Tribunal mantém Rui Pinto em prisão domiciliária

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Tribunal Central Criminal de Lisboa manteve as medidas de coação de prisão domiciliária e de proibição de acesso à internet.

O Tribunal Central Criminal de Lisboa manteve as medidas de coação de prisão domiciliária e de proibição de acesso à internet a Rui Pinto e admitiu os quatro pedidos de indemnização apresentados contra o criador do Football Leaks.

A informação consta de um despacho proferido na quarta-feira pela juíza Margarida Alves, a que a agência Lusa teve hoje acesso, no qual a presidente do coletivo de juízes que vai julgar o processo diz que se mantêm os pressupostos que levaram à aplicação desta medida privativa de liberdade.

“Pese embora o alegado pelo arguido Rui Pedro Gonçalves Pinto no requerimento (…) , e não ignorando o tribunal o sentido crítico e a disponibilidade para colaborar com a justiça que o mesmo vem demonstrando e que se mostra reconhecida nos autos, a verdade é que se entende que apenas a aplicação da medida de coação privativa de liberdade assegura de modo suficiente as exigências cautelares que o presente caso requer, cumulada com a proibição de aceder à internet e a quaisquer dispositivos que permitam o seu acesso”, justifica a juíza.

Rui Pinto esteve em prisão preventiva desde 22 de março de 2019 até 08 de abril deste ano, dia em que foi colocado em prisão domiciliária, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária, bem como à proibição de aceder à internet e de ter acesso a dispositivos que o permitam, por decisão da juíza de instrução criminal (JIC) Cláudia Pina.

A JIC justificou a decisão, por um lado, com a inversão da postura do arguido, que passou a apresentar “um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça” e, por outro, dizendo que as fronteiras se encontravam sujeitas a elevados controles devido à pandemia de Covid-19, razão pela qual entendeu “que se mostrava reduzido o perigo de fuga”.

Segundo a juíza Margarida Alves, “tais considerações mantêm-se”, acrescentando o despacho judicial que “os pressupostos de facto e de direito que determinaram a aplicação ao arguido da atual medida de coação não se mostram alterados”.

“Na verdade, a colaboração do arguido e o sentido crítico que o mesmo terá passado a evidenciar foram os pressupostos que determinaram a alteração da medida de coação de prisão preventiva a que tinha sido sujeito. Tais circunstâncias não constituem assim, neste momento, qualquer elemento novo que nos permita alterar as medidas de coação aplicadas, mantendo-se inalterados os pressupostos de facto e de direito”, lê-se no despacho.

Aníbal Pinto, advogado de Rui Pinto à data dos factos e que será julgado pela tentativa de extorsão (em outubro de 2015), de entre 500 mil euros a um milhão de euros ao fundo de investimento Doyen, vai manter-se em liberdade a aguardar julgamento.

A juíza Margarida Alves aceitou também os quatro pedidos de indemnização civil apresentados pela Doyen, neste caso contra Rui Pinto e Aníbal Pinto, e por Rui Costa Pereira, Inês de Almeida Costa e João Medeiros, ex-advogados da sociedade PLMJ, uma das entidades espiadas por Rui Pinto.

A presidente do coletivo de juízes, que terá como adjuntos Ana Paula Conceição e Pedro Lucas, depois dos afastamentos dos juízes Paulo Registo e Helena Leitão, agendou para as 14:30 de 02 de julho uma reunião com os mandatários dos arguidos e a procuradora do Ministério Público, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, para agendamento de datas para o julgamento.

No início de junho deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público (MP) e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro deste ano, que pronunciou (levou a julgamento) Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do Ministério Público (MP): 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão.

Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Plataforma Score e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

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5G: Processo de migração da TDT termina em dezembro, diz Alexandre Fonseca

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

Presidente executivo da Altice Portugal diz que processo de migração da televisão digital terrestre, essencial para o arranque do 5G, termina em dezembro.

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, disse esta quinta-feira à Lusa que processo de migração da faixa de 700 MHz da TDT (televisão digital terrestre), essencial para o arranque do 5G, termina em dezembro.

O gestor referiu que o processo de migração da TDT, que tinha sido suspenso devido à pandemia de Covid-19, será retomado “no início de agosto”, já que envolve técnicos alemães, pelo que a não restrição de circulação e a existência de ligações aéreas foram fatores que determinaram aquela data.

