Governo decreta reforço de stocks de medicamentos e equipamentos médicos

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

O reforço dos stocks é feito devido à imprevisibilidade da evolução da pandemia de Covid-19 e do impacto desta nos mercados dos diferentes produtos médicos.

O Governo avançou com o reforço dos ‘stocks’ de medicamentos e diversos equipamentos médicos, bem como da reserva estratégica nacional, devido à imprevisibilidade da pandemia de covid-19, segundo um despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República.

No despacho assinado em 13 de agosto pela ministra da Saúde, Marta Temido, pode ler-se que os ‘stocks’ de medicamentos, dispositivos médicos, equipamentos de proteção individual, reagentes e outros materiais de laboratório devem ser reforçados em, “no mínimo, 20%, relativamente ao consumo registado no segundo semestre de 2019 quanto aos medicamentos, e relativamente ao consumo registado no primeiro semestre do ano em curso quanto aos demais produtos”.

O documento, elaborado a partir das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, assinala que o esforço de assegurar as condições do Serviço Nacional de Saúde para responder à covid-19 “tem de ser mantido, num quadro de imprevisibilidade da evolução da pandemia e do respetivo impacto” nos mercados dos diferentes produtos médicos.

Paralelamente, o executivo delegou na DGS, no INSA e no Infarmed o “reforço da reserva estratégica nacional de medicamentos e dispositivos, mediante a aquisição imediata dos medicamentos, dispositivos médicos, equipamentos de proteção individual, desinfetantes e material para testes laboratoriais, nomeadamente zaragatoas e reagentes de extração e diagnóstico”.

As quantidades a reforçar em cada produto – cuja lista apresentada pelo despacho inclui o medicamento Remdesivir, autorizado pela Comissão Europeia para o uso no tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus – serão determinadas por estas três instituições.

Já o armazenamento e a distribuição da reserva estratégica nacional de medicamentos e dispositivos ficam a cargo do Laboratório Militar, com a colaboração do Infarmed e das empresas fornecedoras, enquanto o INSA será responsável pelo armazenamento dos reagentes necessários para os testes.

Portugal contabiliza pelo menos 1.784 mortos associados à covid-19 em 54.448 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Preços na produção industrial diminuem 5,5% em julho

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

"O índice de preços na produção industrial (IPPI) registou uma variação homóloga de -5,5% em julho", divulgou o INE. Queda em junho tinha sido mais acentuada.

O índice de preços na produção industrial desceu 5,5% em julho, em termos homólogos, depois de uma queda de 5,7% em junho, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O índice de preços na produção industrial (IPPI) registou uma variação homóloga de -5,5% em julho. Embora igualmente negativa, foi de menor intensidade que a observada no mês anterior (-5,7%)”, refere o INE em comunicado.

O agrupamento de energia apresentou em julho uma queda homóloga de 20%, tendo contribuído com uma diminuição de 4,2 pontos percentuais (p.p.), pelo que foi o agrupamento que mais influenciou a descida do índice total.

Caso se excluísse o agrupamento de energia, a diminuição do índice global seria menos acentuada (-1,6%), face à descida de -1,8% no mês anterior, salienta o INE, adiantando que a secção das indústrias transformadoras apresentou uma queda homóloga de -5,2%, contra uma descida de -5,4% no mês de junho, traduzindo-se num contributo negativo de -4,6 p.p. para a diminuição do índice agregado.

Em termos mensais, o índice de preços na produção industrial aumentou 0,2% em julho, contra uma variação nula no mesmo período de 2019, e inferior em 0,4 p.p. à observada em junho.

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Trump apoia eventual compra do TikTok pela Oracle

Donald Trump mostrou apoio a uma eventual compra do TikTok pela Oracle, que é liderada por um fervoroso apoiante do presidente dos EUA.

Donald Trump é a favor de uma eventual compra do TikTok pela Oracle, cujo chairman executivo é um fervoroso apoiante do presidente dos EUA. Um apoio evidenciado numa altura em que se sabe que há outras empresas na corrida pela rede social, como é o caso da também norte-americana Microsoft.

