Unitel convoca acionistas para eleger novo administrador
A empresa convocou os acionistas para uma assembleia-geral extraordinária, a 22 de setembro, para eleger um novo administrador, depois da empresária angolana Isabel dos Santos ter renunciado ao cargo.
A Unitel convocou os acionistas da empresa para uma assembleia-geral extraordinária, em 22 de setembro, que tem como ponto único a eleição de membro do conselho de administração.
Na convocatória publicada esta sexta-feira no Jornal de Angola, a Unitel informa que a reunião será realizada em simultâneo na sua sede em Luanda e por videoconferência.
A empresária Isabel dos Santos, que está a ser investigada no âmbito do processo do Luanda Leaks, deixou o seu lugar na administração da operadora de telecomunicações Unitel, após 20 anos na empresa, devido ao “clima de conflito permanente”, como justificou.
“Após 20 anos dedicados à criação, ao desenvolvimento e ao sucesso da Unitel, optei por deixar o cargo de membro do conselho de administração da empresa”, anunciou Isabel dos Santos, num comunicado enviado à Lusa, na semana passada.
Isabel dos Santos, que controla a Vidatel, detentora de 25% da empresa, explicou que a sua decisão se prende com “o clima de conflito permanente” que se instalou no conselho de administração da empresa, que tem como principal acionista a petrolífera estatal Sonangol.
“Numa altura em que a economia angolana e o mercado das telecomunicações atravessam condições económicas particularmente adversas, parece-me contraproducente e irresponsável permitir que um clima de conflito permanente e de politização sistemática dos administradores se instale no conselho de administração da empresa, fruto das relações entre acionistas“, justificou a filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
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A empresária defendeu ainda que este órgão “deve ser ocupado por pessoas dedicadas e com espírito de equipa, comprometidas com o trabalho rigoroso e produtivo, no interesse da empresa e dos seus colaboradores e clientes”.
Isabel dos Santos destacou também que, nos anos em que esteve à frente da operadora, realizou um investimento de mais de 5 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) na rede, equipamento e formação profissional, “recorrendo inteiramente a receitas próprias e empréstimos bancários privados e sem qualquer apoio de fundos governamentais ou públicos“.
As deliberações de 13 pontos, incluindo uma auditoria forense à gestão da empresa nos últimos 10 anos e recomposição do conselho de administração, da última assembleia-geral realizada este mês, ainda não é conhecida.
A Unitel é detida pela Sonangol, que atualmente controla a empresa com 50% do capital, depois de ter comprado a participação de 25% da PT Ventures (controlada pela brasileira OI), pela Vidatel da empresária Isabel dos Santos, que detém outros 25%, e pela Geni, do general Leopoldino “Dino” Fragoso do Nascimento, com os restantes 25%.
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