Já no que respeita ao fim do processo, Alexandre Fonseca, que falava à Lusa no final da apresentação do novo posicionamento e nova campanha da Meo “Liga-te de novo. Liga-te à vida”, disse que, ao contrário do que tinha sido avançado pelo presidente da Anacom, terminará “em dezembro”.

Em 09 de junho, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, disse no parlamento que a migração da TDT estava prevista que decorresse “até ao mês de novembro”.

“Apenas uma correção ao foi dito no parlamento pelo regulador […], temos uma comunicação escrita do regulador que aceita o calendário que propusemos, que é dezembro”, salientou Alexandre Fonseca.

O regulador voltou a cair no mesmo erro que tinha no passado, esqueceu-se que a Região Autónoma da Madeira e a dos Açores também são Portugal”, apontou o presidente executivo da dona da Meo.

Em Portugal continental, disse, a migração termina em novembro.

No universo de todos os portugueses, “a migração da TDT estará concluída em dezembro”, asseverou.

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Um irlandês, uma espanhola ou um luxemburguês. Um deles vai substituir Centeno no Eurogrupo

O mandato de Mário Centeno à frente do Eurogrupo termina a 13 de julho. No dia 9, os ministros das Finanças da Zona Euro têm de escolher o seu sucessor e já há 3 candidatos.

Mário Centeno foi o primeiro português a presidir ao Eurogrupo, tendo cumprido o mandato de dois anos e meio, mas ao contrário dos seus antecessores não vai recandidatar-se para continuar à frente do grupo informal dos ministros das Finanças da Zona Euro. O seu sucessor será um irlandês, uma espanhola ou um luxemburguês.

Esta quinta-feira terminou o prazo para os países apresentarem candidaturas para a presidência do Eurogrupo. Foram três os Governos que avançaram, segundo divulgou Centeno: Espanha, Irlanda e Luxemburgo. “Este excelente conjunto de candidatos mostra a relevância atual do Eurogrupo para assegurar a estabilidade e a prosperidade na Zona Euro“, escreveu o ex-ministro das Finanças e ainda presidente do Eurogrupo.

Para ser eleito, o candidato a presidente do Eurogrupo terá de contar com o apoio de pelo menos 10 dos 19 países da Zona Euro. O vencedor será anunciado após o fim da votação a 9 de julho. O mandato do próximo presidente deverá começar a 13 de julho e será de dois anos e meio.

Se nenhum dos candidatos receber 10 votos, os candidatos terão a oportunidade de retirar a sua candidatura e a votação repete-se até que um dos candidatos consiga uma maioria simples.

Após falhar FMI, Calviño tenta Eurogrupo

É a vice-presidente do Governo espanhol, liderado por Pedro Sanchez, e uma veterana de Bruxelas. Nadia Calviño foi recentemente um dos nomes em cima da mesa para ser a próxima diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), após a saída de Christine Lagarde para o Banco Central Europeu (BCE), mas acabou por ser Kristalina Georgieva a assumir o cargo. A espanhola continuou assim a ser ministra da Economia.

Chegou a este cargo após longos anos a trabalhar como técnica na Comissão Europeia, nomeadamente enquanto diretora-geral do departamento do Orçamento Europeu, tendo acumulado reputação e contactos dentro das instituições europeias, o que poderá ser um ativo da sua candidatura. Contudo, a seu desfavor tem o facto de Espanha já ter dois altos cargos da União Europeia: alto representante das Relações Externas, Josep Borrell, que também é vice-presidente da Comissão Europeia; e Luis de Guindo, que é vice-presidente do BCE.

Numa longa carta de motivação entregue hoje, Nadia Calviño usa a sua experiência europeia para argumentar que é a melhor candidata ao cargo que nunca foi ocupado por uma mulher. Calviño promete ter em atenção “as diferentes sensibilidades” que existem no Eurogrupo para conseguir construir “consensos” à volta das matérias que vão passar pelo Eurogrupo nos próximos meses. “Temos de estar mais unidos e coordenados do que nunca”, conclui.

Irlanda avança com Paschal Donohoe

Donohoe assumiu o cargo de ministro das Finanças da Irlanda em junho de 2017 e o seu partido, de centro-direita, Fine Gael está na fase final de acordar um novo programa para um governo com o Partido Verde e o Fianna Fail. Entretanto, o ministro das Finanças quer tentar chegar à presidência do Eurogrupo: “Como um dos mais antigos ministros das Finanças da União Europeia e membro do Eurogrupo, seria uma honra enorme liderar o grupo nos seus desafios e oportunidades que os próximos anos apresentam“, afirmou no Twitter, quando anunciou a sua candidatura.

