Família Azevedo já poupou mais de 43 mil euros a comprar ações à margem da OPA
Sonae Indústria e Sonae Capital foram alvo de duas ofertas públicas de aquisição por parte da holding Efanor. Enquanto o preço não avança, a empresa está a comprar ações no mercado a preço de saldo.
A holding da família Azevedo Efanor continua a comprar ações da Sonae Capital e da Sonae Indústria no mercado. A estratégia decorre enquanto espera o desenvolvimento das ofertas públicas de aquisição (OPA) que lançou sobre as duas empresas e está a permitir poupar face ao preço que iria pagar nas operações. No total, já investiu dois milhões de euros e poupou 43.270,02 euros.
A empresa comunicou esta segunda-feira ao mercado uma nova operação de compra de ações da Sonae Indústria, que aconteceu no passado dia 4 de setembro. Foi mais um lote de 35 mil títulos comprados em bolsa. Esta é a 12ª operação do género que a Efanor realiza desde que lançou a OPA a 31 de julho.
O objeto da OPA são os 31,4% de capital que a Efanor e empresas associadas ainda não controlam da Sonae Indústria. Para isso, o grupo oferece uma contrapartida a pagar em numerário de 1,14 euros por ação, o que representa um prémio de cerca de 77% em relação ao preço a que negociavam os títulos antes do anúncio. As 586.570 ações compradas em mercado desde o anúncio tiveram um preço médio de 1,11 euros. Se a aquisição tivesse sido feita ao preço da OPA, teria gasto mais 22.516,83 euros.
Em simultâneo, a Efanor oferece uma contrapartida a pagar em numerário de 70 cêntimos por ação da Sonae Capital (o que representa um prémio de cerca de 46,8% face ao preço das ações antes do anúncio) para ficar com os cerca de 37,2% do capital que ainda não controla. Também neste caso a estratégia tem sido semelhante: em seis operações, comprou 1.963.198 ações a um preço médio de 0,69 euros. Feitas as contas, investiu cerca de 1,35 milhões de euros euros, ou seja, menos 20.753,20 euros do que na OPA.
Tanto o Conselho de Administração da Sonae Capital como da Sonae Indústria deram um parecer positivo ao preço oferecido, que consideram ser justo e adequado. Os próximos passos serão a publicação dos prospetos da operação que estão atualmente a ser analisados pelo supervisor.
Tendo sucesso, a holding Efanor vai gastar 65 milhões de euros para ficar com a Sonae Capital e mais 16,2 milhões pela Sonae Capital. Contas feitas, as duas operações poderão representar um investimento global superior a 82 milhões de euros. Ambas têm, no entanto, uma cláusula de sucesso fixada em “mais de 90%” do capital das empresas e, caso se concretizem, tanto a Sonae Indústria como a Sonae Capital deixarão de estar cotadas na bolsa de Lisboa.
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