a cair para 1,4%. Depois de 2024, poderá recuperar para 4,5%.
Os mais ricos do mundo continuam a enriquecer, mas a crise do coronavírus poderá comprometer a criação de riqueza ao longo dos próximos anos. Segundo uma análise do Boston Consulting Group, citada pela Bloomberg (acesso condicionado e conteúdo em inglês), indica que a perda financeira relacionada com a pandemia poderá ser superior à da última crise financeira.
A volatilidade nos mercados financeiros e o impacto do vírus no crescimento económico poderão causar uma perda de 16 biliões de dólares (cerca de 14,25 biliões de euros) na riqueza global este ano, de acordo com a estimativa do BCG. Em comparação, a crise de 2008 limpou dez biliões de dólares (cerca de 8,9 biliões de euros). O rally acionista de uma década permitiu às riquezas de milionários e multimilionários cresceram a um ritmo de dois dígitos ao ano.
As fortunas pessoais dos mais ricos do mundo totalizavam, no fim de 2019, 226 biliões de dólares (cerca de 201 biliões de euros), mais 9,6% que no ano anterior. Essa mesma dependência dos mercados financeiros poderá agora pôr os patrimónios em risco já que o BCG espera que a volatilidade causada pelo vírus se prolongue ao longo de cinco anos. A projeção da consultora é que entre 2019 e 2024, o ritmo de crescimento anual caia para 1,4%, antes de recuperar para 4,5%.
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