Covid-19 e tensão com a China pesa em Wall Street. Intel derrapa 16%
Cotadas do setor tecnológico entre as mais penalizadas, com destaque para o trambolhão de 16% das ações da Intel. Amazon, Apple e Microsoft também estão sob pressão.
Wall Street abriu em baixa a última sessão da semana, com as tensões entre EUA e China, bem como o aumento dos casos de Covid-19 na maior economia do mundo a pesar no sentimento dos investidores.
Pelo terceiro dia consecutivo, os Estados Unidos registaram mais de 1.100 mortes relacionadas com o novo coronavírus, que já infetou cerca de 4 milhões de pessoas no país. Os números do mercado de trabalho revelados na quinta-feira apontam ainda para uma subida inesperada nos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, enquanto em Washington se mantém o impasse nas negociações com vista à implementação de novos estímulos económicos.
A acrescer à falta de notícias positivas no campo interno, também nas relações externas não há razões para grande otimismo. Depois de os EUA terem forçado o fecho do consulado chinês em Houston, a China já retaliou e ordenou o encerramento do consulado norte-americano em Chengdu.
As decisões representam mais um acentuar na degradação das relações diplomáticas entre as duas potências, numa divisão que já é bem visível nas relações comerciais e também na tecnologia.
O setor é, por isso, o mais penalizado. O Dow Jones cai 0,45% para 26.533,41 pontos, o S&P 500 perde 0,53% para 3.218,58 pontos, enquanto o Nasdaq sofre as perdas mais dilatadas: 1,60%, para 10.294,41 pontos.
O índice tecnológico reflete a pressão exercida por alguns títulos de peso do setor, nomeadamente a Intel que dá um trambolhão de 16%. Quebra acontece depois de a empresa ter anunciado que está atrasada em seis meses no desenvolvimento da nova geração de processadores. No mesmo sentido seguem também as gigantes tecnológicas Amazon, Apple e Microsoft, que sofrem perdas de 1,2%, 1,9% e 0,95%, respetivamente.
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