Balsemão pai e filho renunciam aos bónus na Impresa

Pinto Balsemão e Francisco Pedro Balsemão abdicaram do recebimento de bónus por causa da pandemia. Comissão de remunerações tinha proposto pagar 71.400 euros aos dois gestores.

Francisco Pinto Balsemão e Francisco Pedro Balsemão, respetivamente chairman e presidente executivo da Impresa IPR 0,00% , renunciaram aos bónus referentes ao ano de 2019, no valor total de 71.400 euros. A decisão foi justificada com “a situação atual do país, resultante da pandemia do Covid-19”.

A renúncia foi comunicada aos acionistas esta segunda-feira, durante a assembleia-geral do grupo que controla a SIC.

A comissão de remunerações da Impresa, presidida por Fernando Guimarães, tinha proposto em fevereiro pagar 11.400 euros de prémio a Pinto Balsemão e 60.000 euros a Francisco Pedro Balsemão — ou 1,5 vezes e 3 vezes a remuneração bruta mensal dos dois gestores.

Na altura, estes bónus tinham sido justificados pela comissão independente com o facto de terem sido atingidos “todos os critérios definidos” e com a “evolução muito positiva do grupo Impresa” em 2019. Um ano marcado pela recuperação da liderança de audiências pelo terceiro canal da grelha nacional de televisão.

Porém, os montantes, equivalentes a 71.400 euros, foram agora rejeitados pelos dois elementos da família Balsemão — pai e filho –, num contexto de maior incerteza provocada pelo Covid-19.

Francisco Pinto Balsemão (à esquerda) e Francisco Pedro Balsemão (à direita), respetivamente chairman e presidente executivo da Impresa.Hugo Amaral/ECO

“Foi aprovada a declaração sobre a política de remunerações dos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade, elaborada pela comissão de remunerações. Após a votação, tanto o presidente do conselho de administração como o administrador delegado, considerando a situação atual do país, resultante da pandemia do Covid-19, declararam renunciar ao recebimento da remuneração variável constante da declaração da comissão de remunerações”, lê-se na deliberação publicada na CMVM esta segunda-feira.

Apesar da renúncia, estas componentes variáveis representaram cerca de 16% da remuneração total dos dois gestores em 2019, que “levaram para casa” 386.400 euros em remuneração fixa no ano passado.

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