Já desde 2014 que o irlandês é ministro no Governo, tendo passado pelos transportes e turismo antes de chegar às finanças em 2016. Na carta de motivação, Donohoe usa a sua experiência também como um argumento para ter apoio dos restantes países e garante que trabalhará “de forma eficiente para dar resposta aos desejos dos membros do Eurogrupo e os melhores interesses dos cidadãos europeus e da Europa”.

Luxemburgo tenta nova candidatura

Pierre Gramegna quer ser o segundo luxemburguês a presidir ao Eurogrupo, depois dos vários mandatos de Jean-Claude Juncker no início deste grupo informal da Zona Euro. O ministro das Finanças do Luxemburgo anunciou a sua intenção no Twitter: “Os importantes desafios atuais requerem consenso e compromisso entre todos os membros da Zona Euro — pequenos ou grandes, sul ou norte, este ou oeste”, escreveu na sua conta, referindo que usará a sua experiência de 6 anos neste cargo, se vier a ser eleito.

Na carta de motivação, Gramegna diz que repete o seu compromisso com a procura por consenso: “Irei dedicar o meu tempo como presidente do Eurogrupo a juntar os vários lados e considerar todos os aspetos de forma a encontrar o denominador comum que seja aceitável para todos”, escreve, referindo que a sua experiência negocial no atual Governo de três partidos no Luxemburgo é um ativo nesta candidatura.

Um destes três nomes será o quarto presidente do Eurogrupo, após Jean-Claude Juncker, Jeroen Dijsselbloem e Mário Centeno.

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Apple, Alphabet, Amazon, Microsoft, Samsung e Huawei. As empresas mais inovadoras de 2020

  • Servimedia
  • 25 Junho 2020

No ranking deste ano do Boston Consulting Group, Apple lidera e Huwaei ganha na maior escalada. Sobe 42 lugares.

O novo ranking “As empresas mais inovadoras de 2020”, realizado pelo Boston Consulting Group, que já vai na 14ª edição, destaca as empresas que mais investem em Investigação & Desenvolvimento (I&D). Huawei escala 42 lugares e torna-se assim a empresa que mais subiu, alcançando o 6º lugar.

O ranking é liderado pela Apple, Alphabet, Amazon, Microsoft, Samsung e Huawei. Segue-se depois a Alibaba, IBM, Sony e Facebook, que completam, assim, o Top10 das empresas mais inovadoras.

Os autores observam que quando iniciaram a pesquisa para a 14ª edição do ranking, as consequências sanitárias, económicas e sociais do Covid-19 ainda eram desconhecidas. Contudo, ao explorarem os dados, “tornou-se claro que as conclusões centrais deste ano sobre os benefícios da inovação podem ser ainda mais relevantes hoje em dia, uma vez que os líderes devem adaptar-se à mudança dos padrões de oferta, procura, comportamento dos consumidores e formas de fazer negócio”.

A inovação é uma das três principais prioridades de gestão para quase dois terços das empresas. Este é o nível mais baixo desde a crise financeira em 2009 e 2010, refletindo as perspetivas económicas incertas e tensões geopolíticas antes do surto da pandemia.

Para as empresas “inovadoras mais empenhadas” (45% do total), a inovação é uma prioridade, e apoiam o seu compromisso com um investimento significativo. As “inovadoras céticas” (30% do total) não veem a inovação como uma prioridade estratégica ou um objetivo de financiamento importante. E as “inovadoras confusas” (25% do total) estão no meio, com um desencontro entre a importância estratégica da inovação e o seu nível de financiamento. A maior proporção de empresas inovadoras empenhadas encontra-se nos setores financeiro e farmacêutico (ambos 56%), e a mais baixa nos produtos industriais (37%) e nos setores grossista e retalhista (32%).

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Saiba o que não pode fazer a partir de 1 de julho no país, em Lisboa e nestas 19 freguesias

O Governo desencadeou uma nova fase no controlo da pandemia, com medidas diferentes para o país, para a área metropolitana de Lisboa e para 19 freguesias da região da capital. Começam a 1 de julho.