O Financial Times revelou na terça-feira que a Oracle também está a negociar a compra da operação do TikTok nos EUA, numa eventual operação em parceria com outros fundos que já detêm posições na chinesa ByteDance, dona da plataforma.

Confrontado com a notícia, o presidente dos EUA mostrou apoio à operação: “Bem, eu acho que a Oracle é uma ótima empresa, e penso que o dono é um tipo bestial. É uma pessoa bestial. Eu acho que a Oracle é certamente alguém capaz de lidar com isso [a compra do TikTok]. Sim. Nós demos-lhes até 15 de setembro”, afirmou, citado pela Business Insider.

Segundo aquela publicação, Trump referia-se a Larry Ellison, chairman executivo e cofundador da Oracle. Ellison tem mais de mil milhões de ações da empresa e é, também, um fervoroso apoiante de Trump, tendo inclusivamente organizado uma campanha de angariação de fundos para a campanha do presidente em fevereiro, uma decisão que gerou protestos por parte de funcionários da Oracle.

Este mês, a Microsoft confirmou que está a negociar a compra da operação do TikTok nos EUA. A imprensa internacional também noticiou que o Twitter esteve em conversações para uma possível “combinação”.

Trump já assinou duas ordens executivas direcionadas à ByteDance. Uma dá à empresa chinesa até 15 de setembro para negociar a venda da empresa. Outra dá até novembro para a conclusão da operação. A venda apressada do TikTok foi imposta pelos EUA porque as autoridades temem que o TikTok possa ser usado pelo regime chinês para roubar dados pessoais aos cidadãos norte-americanos, uma acusação que a empresa nega.

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Défice externo melhora em junho, mas continua maior do que em 2019

As contas externas deterioram-se de forma significativa até maio, mas melhoraram em junho. Contudo, com muito menos turismo, o défice externo continua acima dos valores de 2019.

O défice externo melhorou em junho, face aos meses anteriores, mas o acumulado desde o início do ano continua a mostrar contas externas mais desequilibradas do que em 2019. O saldo externo entre janeiro e junho ficou nos -1.985 milhões de euros, o que compara com -1.662 milhões de euros em igual período de 2019, revela o Banco de Portugal esta quarta-feira nos dados sobre a balança de pagamentos.

Isolando apenas junho, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se nos 507 milhões de euros, quase 10 vezes mais do que os 54 milhões registados em junho de 2019. Este desempenho do saldo externo em junho permitiu aproximar a curva do défice externo acumulado deste ano à do ano passado, tal como mostra o gráfico do banco central:

Contudo, a melhoria não foi suficiente para que o défice externo acumulado, entre janeiro e junho, não esteja acima dos valores registados no ano passado e em 2018. São 323 milhões de euros a mais, até junho, de desequilíbrio da balança externa de Portugal face 2019.

O saldo verificado até junho resulta dos défices das balanças de bens e de rendimento primário, que foram apenas parcialmente compensados pelos excedentes das balanças de serviços, de rendimento secundário e de capital“, explica o Banco de Portugal. Há vários fatores a ter em conta neste indicador, mas um dos que mais se destaca atualmente é o turismo, cujo excedente nos serviços caiu por causa da crise pandémica.

Os números demonstram isso mesmo: por um lado, o défice da balança de bens diminuiu 1.623 milhões de euros no primeiro semestre, em termos homólogos; por outro lado, o excedente da balança de serviços caiu 3.555 milhões de euros, mais do dobro, o que é explicado maioritariamente pelo decréscimo “acentuado do saldo da rubrica de viagens e turismo (-3.027 milhões). O resultado final é um défice de bens e serviços bem maior do que ano passado.

A contribuir de forma positiva para o saldo externo esteve a balança de rendimento primário, cujo défice baixou em termos homólogos, o que é justificado “pela redução do pagamento de rendimentos de investimento a entidades não residentes”. O saldo da balança de capital também melhorou, beneficiando dos recebimentos de fundos comunitários. No entanto, o excedente da balança de rendimento secundário baixou ligeiramente, “o que ficou a dever-se a um aumento do pagamento de transferências correntes ao exterior”.

