Boeing prevê fazer cortes adicionais de pessoal devido à quebra da procura
A fabricante norte-americana vai cortar ainda mais pessoal devido à quebra de procura de aviões. Mais de 6.000 trabalhadores deixaram já a empresa.
A fabricante aeronáutica norte-americana Boeing prevê fazer cortes adicionais de pessoal aos anunciados no mês passado em resposta à quebra de procura de aviões, provocada pela pandemia de coronavírus, divulgou esta terça-feira a Efe-DowJones.
Num memorando interno na noite de segunda-feira, o presidente da Boeing, David Calhoun, citado pela CNBC, apontou que o plano é “ampliar as reduções totais de pessoal acima do objetivo inicial de 10%” fixado em abril e “permitir a mais trabalhadores que queiram deixar a empresa a fazê-lo voluntariamente”.
No primeiro semestre deste ano, a Boeing quadruplicou os prejuízos ao somar o impacto da pandemia à crise dos 737 MAX, que se arrastava desde o ano passado, o que levou os diretores da empresa a moderarem o ritmo de produção e a aumentar o nível de corte de 10% sobre a equipa de 160.000 funcionários, até 19.000.
A fabricante aeronáutica não especificou quantos trabalhadores serão afetados com esta nova vaga de rescisões voluntárias, sendo esperado que avance mais detalhes em 24 de agosto. A Boeing está a tentar adaptar-se a “um mercado mais pequeno” e avança com um processo de reestruturação interna para fazer frente ao impacto do novo coronavírus no setor, muito dependente da mobilidade internacional e do turismo, assim como medidas para manter a liquidez.
“Acreditamos que o setor irá recuperar, mas atualmente estimamos que tal levará três anos para que as viagens voltem a estar nos níveis de 2019, e o setor levará uns anos mais para voltar às tendências de crescimento a longo prazo”, afirmou Calhoun, nos resultados de julho. Mais de 6.000 trabalhadores deixaram já a empresa, principalmente no seu negócio de aviões comerciais em Seattle e nas divisões que prestam serviços às companhias aéreas, como fornecimento de componentes e manutenção.
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