O Conselho de Ministros lançou esta quinta-feira as bases para o que será a vida dos portugueses em convivência com o novo coronavírus nos próximos 15 dias. As medidas incidem primeiro sobre 19 freguesias de cinco concelhos da Grande Lisboa, depois sobre a totalidade da área metropolitana de Lisboa e, por último, para o país como um todo.

A partir de agora, explicou o primeiro-ministro, as autoridades vão deixar também de ter uma “função pedagógica” e passarão a autuar os cidadãos e entidades que forem apanhados a quebrar as novas regras. A moldura penal é dura e abrange multas de 100 a 500 euros para pessoas singulares e de 1.000 a 5.000 euros para pessoas coletivas. Conheça aqui tudo o que muda, do particular para o geral.

19 freguesias da região de Lisboa

Estas medidas abrangem:

  • A totalidade do concelho da Amadora (Alfragide, Águas Livres, Falagueira/Venda Nova, Encosta do Sol, Venteira e Mina de Água);
  • A totalidade do concelho de Odivelas (Pontinha/Famões, Póvoa de Santo Adrião/Olival de Basto e Ramada/Caneças);
  • Em Sintra, as freguesias de Agualva/Mira Sintra, Algueirão/Mem Martins, Cacém/S. Marcos, Massamá/Monte Abraão, Queluz/Belas e Rio de Mouro:
  • Em Loures, as freguesias de Camarate/Unhos/Apelação e Sacavém/Prior Velho:
  • Em Lisboa, a freguesia de Santa Clara.

Área metropolitana de Lisboa

  • Os ajuntamentos ficam limitados a dez pessoas.
  • Estabelecimentos comerciais são obrigados a fechar às 20h00, exceto restaurantes que sirvam refeições ou tenham serviço de take-away, supermercados e hipermercados, postos de abastecimento de combustível, clínicas, consultórios, veterinários, farmácias, funerárias e equipamentos desportivos.
  • É proibida a venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço.

Totalidade do país

  • Os ajuntamentos ficam limitados a 20 pessoas.
  • É proibido o consumo de álcool na via pública.
  • Mantêm-se as regras de distanciamento físico, uso de máscara, lotação e higienização dos espaços públicos.
  • O confinamento domiciliário continua a ser obrigatório para doentes e pessoas em vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com infetados com Covid-19.

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Costa formaliza “hoje ou amanhã” nomeação de Centeno para o Banco de Portugal

Primeiro-ministro explicou que já falou com partidos e vai formalizar a nomeação nos próximos dias.

A nomeação de Mário Centeno como próximo governador do Banco de Portugal está por dias. O primeiro-ministro António Costa anunciou que já expressou aos vários partidos os planos sobre a substituição de Carlos Costa à frente do banco central e acrescentou que vai formalizar a nomeação nos próximos dias.

“Já falámos com todos os partidos, fomos transmitindo a nossa intenção. Entre hoje e amanhã, formalizarei o processo de audição parlamentar, que nos termos da lei tem de acontecer“, disse Costa, na conferência de imprensa em que anunciou as novas medidas de confinamento no país. “Esperamos que aconteça com tranquilidade já que o mandato do governador termina nos próximos dias”, sublinhou.

Atualmente, a Lei Orgânica do Banco de Portugal obriga a que a designação do governador seja feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças e após audição por parte da comissão competente da Assembleia da República, que deve elaborar o respetivo relatório descritivo.

O nome do próximo governador ainda não está confirmado, mas na semana passada, após a cerimónia posse de João Leão como novo ministro de Estado e das Finanças, António Costa admitiu que Mário Centeno “é uma hipótese” para o cargo de governador do Banco de Portugal. Aliás, o primeiro-ministro reuniu-se esta semana com Carlos Costa e já lhe comunicou essa intenção.

Só falta acertar o calendário da mudança, sendo que o governador termina o mandato no início de julho e Mário Centeno termina o mandato à frente da presidência do Eurogrupo a 9 de julho. No entanto, o processo poderá encontrar um entrave no Parlamento, onde está a discussão o diploma que pretende implementar um período de nojo para a nomeação do cargo.

(Notícia atualizada às 17h50)

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PAN rejeita existência de falsos recibos verdes entre os funcionários do partido

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

PAN rejeitou a existência de falsos recibos verdes entre os funcionários do partido e considerou que a discussão em torno desse assunto não esteve na origem da desvinculação de Francisco Guerreiro.