Na balança financeira registou-se uma quebra nos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 2.476 milhões de euros, o que é explicado principalmente pelo aumento de “passivos do Banco de Portugal junto do Eurosistema, da redução de ativos das sociedades não financeiras em empréstimos concedidos intra-grupo e em créditos comerciais concedidos, e do investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa”. “Em oposição, verificou-se um aumento de ativos dos bancos e das sociedades de seguros sobre entidades não residentes, nomeadamente em títulos de dívida emitidos por países pertencentes à união monetária”, acrescenta o BdP.

(Notícia atualizada às 12h13 com mais informação)

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Fenómenos meteorológicos extremos prejudicam vinha e fruta. Campanha da pêra é das piores em 20 anos

As previsões do INE apontam para uma campanha pouco produtiva nas fruteiras, com quebras que rondam os 20% e 30%.

A produtividade nos frutos frescos e na vinha deverá cair, influenciada nomeadamente por fenómenos meteorológicos extremos como granizo ou temperaturas muito elevadas, mostram as previsões agrícolas divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. A campanha da pêra será das menos produtivas dos últimos 20 anos.

O “decréscimo dos rendimentos unitários, face à última campanha, resulta da conjugação duma série de situações adversas, nomeadamente abrolhamentos heterogéneos, floração irregular e fenómenos meteorológicos extremos”, nota o INE. As previsões apontam para reduções de 35% na pêra, 30% no pêssego e 20% na maçã. Para o pêssego prevê-se uma queda de 30% no rendimento, depois de ter sido fortemente afetado por um temporal de granizo de final de maio.

Já quanto à vindima de 2020, o rendimento deverá cair cerca de 5%. Enquanto por um lado se projeta uma menor produtividade, com quebras entre 20% e 30% no interior Norte e Centro, regiões prejudicadas pelas condições meteorológicas, prevê-se a manutenção ou ligeiros aumentos nas restantes regiões.

A colheita do tomate e do arroz também deverá diminuir. Também quanto aos cereais de outono/inverno, cuja colheita ainda decorre em alguns locais, a produção “deverá ficar abaixo das 200 mil toneladas pelo segundo ano consecutivo”, sinaliza o INE. A produção média caiu cerca de quatro ou cinco anos após a implementação do desligamento das ajudas às culturas arvenses, introduzido pela reforma da Política Agrícola Comum de 2003, nota o gabinete de estatísticas.

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Jaén, Cádiz e Córdoba são as províncias da Andaluzia mais seguras para ter uma casa

  • Servimedia
  • 19 Agosto 2020

Foi este o resultado da última edição do "Barómetro de Segurança" realizado pela Securitas Direct, que tem em conta a taxa de assaltos a casas.

A Securitas Direct, empresa líder na proteção das pessoas nas suas casas e empresas, publicou os resultados da nova edição do seu “Barómetro de Segurança”, na qual Jaén, Cádiz e Córdoba estão listadas como as três províncias da Andaluzia mais seguras para ter uma casa.

É este o resultado do estudo da Securitas Direct, realizado anualmente com base nos relatórios de alarme e assaltos dos seus mais de 1,3 milhões de clientes.

Jaén é a província com o menor volume de assaltos a casas, uma vez que menos de 0,6% dos utilizadores nestas áreas viram o alarme disparar. É seguida de perto por Cádis (0,73%) e Córdoba (0,81%). Completam a lista de províncias andaluzas mais seguras Sevilha (1,19%) e Granada (1,28%).

No que diz respeito às capitais de província, a ordem altera-se. Cádis destaca-se como a capital mais segura, com uma taxa de intrusão de 0,3%, seguida por Jaén e Granada, ambas com 0,6%. Córdova (0,9%), Málaga (0,9%), Almeria, Sevilha e Huelva (as três com uma proporção de 1,2%) completam a lista.

Em relação às cidades analisadas no estudo, Úbeda posiciona-se como a cidade com mais de 30 mil habitantes mais segura de Espanha, com uma taxa de assaltos inferior a 0,1%. Completam o top 3 Basauri e Ávila (ambas com menos de 0,1%).

“Espanha é um dos países mais seguros da Europa graças, na sua maioria, à colaboração entre o sector da segurança privada e as forças de segurança, uma relação que a Securitas Direct tem vindo a promover e a liderar desde há 30 anos”, referiu Laura Gonzalvo, diretora de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da Securitas Direct.

