Galp regista imparidade de 100 milhões na produção de petróleo. Vendas afundam
Empresa vai reconhecer imparidade avultada com ativos de exploração de menor escala, isto num trimestre em que a produção cresceu. As vendas, por seu lado, afundaram.
A Galp Energia até produziu mais petróleo nos três meses terminados a 30 de junho, mas vai reconhecer uma imparidade avultada no negócio de exploração e produção da matéria-prima nas contas de um trimestre em que as margens de refinação afundaram. As vendas também caíram para cerca de metade, evolução explicada pela pandemia.
Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva revela que a produção de petróleo foi “suportada pela maior contribuição de Lula e Berbigão/Sururu”. Apesar das “paragens em duas FPSO devido a casos de Covid-19”, a Galp Energia produziu 132,2 mil barris de petróleo, um aumento de 18% face ao mesmo período do ano passado.
Esta maior atividade no negócio da exploração de petróleo será, contudo, ensombrada por uma perda avultada. A empresa revela que registou uma imparidade de cerca de 100 milhões de euros “relacionada com ativos de exploração de menor escala, refletindo uma reavaliação do potencial dos prospetos”.
A pesar no negócio da companhia tem estado a queda dos preços do petróleo num contexto de pandemia. Assim, e apesar do aumento da produção da matéria-prima, os níveis de processamento de petróleo nas refinarias afundaram quase 50%. E as margens de refinação caíram 33%, passando para apenas dois dólares por barril, diz a empresa que irá divulgar os resultados do segundo trimestre no dia 27 de julho.
Também as vendas registaram uma quebra. “As vendas de produtos petrolíferos, gás natural e eletricidade a clientes diretos refletiram os efeitos da queda significativa da procura causada pelas medidas de contingência adotadas”, explica a empresa. As vendas de produtos petrolíferos caíram 45%, enquanto as de gás encolheram 38% e as de luz 14%.
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