O PAN rejeitou esta quinta-feira a existência de falsos recibos verdes entre os funcionários do partido e considerou que a discussão em torno desse assunto nos órgãos do partido não esteve na origem da desvinculação do eurodeputado Francisco Guerreiro.

De acordo com o jornal online Observador, na reunião de 30 de maio da Comissão Política Nacional do PAN o agora eurodeputado independente questionou o porta-voz, André Silva, sobre o facto de assessores parlamentares terem contratos de prestação de serviços com a Câmara Municipal de Lisboa. Essa discussão terá precipitado a saída de Francisco Guerreiro.

O Observador indica que teve acesso as contratos de avenças e recibos verdes de funcionários do PAN e indica que esses documentos referiam a “prestação de serviços de assessoria/apoio técnico, na área da comunicação ao Grupo Municipal do Partido PAN na Assembleia Municipal de Lisboa”.

Confrontado hoje com esta questão na conferência de imprensa agendada para reagir à desfiliação da deputada Cristina Rodrigues, que passou a deputada única na Assembleia da República, o porta-voz do PAN indicou que já teve oportunidade de esclarecer esta questão “por várias vezes”, desde 2017.

“O PAN optou no passado por uma partilha de recursos” e “não houve falsos recibos verdes”, vincou André Silva.

O deputado considerou que “as nomeações na Assembleia da República não são contratos, são nomeações políticas que têm características próprias e aqueles que são nomeados ou que são assessores numa Assembleia Municipal de Lisboa têm também características próprias, nomeadamente ao nível da contratualização que é feita ao nível da prestação de serviços”.

“É feito assim com todos os partidos e, portanto, isto é perfeitamente estabilizado há vários anos”, salientou, referindo igualmente que “é normal em todos os partidos [haver] matérias que se cruzam” e “recursos partilhados”.

André Silva salientou que “alguém que é funcionário de um partido em alguma circunstância está a fazer um apoio a qualquer matéria que tenha que ver com processo legislativo ou que esteja a dar um apoio qualquer eventualmente numa rede social, relativamente a uma matéria de uma assembleia municipal”.

Sobre a reunião da Comissão Política Nacional, o porta-voz do PAN defendeu que “não foi essa discussão que originou qualquer dissidência”.

“Esse foi um dos vários temas que Francisco Guerreiro trouxe na discussão da CPN para esconder, para não debater o que realmente estava em causa, que era a individualização do mandato, a tomada de decisões sozinho, ou à margem e ao arrepio da direção do partido”, acusou.

De seguida, André Silva realçou que “a direção do partido é aquela que faz, no PAN e em todos os partidos, a gestão política dos eleitos nacionais e europeus e houve sempre uma resistência enorme, uma recusa por parte de aceitar, de facto, essa gestão política, prestar contas e de ser transparente a vários níveis”.

O eurodeputado Francisco Guerreiro foi o primeiro de sete dirigentes a desvincular-se do PAN, com duras críticas à atuação da direção liderada por André Silva.

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Pandemia gera quebra de receitas de 61% a 80% em um terço dos media

  • Lusa
  • 25 Junho 2020

A pandemia provocou quebras de 61% a 80% nas receitas de um terço das empresas de media. A publicidade é o tipo de receita mais afetado.

A pandemia de Covid-19 provocou quebras de 61% a 80% nas receitas de um terço das empresas de media, de acordo com os resultados de um inquérito conduzido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) divulgado esta quinta-feira.

Esta é uma das conclusões do relatório hoje publicado pela ERC que traça o panorama do impacto da pandemia de Covid-19 no setor de comunicação social em Portugal, “a partir das respostas a um questionário que dirigiu, entre 24 de abril e 06 de maio, a entidades representativas do setor registadas na Plataforma Digital da Transparência (pessoas coletivas com contabilidade organizada que identificam a comunicação social como atividade social) e a prestadores de televisão por subscrição”.

Em comunicado, a ERC refere que do inquérito conclui-se que “as receitas globais dos órgãos de comunicação social caíram a pique em março: 31,6% dos inquiridos reportou perdas entre 61% e 80%, sendo a publicidade o tipo de receita mais afetado”.

No que se refere a assinaturas, organização e promoção de eventos, que constituem outras das fontes de receitas do setor, estas registaram um “decréscimo mais acentuado”.