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Construção e imobiliário querem nova moratória para obrigações fiscais e contributivas

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

AICCOPN salienta que impostos e contribuições deferidos são "encargo financeiro muito significativo numa altura em que os problemas causados pela pandemia estão longe de estarem superados".

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) defendeu, esta quarta-feira, uma nova moratória para as obrigações fiscais e contributivas das empresas de forma a apoiar o esforço que têm feito na manutenção dos postos de trabalho.

“A moratória implementada no âmbito das medidas extraordinárias para combate aos impactos negativos da crise foi uma medida essencial para evitar o que poderia ser um desastre absoluto. Porém, as empresas estão já a efetuar os pagamentos das contribuições normais devidas, acrescidas dos montantes que foram objeto de moratória, e esse é um encargo financeiro muito significativo numa altura em que os problemas causados pela pandemia estão longe de estarem superados”, afirma o presidente a AICCOPN, citando num comunicado.

Para Manuel Reis Campos, “num momento em que é necessário continuar a apoiar o esforço desenvolvido por estas para manterem os postos de trabalho, não obstante todos os constrangimentos impostos pelas consequências do atual surto pandémico”, impõe-se a implementação de uma nova moratória para o cumprimento das obrigações fiscais e contributivas das empresas.

Segundo o dirigente associativo, é necessário “assegurar condições para que o tecido empresarial nacional possa suportar esta quebra sem precedentes na atividade económica”. “E, mesmo em setores como a construção e o imobiliário, em que a maioria das empresas não parou por força da declaração de estado de emergência, mantêm-se as dificuldades operacionais e a redução da produtividade, pelo que o fluxo financeiro da carga fiscal e contributiva também tem de se ajustar a esta nova realidade”, acrescenta.

De acordo com Reis Campos, numa altura em que o setor é “apontado, à escala europeia, como uma aposta decisiva para reativar a atividade económica e o emprego, e perspetivando-se um reforço dos fundos europeus destinados a Portugal e um aumento do investimento público em projetos essenciais, é necessário garantir que as empresas portuguesas se conseguem posicionar competitivamente para estas oportunidades”.

A crise económica não se desvaneceu e é preciso dar mais tempo às empresas para lidar com as dificuldades da situação atual e manter os postos de trabalho que todos esperamos venham a ser necessários para a próxima fase, de retoma da economia e de arranque do investimento, pelo que, estabelecer novamente uma moratória para os pagamentos dos impostos e das contribuições sociais é, neste momento, uma medida importante para as empresas portuguesas”, conclui o presidente da AICCOPN.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal morreram 1.784 pessoas das 54.448 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Governo promete tarifa social de net até ao fim do ano

  • ECO
  • 19 Agosto 2020

A tarifa social de internet deverá ser concretizada até ao fim do ano. O desenho da medida ainda não está fechado, nem a forma de financiamento da mesma.

O Governo tem a intenção de concretizar a tarifa social de internet “até ao final do ano de 2020”, assumiu ao Público (acesso condicionado) o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo. A medida tem sido “trabalhada de forma articulada” entre o Ministério da Economia e da Transição Digital, o Ministério das Infraestruturas e Habitação e a Anacom, indicou ao jornal o governante.

O objetivo da tarifa social de internet é o de baixar o preço das telecomunicações às famílias com menores rendimentos, flexibilizando o acesso à internet numa economia que é cada vez mais digital. O desenho da medida e a forma de financiamento não estão fechados, sublinha o Público, numa altura em que a Apritel já disse ao ECO que apoiará a medida, desde que esta seja paga com “fundos públicos” e não vá “sobrecarregar apenas” o setor.

Não é claro se a tarifa social avançará como uma medida independente ou incluída na transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas, que terá de ser concluída até 21 de dezembro de 2020. Esta terça-feira, o Público noticiou que o anteprojeto de transposição que foi entregue pela Anacom ao Governo este mês prevê a criação de um serviço universal e vales de desconto para baixar o preço das comunicações em certas circunstâncias.

