“Vejo um grande futuro à nossa frente”, diz Miguel Stilwell, CEO interino da EDP
Miguel Stilwell d'Andrade liderou primeira conferência com analistas após assumir funções interinas de CEO. Explicou o aumento de capital anunciado pela elétrica para comprar a espanhola Viesgo.
Miguel Stilwell d’Andrade substituiu António Mexia como CEO interino após o mandato do gestor ter sido judicialmente suspenso e, na primeira conferência com analistas à frente da elétrica, o novo líder garantiu estar comprometido com as metas de crescimento. “Vejo um grande futuro à nossa frente“, disse Stilwell na apresentação da compra da Viesgo em Espanha.
“Sabíamos que havia esta possibilidade, mas não sabíamos quando iria acontecer”, começou por dizer o CEO interino sobre a decisão do juiz Carlos Alexandre de validar a suspensão de funções de António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, no âmbito do caso EDP, que tinha sido proposta pelo Ministério Público.
Apontou para a separação entre os conselhos executivo e não executivo e para a resposta da elétrico. “A empresa está bem preparada em termos de continuidade da atividade. A rapidez de mudança é prova da boa governance da EDP“, afirmou, garantindo que o plano estratégico até 2022, apresentado no ano passado, não está em risco. “Acreditamos e estamos empenhados nesta estratégia. Temos todas as condições de continuar a trabalhar”.
Miguel Stilwell era já o CFO da elétrica, mas apresentou esta quarta-feira o primeiro grande negócio da empresa desde que é CEO. A EDP vai comprar a empresa Viesgo em Espanha, ao fundo Mcquarie, que detém 100% do capital. O negócio está avaliado em 2,7 mil milhões de euros, incluindo dívida.
“Esta transação será um marco para a EDP em Espanha. Não só são ótimos ativos, como é uma transação bilateral única”, disse Miguel Stilwell sobre a parceria com o fundo, que vai duplicar a presença da EDP em Espanha. “Pessoalmente, sinto que é uma ótima transação para a empresa e para os acionistas“.
As várias fases do processo incluem a compra da totalidade do negócio de renováveis da Viesgo pela EDP Renováveis por 565 milhões de euros, bem como a fusão do negócio de redes e distribuição com o grupo. 25% do capital da empresa resultante será comprado pela Mcquarie.
Para financiar o negócio, a EDP vai lançar um aumento de capital de mil milhões de euros. “Será para preservar o nosso compromisso de desalavancagem. É um pacote conjunto e estamos muito confortáveis com ambos”, disse Stilwell, apontando para o efeito de “mitigação do impacto da aquisição em termos de métricas financeiras”.
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