Por segmentos, 60% dos operadores de televisão comercial “registaram decréscimos das receitas globais entre 41 e 60%”.

Esta crise, adianta a ERC no comunicado, “foi especialmente profunda para os media locais e regionais, considerando tratar-se de estruturas mais pequenas e com menos recursos: 27% dos detentores de imprensa local e regional e 44% dos operadores de rádio local comunicaram perdas de receitas entre 61% e 80%”.

Relativamente à imprensa, quer nacional, local e regional, “um quarto dos inquiridos indicou quebras na venda de exemplares entre 1% e 20%”.

Algumas empresas “tiveram fontes de receitas preocupantemente afetadas com quebras homólogas na ordem dos 100%, incluindo as vendas de exemplares“, adianta a ERC.

Um conjunto de 29% de editores de imprensa regional e local referiu ter suspendido a edição impressa, 6% dos quais sem alternativa online”, de acordo com o inquérito.

“Se as alterações de periodicidade de jornais e revistas em papel foram residuais, o mesmo não sucedeu com a diminuição do número de páginas, indicada por 71% dos editores nacionais e 60% dos editores locais e regionais”, sendo que “as perturbações na distribuição foram muito significativas”.

De acordo com o inquérito, “as estratégias editoriais concentraram-se no online”.

A totalidade dos detentores de imprensa nacional “registou um aumento de audiências nos seus websites, verificando-se o mesmo em 62% dos editores locais e regionais”.

No que respeita os títulos locais e regionais exclusivamente online, “três quintos observaram um crescimento de audiências”, adianta a ERC.

Segundo o “Relatório Avaliação do impacto da pandemia de Covid-19 sobre o setor da comunicação social em Portugal”, o universo corresponde a um total de 253 questionários válidos.

“A maior parte dos inquiridos consiste em detentores de publicações periódicas locais e regionais (54%) e a operadores de rádio local (30%). Perto de 7% comunicou elementos agregados sobre estes dois últimos tipos” de órgãos de comunicação social”, refere o relatório.

“Uma fatia de cerca de 4% dos inquiridos reportou dados sobre entidades que detêm publicações periódicas nacionais, praticamente a mesma correspondente aos operadores de televisão comercial”, adianta.

Mais de um quinto dos media aderiram ao lay-off simplificado

Mais de um quinto dos media aderiram ao lay-off simplificado, no âmbito do impacto da pandemia de Covid-19, segundo os resultados do mesmo inquérito.

Segundo o relatório, “21,3% dos inquiridos referiram ter aderido ao programa de lay-off simplificado, tanto na modalidade de suspensão do contrato de trabalho como de redução do horário de trabalho, e que este afetou 490 trabalhadores nas suas organizações”, sendo que “os detentores de imprensa local e regional foram os que mais declararam o recurso” a este regime (26,1%).

A ERC “constatou também que todos os inquiridos adotaram medidas de adequação da redação aos efeitos da pandemia, que passaram essencialmente pelo teletrabalho, rotatividade de equipas e, com menor expressão, parcerias com outras entidades de comunicação social”.

Mais de um quarto (26,6%) dos inquiridos “reduziram os dias e horário de trabalho dos seus trabalhadores e 81,3% colocaram-nos em teletrabalho”.

Questionados sobre as áreas mais afetadas dentro da organização, a maioria dos inquiridos identificou a redação, logo seguida da administração e gestão.

“Os dados do questionário permitem ainda confirmar e documentar que, no período de combate à pandemia de Covid-19, os meios de comunicação enfrentaram o desafio complexo de combinar o reforço da atividade editorial com os constrangimentos advindos das medidas de confinamento e da quebra generalizada de receitas”, refere a ERC.

“A produção informativa manteve-se apesar de estabelecimentos total ou parcialmente fechados, adesão ao regime de lay-off, funcionários em teletrabalho ou em part-time, rotatividade de equipas“, acrescenta.

O regulador dos media “entende que o quadro que se traça a partir das respostas ao questionário gera preocupações quanto à independência dos meios de comunicação social e à garantia do pluralismo e diversidade”.

Segundo a ERC, “as consequências desta crise dentro da crise no funcionamento das organizações de media perdurarão por muito tempo, forçando decisões estratégicas e reorganizações”.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social “continuará a acompanhar esta evolução e definirá a sua intervenção regulatória em função da avaliação dos riscos para a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social”.