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OMS avisa que pandemia está a mudar e jovens são a nova ameaça

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que as características da pandemia estão a mudar e que os jovens são a nova ameaça, propagando o vírus muitas vezes sem o saber.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou esta quarta-feira para uma mudança detetada nas características do coronavírus que provoca a Covid-19, referindo que as pessoas mais jovens estão cada vez mais na origem de surtos e contágios.

“A pandemia está a mudar. Pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos estão cada vez mais na raiz da ameaça”, afirmou o diretor da região do Pacífico Ocidental da OMS, Takeshi Kasai.

“Na região da Ásia-Pacífico, a doença é atualmente disseminada por jovens que, às vezes, não sabem que estão infetados”, disse o responsável, destacando que este papel dos jovens, especialmente daqueles que viajam nas férias, também foi detetado na Europa e, sobretudo, em Itália.

Esta semana, perante o aumento dos casos importados, a Itália decidiu exigir um teste ao novo coronavírus aos que entram no país vindos da Grécia, Croácia, Malta e Espanha e determinou o encerramento de discotecas e outros locais noturnos frequentados sobretudo por jovens, além de obrigar ao uso de máscara entre as 18h00 e as 6h00.

Também no sudeste do Pacífico, as medidas de proteção contra o contágio foram aumentadas, como no caso da Coreia do Sul, onde as discotecas, bares de karaoke, cinemas e restaurantes de buffet passaram a estar sujeitos a regras de controlo, como distanciamento, medição da temperatura e obrigatoriedade do uso de máscara, sob pena de serem encerrados.

Já na semana passada, o Governo espanhol e as autoridades regionais do país decidiram fechar discotecas, bares e salões de baile, como medida de contenção contra a pandemia. As autoridades aprovaram também a proibição de fumar ao “ar livre como, por exemplo, em esplanadas” e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (171.679) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 5,4 milhões). Seguem-se Brasil (109.888 mortos, mais de 3,4 milhões de casos), México (57.774, mais de 531 mil infetados), Índia (52.888, mais de 2,7 milhões infetados) e Reino Unido (41.369 mortos, mais de 319 mil casos).

A Rússia, com 15.836 mortos, é o quarto país do mundo em número de infetados, depois de EUA, Brasil e Índia, com mais de 930 mil casos, seguindo-se a África do Sul, com mais de 589 mil casos e 11.982 mortos.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.381 mortos, mais de 322 mil casos), seguindo-se Itália (35.405 mortos, mais de 254 mil casos), França (30.451 mortos, mais de 331 mil casos) e Espanha (28.670 mortos, mais de 364 mil casos). Portugal contabiliza 1.784 mortos em 54.448 casos de infeção.

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INE vê “redução menos intensa da atividade económica” em julho

O INE divulgou esta quarta-feira a síntese económica de conjuntura de julho e os números confirmam que a recuperação continua. É identificada uma "redução menos intensa da atividade económica".

A economia portuguesa continuou em julho a recuperar gradualmente da crise pandémica após as fortes quedas da atividade em abril, mostrando agora sinais de que há uma “redução menos intensa da atividade económica”. Os dados constam da síntese económica de conjuntura de julho divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A informação disponível revela uma contração menos intensa da atividade económica em julho, quando comparada com o mês anterior“, lê-se no destaque divulgado pelo gabinete de estatísticas, onde se refere que o indicador de clima económico aumentou entre maio e julho, após ter atingido em abril o valor mínimo da série. A recuperação foi transversal a todos os setores de atividades, mas foi mais significativa na indústria transformadora.

No caso dos consumidores, o indicador de confiança diminuiu em julho, invertendo da recuperação registada em maio e junho. O mesmo acontece na Zona Euro com a confiança dos consumidores europeus a deteriorar-se em julho, apesar de o indicador de sentimento económico ter continuado a recuperar.

Há um mês, quando divulgou a síntese económica de conjuntura de junho, o INE ainda identificava uma “redução intensa” da atividade económica nesse mês.

Esta evolução registada pelos indicadores de clima económico e de atividade económica está em linha com o resultado do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), promovido pelo INE e Banco de Portugal, em que “os resultados apontam para uma melhoria da situação das empresas na primeira quinzena de julho”. A melhoria é também visível no indicador do consumo privado e do investimento.

