INE vê “redução menos intensa da atividade económica” em agosto
O INE divulgou esta quinta-feira a síntese económica de conjuntura de agosto e os números confirmam que a recuperação continua. É identificada uma "redução menos intensa da atividade económica".
A economia portuguesa continuou em agosto a recuperar gradualmente da crise após as fortes quedas da atividade no início da pandemia, mostrando sinais de que há uma “redução menos intensa da atividade económica”. Exemplo disso é que o indicador de clima económico continuou a recuperar em agosto. Os dados constam da síntese económica de conjuntura de agosto divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em Portugal, não considerando médias móveis de três meses, a atividade económica tem vindo a registar reduções expressivas mas progressivamente menos intensas entre junho e agosto”, explica o gabinete de estatísticas no destaque divulgado esta quinta-feira, onde se refere que o indicador de clima económico aumentou entre maio e agosto, após ter atingido em abril o valor mínimo da série.
A recuperação dos indicadores de confiança foi transversal a todos os setores de atividades, mas foi mais significativa nos serviços e no comércio. Em julho, a maior recuperação tinha sido a da indústria transformadora.
No caso dos consumidores, o indicador de confiança aumentou em agosto, invertendo da queda registada em julho. O mesmo acontece na Zona Euro com a confiança dos consumidores europeus a recuperar em agosto — ao contrário do que tinha acontecido no mês anterior –, assim como o indicador de sentimento económico.
Em julho, quando divulgou a síntese económica de conjuntura de junho, o INE ainda identificava uma “redução intensa” da atividade económica nesse mês. No entanto, em agosto, quando divulgou a síntese económica de conjuntura de julho, o INE já identificava uma “redução menos intensa da atividade económica”.
Serviços e comércio lideram recuperação em agosto
O setor dos serviços e do comércio foram os que mais recuperaram em agosto. “Os indicadores de confiança aumentaram em todos os setores de atividade, de forma mais expressiva nos Serviços e no Comércio, recuperando também na Construção e Obras Públicas e na Indústria Transformadora”, esclarece o INE.
No caso do comércio, o indicador de confiança aumento em agosto, acumulando quatro meses consecutivos de subidas. Segundo o gabinete de estatísticas, “esta evolução resultou do significativo contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e, com menor expressão, das opiniões sobre o volume de stocks, tendo o contributo das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses sido negativo”.
No caso dos serviços, o indicador de confiança aumentou em junho e agosto, após ter diminuído durante quatro meses. “O comportamento do indicador no último mês resultou dos contributos positivos das opiniões sobre a atividade da empresa e das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas, mais intenso no primeiro caso, tendo as perspetivas sobre a evolução da procura contribuído negativamente”, explica o INE.
A indústria transformadora, que tinha sido a que mais recuperou em julho, continuou esse caminho principalmente por causa do contributo positivo da evolução da procura global para o indicador de confiança.
Já o setor da construção e das obras públicas continua a recuperar, mas é de realçar que a queda que sofreu no início da crise pandémica foi inferior à dos outros setores, tal como os números do PIB do segundo trimestre mostraram. A recuperação em agosto refletiu o contributo positivo tanto das apreciações sobre a carteira de encomendas como das perspetivas de emprego.
(Notícia atualizada às 11h36 com mais informação)
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