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País a diferentes velocidades: alerta, contingência e calamidade

No conjunto do país será reduzido o estado de calamidade para alerta, mas 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa ficarão em estado de calamidade. A restante AML desce para contingência.

Portugal vai estar em velocidades diferentes, nesta fase da pandemia. No conjunto do país, será reduzido o estado de calamidade para estado de alerta, na Área Metropolitana de Lisboa (AML) o estado de calamidade dará lugar ao estado de contingência, e em 19 freguesias de cinco concelhos da AML será mantida a calamidade, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, à saída da reunião do Conselho de Ministros.

Tendo em conta a situação, numa altura em que “o aumento das situações de transmissibilidade estão num nível espectável e que podemos considerar controlável”, “há condições para que, na generalidade do país, se possa vir para o estado mais baixo do estado de exceção que é o estado de alerta“, apontou Costa.

Do estado de alerta seguramente nunca sairemos até ao final da pandemia, porque até haver vacina e estarmos todos vacinados, ou um remédio eficaz, temos de nos manter no mínimo alerta”, ressalvou o primeiro-ministro. Neste estado de alerta mantém-se o confinamento obrigatório para as pessoas doentes ou sujeitas a vigilância ativa, bem como as regras de segurança para todos em matéria de distanciamento, lotação, horários, higienização.

Já na AML vai-se evoluir para o nível intermédio do estado de contingência, e em 19 freguesias terá de se manter o estado de calamidade, disse. O primeiro-ministro justificou estas medidas apontando que a situação na região de Lisboa e Vale do Tejo é “claramente distinta de todas outras”, reiterando que na AML “não devemos acompanhar movimento que acontece no conjunto do país”.

As medidas entram em vigor a 1 de julho, com exceção daquelas que já se verificam, como o encerramento de estabelecimentos às 20 horas (exceto restaurantes). O primeiro-ministro adiantou também que estas medidas são sujeitas a avaliação quinzenal, sendo que daí a 15 dias será feita uma nova avaliação “para ver se se justifica manter estes níveis, se os temos de agravar ou se podemos continuar esta trajetória de redução dos níveis do estado de prontidão”.

(Notícia atualizada às 18h10)

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EDP ganha 1,3% apesar de preocupações do supervisor. Dá força ao PSI-20

Papel e banca travaram ganhos do PSI-20. Foi dos índices que menos subiu na Europa.

A EDP voltou a negociar em terreno positivo, apesar das preocupações sobre o processo judicial que implica dois gestores do grupo. A elétrica esteve entre as cotadas da bolsa de Lisboa que mais subiu, na sessão desta quinta-feira, e ajudou o índice a fechar no verde. O PSI-20 ganhou 0,04% para 4.373,86 pontos, num dia em que o europeu Stoxx 600 avançou 0,9%.

A elétrica liderada por António Mexia valorizou 1,31% para 4,175 euros por ação, enquanto a eólica EDP Renováveis liderada por João Manso Neto ganhou 0,86% para 11,74 euros. O grupo tem estado em cheque devido ao processo-crime em que o Ministério Público pede a destituição dos dois CEO. A presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) mostrou, esta quinta-feira, preocupação com a situação, mas as ações não foram abaladas.

Não antecipamos decisões, mas naturalmente que nos preocupamos“, disse Gabriela Figueiredo Dias, na apresentação do relatório anual. Quanto à possível intervenção na situação, a responsável sublinhou que “a CMVM não tem competência de avaliação dos membros dos órgãos sociais”. Mas deixou em aberto que haja alterações: “Nada é impossível, mas diria que não vai acontecer”.

Investidores ignoram preocupações da CMVM sobre EDP

Acima da valorização da EDP só mesma o ganho de 4,21% para 3,22 euros da Novabase. A Nos subiu 1,05%, tal como a Mota-Engil. A Galp Energia avançou 0,71% para 10,655 euros, num dia de valorização para o petróleo.

Em sentido contrário, o papel travou os ganhos do índice. A Navigator perdeu 3,2%, a Semapa recuou 2,18% e a Altri caiu 1,9%. O BCP desvalorizou 0,45% para 0,11 euros por ação e a Jerónimo Martins cedeu 0,1% para 15,78 euros.