“O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, já disponível para julho, recuperou entre maio e julho, após a maior redução da série em abril face ao mês anterior e que originou um novo mínimo”, acrescenta ainda o INE.

Indústria transformadora lidera recuperação

Entre os setores, a indústria transformadora é a que mais se destaca na recuperação económica. “O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou entre junho e julho, recuperando parcialmente das diminuições observadas nos quatro meses anteriores, que resultaram no mínimo histórico da série atingido em maio”, explica o INE, referindo que a evolução positiva deve-se a todas as componentes (stocks, procura e produção).

O setor da construções e obras públicas também recuperou, refletindo “o significativo contributo positivo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego”. No comércio, houve um aumento “expressivo” das opiniões sobre o volume de vendas, interrompendo as perspetivas negras que marcavam o indicador desde abril.

No caso dos serviços, “o comportamento do indicador no último mês resultou do contributo positivo de todas as componentes, perspetivas sobre a evolução da procura, opiniões sobre a atividade da empresa e apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas”.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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Papa alerta que vacina para Covid-19 não pode ser só de uma nação ou só para os mais ricos

  • Lusa
  • 19 Agosto 2020

O Papa defende que a “pandemia pôs a descoberto a difícil situação dos pobres e a grande desigualdade que reina no mundo".

O Papa Francisco alertou esta quarta-feira contra a possibilidade de a futura vacina para a covid-19 ser propriedade de apenas uma nação sem chegar a todos ou de ser dada prioridade aos mais ricos.

“Que triste seria se a vacina da covid-19 desse prioridade aos mais ricos. Que triste seria se fosse propriedade de uma só nação e não de todos”, defendeu o chefe da Igreja Católica durante a catequese que se realizou no Palácio do Vaticano por questões de segurança.

O Papa voltou a lembrar que a “pandemia pôs a descoberto a difícil situação dos pobres e a grande desigualdade que reina no mundo”, e que “o vírus, ainda que não faça diferenciações entre as pessoas, encontrou no seu caminho devastador, grandes desigualdades e discriminação” que acabou por acentuar.

Por isso, continuou, tem de haver uma resposta “dupla” à pandemia, que passa por encontrar a cura para um vírus “pequeno, mas terrível” e por se cuidar “de um grande vírus que é a injustiça social, a desigualdade de oportunidades, a marginalização e a desproteção dos mais frágeis”.

Sobre a reabertura das atividades comerciais, Francisco alertou que não deverá provocar “injustiças sociais nem a degradação do meio ambiente”. A pandemia, defendeu, deverá servir como uma oportunidade para construir “algo diferente”, tal como “fazer crescer uma economia de desenvolvimento integral dos pobres e do bem-estar”.

Francisco considerou ainda que seria “um escândalo” se toda a ajuda económica que está a ser disponibilizada, essencialmente com dinheiros públicos, se focasse em resgatar indústrias que não contribuem para a inclusão dos excluídos nem para a promoção dos mais pequenos.

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IP perdeu 100 milhões no 1º semestre. Portagens caíram mais de 23%

  • ECO
  • 19 Agosto 2020

As receitas com as portagens no primeiro semestre totalizaram os 119,4 milhões de euros, menos 36,4 milhões do que no mesmo período do ano anterior.

No primeiro semestre do ano, marcado pelo confinamento e pelas restrições impostas devido à pandemia, as receitas da Infraestruturas de Portugal (IP) perderam 100 milhões de euros, face ao mesmo período do ano anterior, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). As portagens, uma das principais fontes de receita, caíram mais de 23%.

Registou-se uma quebra de 23,4% nas receitas das portagens da IP, nos primeiros seis meses do ano, com menos condutores a passar pelas estradas nacionais. Os proveitos com a rubrica totalizaram os 119,4 milhões de euros, menos 36,4 milhões do que no mesmo período do ano anterior.

A Contribuição do Serviço Rodoviário foi outra das fontes de receita da IP onde também se verificou uma queda, de cerca de 19%, no primeiro semestre do ano. As receitas geradas com esta contribuição foram de cerca de 268,8 milhões de euros, numa diminuição homóloga de 62,9 milhões.

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