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19 freguesias da Grande Lisboa voltam ao dever de recolhimento

As freguesias da Área Metropolitana de Lisboa onde se mantém o estado de calamidade voltam a ter dever cívico de recolhimento. Ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas.

O Governo voltou a impor o dever cívico de recolhimento domiciliário em 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa, que ficam em estado de calamidade por serem as mais afetadas pela pandemia. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, à saída da reunião do Conselho de Ministros, que especificou que a medida durará 15 dias.

Em causa está, desde logo, a totalidade do concelho da Amadora, nomeadamente as freguesias de Alfragide, Águas Livres, Falagueira/Venda Nova, Encosta do Sol, Venteira e Mina de Água, bem como a totalidade do concelho de Odivelas, nomeadamente as freguesias de Odivelas, Pontinha/Famões, Póvoa de Santo Adrião/Olival de Basto e Ramada/Caneças.

Já no concelho de Sintra, as freguesias abrangidas são Agualva/Mira Sintra, Algueirão/Mem Martins, Cacém/S. Marcos, Massamá/Monte Abraão, Queluz/Belas e Rio de Mouro. No concelho de Loures é Camarate/Unhos/Apelação e Sacavém/Prior Velho e, no concelho de Lisboa, a decisão abrange a freguesia de Santa Clara.

Este dever de recolhimento implica que os habitantes deverão sair de casa somente para o essencial, como trabalhar e comprar alimentos ou medicamentos. O Governo recupera, deste modo, uma das principais medidas que esteve em vigor durante o estado de emergência no país e que ajudou a “achatar a curva” epidemiológica nessa altura.

Além do dever cívico de recolhimento domiciliário, estão proibidas as feiras e mercados e os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas, anunciou o primeiro-ministro. Além disso, haverá um reforço da vigilância dos confinamentos obrigatórios por equipas da Proteção Civil, Segurança Social e Saúde comunitária. Quem violar as regras de confinamento estará sujeito a coimas.

O surto voltou a ganhar terreno na região da Grande Lisboa nas últimas semanas e o executivo já tinha avisado que não hesitaria em dar um passo atrás. Na segunda-feira, António Costa apertou o policiamento nas ruas para travar eventuais festas ilegais, determinou o encerramento dos estabelecimentos às 20h00 (exceto restaurantes) e proibiu ajuntamentos de mais de dez pessoas, bem como a venda de bebidas em áreas de serviço.

O Governo criou ainda o Programa Bairros Saudáveis, de âmbito nacional, como “instrumento participativo que promove iniciativas de saúde, sociais, económicas, ambientais e urbanísticas junto das comunidades locais mais atingidas pela pandemia, ou por outros fatores que afetam as suas condições de saúde e bem-estar”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros. As medidas entram em vigor a 1 de julho, com exceção daquelas que estavam já implementadas e se mantêm.

(Notícia atualizada às 19h00)

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Quebrar confinamento dá multa até 500 euros para pessoas ou 5.000 euros para entidades

António Costa confirmou que o desrespeito pelas novas medidas aprovadas em Conselho de Ministros para combate à pandemia pode dar multa até 500 euros para pessoas ou 5.000 euros para entidades.

As autoridades vão apertar a fiscalização ao desrespeito das novas regras para travar a pandemia. Quem for “apanhado” pode ter de pagar multa entre 100 e 500 euros no caso das pessoas singulares, ou 1.000 a 5.000 euros no caso das entidades coletivas.

Os valores das coimas foram confirmados pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, após um Conselho de Ministros no qual o Executivo aprovou a passagem ao estado de alerta na generalidade do país, exceto um conjunto de 19 freguesias na região da Grande Lisboa, que se mantêm em estado de calamidade, e da região de Lisboa, que passa a estado de contingência.

“As forças de segurança deixarão de ter uma função pedagógica e passarão a assegurar a aplicação coerciva [das regras], com coimas que variarão para pessoas singulares dos 100 a 500 euros, e 1.000 a 5.000 euros para pessoas coletivas”, afirmou o chefe do Executivo.

Entre as novas medidas está o limite de 20 pessoas nos ajuntamentos na totalidade do país, que cai para um máximo de dez pessoas no caso das localidades inseridas na área metropolitana de Lisboa. As coimas também poderão incidir sobre os cidadãos que não usarem máscara nas situações em que a mesma é requerida, como é o caso dos transportes públicos.

(Notícia atualizada pela última vez as 17h15)

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